Polarização, status, ressentimento | com David Samuels & Fernando Barros de Mello | 218
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- Опубліковано 26 вер 2024
- Num processo deflagrado nas eleições presidenciais de 1989, o Partido dos Trabalhadores se converteu no principal balizador das disputas eleitorais nacionais brasileiras. Parcelas significativas do eleitorado passaram a se definir como petistas ou antipetistas ao longo dos anos.
Isso se aprofundou durante os dois governos do PSDB, quando Fernando Henrique Cardoso governou o país sofrendo forte oposição do PT, e mais ainda a partir de 2003, quando Lula tomou posse na presidência e passou a implementar políticas públicas que alteraram significativamente as hierarquias sociais no Brasil.
A partir desse momento, políticas redistributivas e de ação afirmativa permitiram aos eleitores identificar no petismo algo a ser apreciado ou rechaçado.
Com a emergência da extrema-direita bolsonarista essa polarização atingiu seu ápice, sobretudo por dar vazão ao ressentimento de camadas sociais que perceberam uma perda de seu status social com as mudanças produzidas na era petista. Bolsonaro foi o desaguadouro mais radical desse sentimento de declínio.
Para além de situações anedóticas, como o conhecido "efeito aeroporto", pesquisas de opinião indicam que esse ressentimento, por um lado, e a apreciação pelo ganho de status, por outro, ajudaram a estruturar a bipolarização entre petismo e antipetismo.
É o que revela a investigação conduzida pelos cientistas políticos David Samuels, Fernando Barros de Mello e César Zucco. Por isso, este #ForadaPolíticaNãoháSalvação recebe dois desses pesquisadores para discutir o tema com base em seus achados empíricos inéditos.
Os convidados deste episódio são David Samuels, professor da Universidade de Minnesota, e Fernando Barros de Mello, pesquisador de pós-doutorado na Universidade Carlos III, em Madri.
As músicas deste episódio são "Invisible Enemy", de Jeremy Black, e "Val Holla", do Geographer.
Leia o blog do #ForadaPolíticaNãoháSalvação no site da CartaCapital.
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Um dos melhores e mais esclarecedores canais da Net.
Ótimo!!
Conversa excelente e muito esclarecedora!
Papo muito interessante! Fico curiosa pra aprender mais sobre essa pesquisa. Merece uma parte 2!
Professor, o ressentimento da classe C contra a então presidente Dilma observado em 2013 se deve ao fenômeno de "hiato das expectativas crescentes" muito estudado na literatura política da segunda metade do séc 20. Rafael de Lala Centro de Estudos Brasileiros do Paraná
Muito boa a pesquisa. Ratifica impressões e as detalha .
Valeu!
Obrigado!
Muito interessante esse estudo das rejeições e afinidades que movem os contra e a favor das políticas do PT, o ressentimento por ver a ascensão de quem sempre esteve à margem , num misto de esnobismo e preconceito social , pesando bastante...
Polarização = imprensa livre + redes sociais. Por isso as democracias estão perdendo das ditaduras😢😢😢😢😢😢
Um americano que domina super bem o nosso idioma português. 👌🏻💯😀... E mais um ótimo vídeo Cláudio Couto 👌🏻❤️👏🏻👏🏻👏🏻
Muito obrigado 😃
Muito bom essa chamada para qual é a marca do PT. O partido precisa discutir isso.
A cada programa que vejo eu fico mais feliz por ter encontrado seu canal professor Cláudio!! Valeu por trazer esse assunto com esses convidados!!!
Nós que agradecemos!
Tenho 71 anos e nunca vi não haver polarização. Mais, PTB versus UDN foi maior em 1960, FHC versus Lula em 1998 também, petistas versus antipetistas em 2018 também.
Até no início dos anos 70 teve mais polarização, não tanto na sociedade (teve desespero da esquerda, isto sim!), mas sim as intestinais militares.
