Obrigado por compartilhar. Que maravilha ter um professor como o Dunker em uma universidade pública. E ainda mais extrapolando todos os limites de SP ("É preciso desfazer os bolsões que definem subjetividades") ainda indo além, deixando publicamente livre o acesso ao conhecimento e a sua visão particular e excepcional neste canal. Parabéns a todos envolvidos!
Que vídeo bonito, Christian! Me serviu como uma pequena supervisão. Como é difícil esse nosso ofício, que temos que construir eternamente a partir dessa matéria-prima incerta e insuficiente que somos nós.
Um dia " briguei" com meu analista por isso. Recebi um bônus a mais e quiz aumentar um pouco a consulta. Pq ele havia ajustado um preço menor p/ mim. Ele ficou bravo. Percebi q ele se segurou p/ não ser mal educado comigo... Após isso as outras seções seguintes ele fez sem q eu pagasse p/ compensar o preço a mais q havia pago ( pela secretaria dele)... ok. Nos entendemos. Mas na época não entendi... Fiquei em análise com ele por um pouco mais de um ano. Naquele preço. E ficava meio incomodada com isso, mas não sabia por onde começar p/ ajustar isso. Tinha receio de brigar de novo e ofender... (Reconheço q tenho problemas com gratidão). Muito boa explicação. Obrigada pelos esclarecimentos.
Excelente vídeo professor. Tem toda uma reflexão sobre a antropologia da doação (L'Anthropologie du don, do Alain Caillé) que seria muito interessante resgatar. As sociedades (ou os circuitos) onde as trocas não são monetizadas mantém relações baseadas nas identidades sociais, nas relações pessoais. A monetização despersonaliza a maior parte das trocas. Pouco importa quem você é ou o que você faz, desde que você me pague um valor que está simbolizado na moeda e que me permitirá comprar aquilo que quero ou preciso. Esse separador opera diferentemente na clínica porque não há como despersonalizar a transferencia e contra-transferencia e aí está o problema: a medida nunca é objetiva e a introdução do símbolo monetário traz complexidades imensas, pois tem a ver com a relação que aquela pessoa mantém com o dinheiro (e que é uma questão analítica muito importante, condensa muitos sub-textos), e traz também a questão de como o dinheiro é visto, usado em nossa sociedade. O dinheiro no Brasil é um produtor de neuroses sociais profundas, quando não de psicoses mesmo. Nos últimos 40 anos passamos de uma sociedade marcada pela hiperinflação que causava sérias distorções psicossociais pois as relações entre as pessoas e com as coisas era mediada por um padrão instável, mutante, que gerava a quase necessidade de gastar imediatamente (ainda lembro correr com a minha família para o supermercado no dia do salário e aquelas pessoas remarcando os preços constantemente, etiqueta em cima de etiqueta), a uma sociedade marcada por taxas de juros imensas onde o crédito (a confiança recíproca) se desfaz, o juro alto faz de todos nós potenciais devedores contumazes. E tudo isso vem para a clínica. Uma questão difícil que mereceria um estudo mais aprofundado sobre o impacto do dinheiro nas neuroses contemporâneas. Não conheço ninguém que o tenha feito aqui no Brasil. Bom tema para pesquisas interdisciplinares.
Frederico, acabo de me lembrar q assisti uma palestra do Instituto Vox cujo tema era "Com que se paga uma Psicanálise". No caso, um estudante da USP apresenta sua pesquisa, ainda não concluída na época, que alvez possa contribuir para a discussão sobre a importância simbólica do dinheiro na clínica. Segue link: ua-cam.com/video/7Scgwjafx-Y/v-deo.html
A Maria Kehl fala em um dos seus textos no livro Bovarismo Brasileiro que o paciente cria uma espécie de divida de honra com o terapeuta, quando não se tem um pagamento, algo que pode descambar para um sentimento de quase humilhação. Não com essas palavras...
Muito obrigada por este vídeo. Esta é uma questão sobre a qual tenho pensado bastante, sentido bastante e que por vezes se torna realmente angustiante. O amor e o desejo de escutar o outro, por um lado, e por outro a necessidade de comer, desclocar-me, viver, enfim.
6 років тому+7
Que vídeo fantástico! Parabéns! Atuo na área social e seu vídeo me deu uma outra visão sobre o atendimento que fazemos. Obrigado!
Excelente vídeo professor, sou psicólogo recém formado, trabalhando em uma região onde as possibilidades econômicas da população são bem precárias. Um dos fatores que estão dificultando um pouco o início nesse de jornada é justamente a baixa demanda. Minha pergunta é a seguinte como o analista pode lidar com a pouca demanda para o trabalho clínico? e seria possível divulgarmos a Psicanálise a ponto de ela tornar-se um discurso presente em uma sociedade que privilegia sobretudo a medicalização do sofrimento? Obrigado.
Boa noite querido professor ! Gostaria que você falasse sobre os desdobramentos do atendimento domiciliar. Quais as restrições ? Riscos (éticos) ? É viável ? Como muitos recém-formados tenho me apropriado dessa possibilidade, uma vez que não estou numa instituição nem tenho consultório . Admiro muito o canal e seu trabalho. Uma inspiração. Seus seminários na USP são uma benção ! Obrigado
Agradeço pelo vídeo esclarecedor, Prof, e à colega de profissão pela carta sensível, que pôs em palavras alguns dos obstáculos possíveis ao exercício da clínica.
Obrigado Christian! É muito interessante como as pessoas que trabalham com psicanálise (para não limitar somente aos psicanalistas) vem fazendo uma crítica político-social nos últimos anos. Espero que mais discussões como esta sejam feitas!
Interessante desse vídeo que o Dunker se mostra, mais pro fim, numa faceta mais analista que professor. Poderia ter um vídeo sobre as modalidades de fala específicas; a fala do professor de psicanálise, a fala do psicanalista.
Parabéns pelo trabalho professor Christian. Acompanho todos os seus vídeos e aprendo muito com eles, na qual fico cada vez mais instigado a estudar sobre os assuntos. Sou estudante de psicologia e gostaria de entender mais o que Freud escreveu em um de seus textos: "recordar, repetir e elaborar". Fico no aguardo... Grande abraço e continue com excelente trabalho!
Os psicólogos podem atender pela associação lacaniana que cobra mais barato a psicoterapia com profissionais sem experiência. O trabalho voluntário está muito valorizado atualmente e o psicólogo pode pedir um certificado por ter trabalhado como voluntário. O importante é não parar e ganhar experiência.
boa tarde professor. Excelente iniciativa em emprestar palavras a uma voz. E agradeço por mais esta oportunidade de atualizar a situação da prática com o social. Por fim, no clima poético, deixo uma contribuição: "Navegar é preciso, viver não é preciso..."
Caro Christian, sempre gosto dos seus vídeos e aprendo muito com eles. Mas esse, realmente, foi show de bola! Maravilhoso em todos os sentidos e tocou meu coração. Tenho certeza de que será, para mim, inesquecível. Parabéns e muito obrigada!
Muito obrigada, Dunker! Compartilho das mesmas angústias desta carta e tuas palavras valeram por uma supervisão! Agradeço tua disponibilidade há tantos anos auxiliando na construção de muitos analistas ❤️
Excelente carta, discussão muito proveitosa e profunda. Obrigado, Dunker, pela generosidade. Seu trabalho é muito importante, suscita reflexões fundamentais à prática.
Acho que a questão do dinheiro está relacionada ao desejo do analisante (o quanto está disposto em investir nesse processo, de acordo com sua situação financeira ) e a do analista (poder bancar sua posição de analista independente do valor a receber).
Uma argumentação profunda, lúcida e sensível para se pensar e repensar esse diálogo inevitável da psicanálise - e outras práticas que lidam diretamente com o sujeito e o sofrimento - com âmbito do coletivo, da política, e da necessidade. Professor, gostaria de saber sobre os semblantes em Lacan, e possíveis paralelos com as questões do feminismo e de identidade de gênero
como suportar ser pago nesse contexto social? Esse tema já me desespera e sou apenas reles graduanda ...😥 me deu uma janela essa coisa de ser um ofício de artesão... essa coisa da contingência e do acréscimo ❤
É interessante ver essa questão do dinheiro quando as sessões são mediadas pelo plano de saúde, onde há uma demanda enorme de atendimentos e tenho iniciado minha clínica, então é o que possibilita o sujeito procurar um atendimento, mas ao mesmo tempo, percebo um complicador ou até um desinvestimento por parte de quem procura um psicólogo por essa via.
Fazer um projeto pro serviço público por pouco tempo (seis meses) nesse projeto você vai ministrar confecção de brinquedos, brinquedoteca, oficina de escrita e leitura, etc... Os psicoterapeutas estão trabalhando bastante com artes na psicoterapia de crianças e adolescentes. Se você não sabe nenhum tipo de arte aprenda junto com a criança é extremamente importante os caminhos que você vai fazer pra aprender e a criança vai compreender. Oficinas de audição de músicas também é muito legal.