Que entrevista incrível! Explica muito sobre as mudanças sociais no Brasil, a partir da noção deles da percepção dos grupos focais. Mas achei que faltou incluírem nessa PERCEPÇÃO, A INFLUÊNCIA DA GRANDE MÍDIA NO ANTIPETISMO.... Gostei muito. Parabéns 👏 👏 👏 👏 👏 👏
Bom debate ... No fundo a "polarização" é apenas o antigo e tradicional reacionarismo brasileiro que surge quando os pobres melhoram de vida
excelente
Creio no fundo deste movimento de extrema direita está o ressentimemto e o ódio aos pobres. Lamentável!
Ótima entrevista !
Gostei muito dessas interlocuções entre ressentimento/merecimento, com a percepção da mobilidade social e partidarismo/antipartidarismo.
Senti falta do fator/ impacto da imprensa nessa balança que pesa a favor do antipetismo.
Explico: a maioria daqueles que ascenderam socialmente tem a percepção de mérito pessoal, desvinculada das políticas públicas da era PT no governo, enquanto que os ressentidos com a ascensão das classes C, D e E , culpam as políticas públicas pela perda dos seus privilégios .
Sempre muito bom! Contribuições riquíssimas! Obrigado, Professor Cláudio! Obrigado, David e Fernando!
E a luta de classes ? E' partidária ? Existe o abismo social e de quem tem e quem não tem. E' real.😮
Boa tarde, Sr. Claudio! Vi que o canal tem estratégias de financiamento para manter o mesmo. Uma pergunta que tenho: já pensaram em vender essas plaquinhas azuis onde está a identidade visual FORA DA POLÍTICA NÃO HÁ SALVAÇÃO? A placa que está estampada ao fundo, no seu cenário. Parabéns pelo excelente nível dos programas. Abs
Muito bom, como de costume. Mas não entendo como se pode tentar explicar o antipetismo dos últimos 20 anos sem sequer mencionar os episódios de corrupção que "grassaram" (para vc, Claudio!) nos governos petistas. Difícil imaginar que o tema não surge nos grupos focais, por exemplo.
Que Achado! Muitas interrogações ainda, mas muitas intuições confirmadas.❤
Excelente conversa como sempre, mas acho que a polarização foca sim nas pessoas, principalmente no caso do bolsonaro.
Primeiro, bolsonaro não tem partido. Mais do que isso, bolsonaro pode mudar o discurso (ser contra auxilio e depois a favor) e tá todo mundo aplaudindo.
Eu entendi o ponto do Samuels, mas acho que o bozo esta virando um lider de seita.
...(só eu achei o Samuels parecido com o Carlos tramontina?)
Gente, é o Tramontina? 😜
11:12 - isso é um paradoxo. Evangelho, o voto evangelho, é o oposto dos que ganharam status. Evangelho, segundo estudos, é inversamente proporcional ao nível de escolaridade e renda. Ou seja, é natural esperar que ao aumentarmos o poder da pessoas, em especial da mulheres, que o evangelho perca espaço, como eles mesmo declaram. Isso é interessante, uma jogo de forças na sociedade que são opostas. Em países com democracias mais consolidadas, a religião interfere menos no estado.
Eu acho q a religião (teologia da prosperidade) tb tem ser levada em consideração nisso aí.
divide et impera
Mr. Samuels fala português muito bem! 👍🏽
O estadunidense fala muito melhor que o brasileiro. Gagueja demais.
- Bolso (Local que toma o lugar do Coração) + N (Consoante de Ligação) + Aro (Arco suspenso por raios pelo se eixo de Fake News), agora fica a pergunta, " A Vida Imita A Arte, Ou A Arte É A Arte Que Imita A Vida???...
Gente, onde encontro os dados dessas pesquisas? Elas estão em que site? Não vi fontes, será que é só na cabeça de vocês?
A pesquisa está no artigo que os entrevistados escreveram. Não é uma pesquisa que foi publicada pela imprensa.