Que contribuição valiosa seus videos tem trazido, Dunker. Parabéns! Aproveito para colocar uma questão, que aqui divido em 2 partes: 1) na sua concepção, como a psicanálise lida com a relação entre responsabilidade e liberdade frente a certo 'determinismo' do inconsciente? Tendo em vista o conhecido dizer de J. Lacan = “Por nossa posição de sujeitos, sempre somos responsáveis.” Responsabilidade do 'sujeito', do 'indivíduo', ou da 'pessoa'? Questão que aponta para a concepção de sujeito em J. Lacan; 2) como consequência: é possível repensar o lugar do sentimento de culpa/responsabilidade e sua relação direta com a possibilidade de uma certa reinvenção de si (ética), sobretudo a partir da criação/fundação de novos laços sociais? Abraço!
Olá professor, gostaria que o senhor tratasse em um vídeo o tema da eficácia das psicoterapias em geral, porque como alguns artigos falam sobre a similaridade da eficácia delas e atribuem a uma série de fatores comuns que existem entre elas, gostaria de saber seu parecer a respeito desse assunto, sobre qual o método para avaliar, e se há, depois de que uma pessoa passe por uma psicoterapia, se ela melhorou pelas propriedades ativas do tratamento ou por algum outro fator como sugestão por exemplo. *Esses fatores comuns a que me refiro são do "The Dodo Verdict"
A contabilidade se justifica pela limitação de recursos, mas quanto maior a transversalidade das políticas públicas provável que o sofrimento seja visto com equivalência.
Oi Dunker aproveitando a deixá do vídeo. Gostaria de fazer três questões. Aposentou o quadro "Desejo em cena"? O último que vi vc ficou de fazer uma análise da série Dear White People. Não rolou? Outra coisa vc fez um vídeo onde discutia se um analista bonito ė um problema, nele vc deixa fala rapidamente que a questão do analista ser negro seria um obstáculo clínico semelhante. Gostaria de saber como vc concebe as dificuldades que um analista pode encontrar no início de sua clinica por ser negro.
Oi professor! Quem sabe, uma sugestão, caso não tenha sido abordado aqui, que tal falar sobre a Psicanálise em intenção e extensão? Pegando o gancho dessa fala à respeito deste assunto - dinheiro, psicanálise, o público e o privado. Gostei muito de ouvir suas considerações. Sempre me pego pensando à respeito! Abraços.
Olá Dunker! Acompanhando seus Seminários sobre a obra de Jacques Lacan é perceptível o quanto a lógica matemática passa a ser um recurso para abordar o real psicanalítico; neste sentido, você poderia falar sobre a relação de Lacan com a lógica e a definição que se tornou clássica: a lógica como ciência do real? Abraços e parabéns pelo canal!
Eu gostaria de dar uma ideia pra psicóloga que escreveu pro Dunker. Montar grupos de crianças e dar aulas de desenho, modelagem com massinha, pintura a guache em sua casa ou no consultório. Essa ideia foi minha professora Amarilis Coelho que me aconselhou e eu estou dando pra você. Você não precisa trabalhar com crianças que apresentam problemas necessariamente o grupo pode ser heterogêneo. E você pode atender as crianças duas vezes pro semana e cobrar R$100,00 por mês de cada uma por 1 hora e meia de artes. Se você souber tocar flauta também pode ensinar flauta pra iniciantes ou violão. Assim você não fica parada e vai acumulando experiência.
Me acrescentou mto essa reflexão, pois sou psicanalista e coordenadora de um projeto social que atende sobreviventes de abuso e exploração sexual, nele oferecemos atendimento psicossocial, temos uma clínica para atendimento gratuito desses assistidos que passam por uma triagem social, pessoas em situação de risco social! Já discutimos varias vezes a possibilidade de estabelecer moedas mesmo que simbólicas, mas ainda não conseguimos pôr em prática justamente por conta da sensação que a pergunta foi exposta! Qual a sugestão para esses casos?
Viviane Vaz, trabalhei alguns anos na saúde pública numa cidade do interior de MG e atendia uma população em que na sua maioria e com seus direitos eram/são usuários dos SUS para todos. Cobrar, nem pensar! Mas achava interessante como a moeda de troca simbólica muitas vezes comparecia ou aparecia transvestidas de gratidão, sendo os alimentos: couve, milho, legumes, mandioca, queijo, doces. Alguns com seus artesanatos e etc. Pessoas muito simples mas que faziam questão de retornar a partir de algo que pudessem a seu modo. Para alguns pode ser um presente, um carinho - mas eu escutava e acolhia como uma troca simbólica. E gostava de receber. Sua questão me remeteu à essa experiência. Desculpe-me se desviei de sua reflexão. Abraços
Por favor Professor, fale sobre AS IRMÃS PAPIN, li sobre elas no livro Os Grandes Casos De Psicose porém o livro não se aprofundou nesse caso como eu gostaria.
Caraca! Só tenho a agradecer por esse vídeo! Tenho uma dúvida em relação ao desejo. Vc falou do desejo do analista, mas nos outros ofícios não há desejo? Não posso ser bailarina movida por um desejo? No que isso difere do desejo do analista?
Olá, Professor, gostaria de saber, se o conjuje é daqueles que só prevê sifroes, no dia a dia do nosso casamento. Temos uma ótima situação financeira, mesmo com 5 filhos já criados. Claro, a educação sobrou para mim! Só pensa em dinheiro! Consegui me tornar escritora acadêmica. Até isso,estou convicta de que ficou a calcular o custo da Posse! Tudo e todos para ele tem que se adequar ao poder do dinheiro. Sei que, sendo filhos de imigrantes tanto eu quanto ele, temos mentalidade de imigrantes. Inclusive somos primos. Criei o nossos filhos com a mesma mentalidade. Porém, sem a rigidez até cruel do regimen do imigrante. Nada se pode falar, dialogar sem que bendito do dinheiro dele mais alto, prevaleça! E triste!
Eu sofri este dilema !!! Trabalhei em Academia - via como uma atividade Saudável - e sempre me preocupei com multidões que não tinha acesso aqueles Serviços !!! :( Pouco fiz: dava bolsas e trabalhei por um tempo em uma ONG ! Este problema é insolúvel !! :'(
Meu pai me disse: sabe quando teu analista vai te dar alta? Nunca! Vc paga as contas dele. De fato fiquei 11 anos e fui embora quando fiquei sem dinheiro
Obrigado por compartilhar. Que maravilha ter um professor como o Dunker em uma universidade pública.
E ainda mais extrapolando todos os limites de SP ("É preciso desfazer os bolsões que definem subjetividades") ainda indo além, deixando publicamente livre o acesso ao conhecimento e a sua visão particular e excepcional neste canal.
Parabéns a todos envolvidos!
Que vídeo bonito, Christian! Me serviu como uma pequena supervisão. Como é difícil esse nosso ofício, que temos que construir eternamente a partir dessa matéria-prima incerta e insuficiente que somos nós.
Um dia " briguei" com meu analista por isso. Recebi um bônus a mais e quiz aumentar um pouco a consulta. Pq ele havia ajustado um preço menor p/ mim.
Ele ficou bravo. Percebi q ele se segurou p/ não ser mal educado comigo... Após isso as outras seções seguintes ele fez sem q eu pagasse p/ compensar o preço a mais q havia pago ( pela secretaria dele)... ok. Nos entendemos. Mas na época não entendi...
Fiquei em análise com ele por um pouco mais de um ano. Naquele preço. E ficava meio incomodada com isso, mas não sabia por onde começar p/ ajustar isso. Tinha receio de brigar de novo e ofender...
(Reconheço q tenho problemas com gratidão).
Muito boa explicação. Obrigada pelos esclarecimentos.
Excelente vídeo professor. Tem toda uma reflexão sobre a antropologia da doação (L'Anthropologie du don, do Alain Caillé) que seria muito interessante resgatar. As sociedades (ou os circuitos) onde as trocas não são monetizadas mantém relações baseadas nas identidades sociais, nas relações pessoais. A monetização despersonaliza a maior parte das trocas. Pouco importa quem você é ou o que você faz, desde que você me pague um valor que está simbolizado na moeda e que me permitirá comprar aquilo que quero ou preciso. Esse separador opera diferentemente na clínica porque não há como despersonalizar a transferencia e contra-transferencia e aí está o problema: a medida nunca é objetiva e a introdução do símbolo monetário traz complexidades imensas, pois tem a ver com a relação que aquela pessoa mantém com o dinheiro (e que é uma questão analítica muito importante, condensa muitos sub-textos), e traz também a questão de como o dinheiro é visto, usado em nossa sociedade. O dinheiro no Brasil é um produtor de neuroses sociais profundas, quando não de psicoses mesmo. Nos últimos 40 anos passamos de uma sociedade marcada pela hiperinflação que causava sérias distorções psicossociais pois as relações entre as pessoas e com as coisas era mediada por um padrão instável, mutante, que gerava a quase necessidade de gastar imediatamente (ainda lembro correr com a minha família para o supermercado no dia do salário e aquelas pessoas remarcando os preços constantemente, etiqueta em cima de etiqueta), a uma sociedade marcada por taxas de juros imensas onde o crédito (a confiança recíproca) se desfaz, o juro alto faz de todos nós potenciais devedores contumazes. E tudo isso vem para a clínica. Uma questão difícil que mereceria um estudo mais aprofundado sobre o impacto do dinheiro nas neuroses contemporâneas. Não conheço ninguém que o tenha feito aqui no Brasil. Bom tema para pesquisas interdisciplinares.
Sensacional Frederico, muito obrigada!
Brilhante.
a dona Frederico quer causar em todos os vídeos
Excelente colocação. Realmente os profissionais psi discutem pouco a representação do dinheiro nas relações paciente e analista.
Frederico, acabo de me lembrar q assisti uma palestra do Instituto Vox cujo tema era "Com que se paga uma Psicanálise". No caso, um estudante da USP apresenta sua pesquisa, ainda não concluída na época, que alvez possa contribuir para a discussão sobre a importância simbólica do dinheiro na clínica. Segue link: ua-cam.com/video/7Scgwjafx-Y/v-deo.html
A Maria Kehl fala em um dos seus textos no livro Bovarismo Brasileiro que o paciente cria uma espécie de divida de honra com o terapeuta, quando não se tem um pagamento, algo que pode descambar para um sentimento de quase humilhação. Não com essas palavras...
Esse foi um dos episódios mais lindos!
Muito obrigada por este vídeo. Esta é uma questão sobre a qual tenho pensado bastante, sentido bastante e que por vezes se torna realmente angustiante. O amor e o desejo de escutar o outro, por um lado, e por outro a necessidade de comer, desclocar-me, viver, enfim.
Que vídeo fantástico! Parabéns! Atuo na área social e seu vídeo me deu uma outra visão sobre o atendimento que fazemos. Obrigado!
Revendo e emocionada com a lindeza desse vídeo! Obrigada, professor!
Excelente vídeo professor, sou psicólogo recém formado, trabalhando em uma região onde as possibilidades econômicas da população são bem precárias. Um dos fatores que estão dificultando um pouco o início nesse de jornada é justamente a baixa demanda. Minha pergunta é a seguinte como o analista pode lidar com a pouca demanda para o trabalho clínico? e seria possível divulgarmos a Psicanálise a ponto de ela tornar-se um discurso presente em uma sociedade que privilegia sobretudo a medicalização do sofrimento? Obrigado.
Boa noite querido professor ! Gostaria que você falasse sobre os desdobramentos do atendimento domiciliar. Quais as restrições ? Riscos (éticos) ? É viável ? Como muitos recém-formados tenho me apropriado dessa possibilidade, uma vez que não estou numa instituição nem tenho consultório . Admiro muito o canal e seu trabalho. Uma inspiração. Seus seminários na USP são uma benção ! Obrigado
Rodrigo, sua questao eh sobre atender na sua casa ou ir ate a casa do analisando?
Agradeço pelo vídeo esclarecedor, Prof, e à colega de profissão pela carta sensível, que pôs em palavras alguns dos obstáculos possíveis ao exercício da clínica.
Muito consistente e poética a argumentação. Obrigada!
Obrigado Christian! É muito interessante como as pessoas que trabalham com psicanálise (para não limitar somente aos psicanalistas) vem fazendo uma crítica político-social nos últimos anos. Espero que mais discussões como esta sejam feitas!
Muito esclarecedor e simpático às agonias da pessoa que escreveu. Obrigado, professor.
Interessante desse vídeo que o Dunker se mostra, mais pro fim, numa faceta mais analista que professor. Poderia ter um vídeo sobre as modalidades de fala específicas; a fala do professor de psicanálise, a fala do psicanalista.
Ótima discussão! Vdd! O dinheiro funciona como um regulador simbólico!
Que bela resposta, Dunker. E que ótima pergunta você recebeu!
Que poder de concatenação das ideias e de exposição! INCRÍVEL
Parabéns pelo trabalho professor Christian. Acompanho todos os seus vídeos e aprendo muito com eles, na qual fico cada vez mais instigado a estudar sobre os assuntos. Sou estudante de psicologia e gostaria de entender mais o que Freud escreveu em um de seus textos: "recordar, repetir e elaborar". Fico no aguardo... Grande abraço e continue com excelente trabalho!
Os psicólogos podem atender pela associação lacaniana que cobra mais barato a psicoterapia com profissionais sem experiência. O trabalho voluntário está muito valorizado atualmente e o psicólogo pode pedir um certificado por ter trabalhado como voluntário. O importante é não parar e ganhar experiência.
boa tarde professor. Excelente iniciativa em emprestar palavras a uma voz. E agradeço por mais esta oportunidade de atualizar a situação da prática com o social. Por fim, no clima poético, deixo uma contribuição: "Navegar é preciso, viver não é preciso..."
Caro Christian, sempre gosto dos seus vídeos e aprendo muito com eles. Mas esse, realmente, foi show de bola!
Maravilhoso em todos os sentidos e tocou meu coração. Tenho certeza de que será, para mim, inesquecível.
Parabéns e muito obrigada!
Muito bom Christian. Seus vídeos bem como livros tem sido muito importantes para a minha formação como Psicanalista.
Muito obrigada, Dunker! Compartilho das mesmas angústias desta carta e tuas palavras valeram por uma supervisão! Agradeço tua disponibilidade há tantos anos auxiliando na construção de muitos analistas ❤️
Excelente carta, discussão muito proveitosa e profunda. Obrigado, Dunker, pela generosidade. Seu trabalho é muito importante, suscita reflexões fundamentais à prática.
Acho que a questão do dinheiro está relacionada ao desejo do analisante (o quanto está disposto em investir nesse processo, de acordo com sua situação financeira ) e a do analista (poder bancar sua posição de analista independente do valor a receber).
Uma argumentação profunda, lúcida e sensível para se pensar e repensar esse diálogo inevitável da psicanálise - e outras práticas que lidam diretamente com o sujeito e o sofrimento - com âmbito do coletivo, da política, e da necessidade.
Professor, gostaria de saber sobre os semblantes em Lacan, e possíveis paralelos com as questões do feminismo e de identidade de gênero
como suportar ser pago nesse contexto social? Esse tema já me desespera e sou apenas reles graduanda ...😥 me deu uma janela essa coisa de ser um ofício de artesão... essa coisa da contingência e do acréscimo ❤
Que vídeo! Necessário, fundamental, atual e atemporal. Obrigada por essas discussões, professor.
É interessante ver essa questão do dinheiro quando as sessões são mediadas pelo plano de saúde, onde há uma demanda enorme de atendimentos e tenho iniciado minha clínica, então é o que possibilita o sujeito procurar um atendimento, mas ao mesmo tempo, percebo um complicador ou até um desinvestimento por parte de quem procura um psicólogo por essa via.
Maravilhoso vídeo professor. Tocante para reflexão das dores nossas e dos outros. Sim é preciso...
Excelente reflexão! Obrigada por esse canal incrível de trocas e transmissão da psicanálise!
Gostei muito de ver uma pessoa perguntando algo que eu perguntaria, uma dúvida minha. Não entendi muito a resposta, mas gostei mesmo assim, valeu.
Tio Chris, o Sr. tem grandeza!!!!!!o máxo essa live.
Emocionante.
Interessante seus argumentos. Uma boa reflexão. Obrigada por compartilhar.
Muitcho bom professor, esclarecedor e terapêutica sua resposta!
Essa fala foi uma poesia ❤
Professor você é fantástico.
Muito obrigada! 🙏🏻
Agradeço a sua disponibilidade para live , agregou muito no meu deslocamento.
Esse vídeo merece ser salvo em favoritos, para ser revisto periodicamente.❤
Que lindo o final... Foi um alívio ouvir, fiquei sensibilizada!
Fazer um projeto pro serviço público por pouco tempo (seis meses) nesse projeto você vai ministrar confecção de brinquedos, brinquedoteca, oficina de escrita e leitura, etc... Os psicoterapeutas estão trabalhando bastante com artes na psicoterapia de crianças e adolescentes. Se você não sabe nenhum tipo de arte aprenda junto com a criança é extremamente importante os caminhos que você vai fazer pra aprender e a criança vai compreender. Oficinas de audição de músicas também é muito legal.
Que contribuição valiosa seus videos tem trazido, Dunker. Parabéns!
Aproveito para colocar uma questão, que aqui divido em 2 partes:
1) na sua concepção, como a psicanálise lida com a relação entre responsabilidade e liberdade frente a certo 'determinismo' do inconsciente? Tendo em vista o conhecido dizer de J. Lacan = “Por nossa posição de sujeitos, sempre somos responsáveis.” Responsabilidade do 'sujeito', do 'indivíduo', ou da 'pessoa'? Questão que aponta para a concepção de sujeito em J. Lacan;
2) como consequência: é possível repensar o lugar do sentimento de culpa/responsabilidade e sua relação direta com a possibilidade de uma certa reinvenção de si (ética), sobretudo a partir da criação/fundação de novos laços sociais?
Abraço!
Vc me salvou meu Querido ❤️ obrigada
Olá professor, gostaria que o senhor tratasse em um vídeo o tema da eficácia das psicoterapias em geral, porque como alguns artigos falam sobre a similaridade da eficácia delas e atribuem a uma série de fatores comuns que existem entre elas, gostaria de saber seu parecer a respeito desse assunto, sobre qual o método para avaliar, e se há, depois de que uma pessoa passe por uma psicoterapia, se ela melhorou pelas propriedades ativas do tratamento ou por algum outro fator como sugestão por exemplo.
*Esses fatores comuns a que me refiro são do "The Dodo Verdict"
Agradeço demais pelos seus vídeos, tem ajudado muito em várias questões em relação à minha futura profissão!
Professor Christian, como saber qual é o momento de trocar de analista? Obrigada!
Obrigada pelas palavras sempre muito esclarecedoras! 😉
A contabilidade se justifica pela limitação de recursos, mas quanto maior a transversalidade das políticas públicas provável que o sofrimento seja visto com equivalência.
Oi Dunker aproveitando a deixá do vídeo. Gostaria de fazer três questões. Aposentou o quadro "Desejo em cena"? O último que vi vc ficou de fazer uma análise da série Dear White People. Não rolou? Outra coisa vc fez um vídeo onde discutia se um analista bonito ė um problema, nele vc deixa fala rapidamente que a questão do analista ser negro seria um obstáculo clínico semelhante. Gostaria de saber como vc concebe as dificuldades que um analista pode encontrar no início de sua clinica por ser negro.
Parabéns pelo canal,sou fã e aprendo muito aqui..abraços
Oi professor! Quem sabe, uma sugestão, caso não tenha sido abordado aqui, que tal falar sobre a Psicanálise em intenção e extensão? Pegando o gancho dessa fala à respeito deste assunto - dinheiro, psicanálise, o público e o privado. Gostei muito de ouvir suas considerações. Sempre me pego pensando à respeito! Abraços.
Olá Dunker! Acompanhando seus Seminários sobre a obra de Jacques Lacan é perceptível o quanto a lógica matemática passa a ser um recurso para abordar o real psicanalítico; neste sentido, você poderia falar sobre a relação de Lacan com a lógica e a definição que se tornou clássica: a lógica como ciência do real? Abraços e parabéns pelo canal!
Eu gostaria de dar uma ideia pra psicóloga que escreveu pro Dunker. Montar grupos de crianças e dar aulas de desenho, modelagem com massinha, pintura a guache em sua casa ou no consultório. Essa ideia foi minha professora Amarilis Coelho que me aconselhou e eu estou dando pra você. Você não precisa trabalhar com crianças que apresentam problemas necessariamente o grupo pode ser heterogêneo. E você pode atender as crianças duas vezes pro semana e cobrar R$100,00 por mês de cada uma por 1 hora e meia de artes. Se você souber tocar flauta também pode ensinar flauta pra iniciantes ou violão. Assim você não fica parada e vai acumulando experiência.
Vídeo poético e esclarecedor! Muito obrigada.
Fantástico Professor! Faltaram AQUELAS indicações de leituras complementares...
emocionante, Christian Dunker..
Vc é brilhante!
Foi emocionante esse vídeo! Obrigada Christian!
Me acrescentou mto essa reflexão, pois sou psicanalista e coordenadora de um projeto social que atende sobreviventes de abuso e exploração sexual, nele oferecemos atendimento psicossocial, temos uma clínica para atendimento gratuito desses assistidos que passam por uma triagem social, pessoas em situação de risco social! Já discutimos varias vezes a possibilidade de estabelecer moedas mesmo que simbólicas, mas ainda não conseguimos pôr em prática justamente por conta da sensação que a pergunta foi exposta!
Qual a sugestão para esses casos?
Viviane Vaz, trabalhei alguns anos na saúde pública numa cidade do interior de MG e atendia uma população em que na sua maioria e com seus direitos eram/são usuários dos SUS para todos. Cobrar, nem pensar! Mas achava interessante como a moeda de troca simbólica muitas vezes comparecia ou aparecia transvestidas de gratidão, sendo os alimentos: couve, milho, legumes, mandioca, queijo, doces. Alguns com seus artesanatos e etc. Pessoas muito simples mas que faziam questão de retornar a partir de algo que pudessem a seu modo. Para alguns pode ser um presente, um carinho - mas eu escutava e acolhia como uma troca simbólica. E gostava de receber. Sua questão me remeteu à essa experiência. Desculpe-me se desviei de sua reflexão. Abraços
@chrisdunker vc é massa!!!
Que lindo.
Gostaria que você comentasse sobre situações em que é ético que o analista suspenda o processo analítico e qual a melhor maneira de fazê-lo.
Pouca demanda e alguns calotes...
tenso
Lindas palavras!
Parabéns! e obrigada.
Parabéns professor, sem palavras para a reserva de conhecimento e coerência que p sr. compartilha conosco. Muito obrigado!
Achei muito boa a reflexão.
Por favor Professor, fale sobre AS IRMÃS PAPIN, li sobre elas no livro Os Grandes Casos De Psicose porém o livro não se aprofundou nesse caso como eu gostaria.
Um dos melhores vídeos. Vi um documentário sobre Lacan em que Tbm fala muito bem sobre como ele fazia.
Qual?
Noooossa q vídeo!!!
Mais uma vez muito obrigado !
Caraca! Só tenho a agradecer por esse vídeo!
Tenho uma dúvida em relação ao desejo. Vc falou do desejo do analista, mas nos outros ofícios não há desejo? Não posso ser bailarina movida por um desejo? No que isso difere do desejo do analista?
Olá, Professor, gostaria de saber, se o conjuje é daqueles que só prevê sifroes, no dia a dia do nosso casamento. Temos uma ótima situação financeira, mesmo com 5 filhos já criados. Claro, a educação sobrou para mim! Só pensa em dinheiro! Consegui me tornar escritora acadêmica. Até isso,estou convicta de que ficou a calcular o custo da Posse! Tudo e todos para ele tem que se adequar ao poder do dinheiro. Sei que, sendo filhos de imigrantes tanto eu quanto ele, temos mentalidade de imigrantes. Inclusive somos primos. Criei o nossos filhos com a mesma mentalidade. Porém, sem a rigidez até cruel do regimen do imigrante. Nada se pode falar, dialogar sem que bendito do dinheiro dele mais alto, prevaleça! E triste!
O Dunker é MUITO FODA.
Professor,
Poderia falar sobre a tese da psicopatologia não-toda?
Um abraço,
Eduardo Monteiro.
Dunker, como se caracteriza o psicanalista que não é clínico? É possível?
Professor, poderia comentar como a psicanálise entende o extremismo religioso?
Obrigada
Objeto pra completar a falta, como os demais objetos. Mais facil de furar q vicios em algumas drogas
Eu sofri este dilema !!!
Trabalhei em Academia - via como uma atividade Saudável - e sempre me preocupei com multidões que não tinha acesso aqueles Serviços !!! :(
Pouco fiz: dava bolsas e trabalhei por um tempo em uma ONG !
Este problema é insolúvel !! :'(
Mais um video otimo🍎
Que legal. Tenho uma questão ancestral com dinheiro - pai, avô e não sei mais quem
Fantástico!!!!
Linda fala!
Gratidão! Excelente!
Adorei!!!
Meu pai me disse: sabe quando teu analista vai te dar alta? Nunca! Vc paga as contas dele. De fato fiquei 11 anos e fui embora quando fiquei sem dinheiro
Muito intressante, como sempre :)
O sofrimento não é o mesmo ou seja o acesso à saúde é totalmente diferente
Grato! Fundamental!!!
Car$%*&, esse vídeo foi muito bom mesmo.
Adorei.
Sensacional!!
Hahahaha maravilhosa essa finalização!
À autora da carta, um sincero abraço.
Muito bom !
Lindo😍
Interessante, compartilhando
Sensacional professor!