Eu jamais trocaria o Pedro da Maia (lindo Leonardo Vieira) pelo italiano príncipe Tancredo (Fabio Fulco). É claro que o italiano é lindo, mas Pedro da Maia era muito lindo em tudo, por fora, por dentro, bom, carinhoso, alegre, educado, bom pai, bom marido. É claro que é uma série baseada em um livro, mas na vida real está cheio de gente que não valoriza pessoas iguais ao "Pedro da Maia".
Como é horrível a traição! É um sentimento egoísta, cego, injusto e destruidor! Ninguém está livre de se apaixonar clandestinamente, afinal é a vida, porém, agir de forma, como determinadas pessoas agem, precisa de uma grande de frieza e egoísmo, a ponto de fazer o que esta mulher fez ao marido e aos filhos.
Mas muitos homens fazem isso, abandonam a esposa e os filhos pequenos, para reconstruirem a vida com outra pessoa, deixando um rastro de dor e tristeza naqueles que ficaram para trás
@dadias2885 Uma coisa não justifica a outra. Não é porque o homem faz, que a mulher tem fazer. A personagem Maria Monforte destruiu a si mesma, o marido e os filhos.
Simone spoladore foi uma revelação dessa série,fez uma Maria Monforte q roubou a cena,Leonardo Vieira TB arrasou,grande elenco. Pena que Simone não teve o reconhecimento e nem mais papéis a sua altura.
Foi tentar resumir essa série em uma só palavra: “PERFEITA”! Grande elenco, grande história, grande produção. Leonardo Vieira maravilhoso, Simone Spoladore então nem se fala, e o mestre Walmor Chagas…sem falar de outros grandes atores!
Tempo das grandes produções, grandes histórias. Época em que ficávamos até tarde acordados pra ver o capítulo do dia, imaginando o que estava por vir. Saudade desse tempo.
Leonardo Vieira dá um show!!! Dá pra sentir a dor de Pedro. Que triste e mortal é essa dor da descoberta de uma traição. Culpar a Deus, pobre Pedro? Ele não tem culpa das nossas escolhas insensatas.
Essa foi sem sombra de dúvida a melhor atuação de Leonardo Vieira. Quantas densidade de emoções, um prazer ver um ator tão bom e no auge de sua beleza. E todo o resto; Walmor Chagas maravilhoso, diz só com o olhar. Belíssimo
A trilha foi montada pelo Oscar Niemayer, na época regente titular e diretor artístico da OSESP, baseada em músicas reais da época. Aquela música que você ouve na primeira cena do primeiro episódio, quando o Ega e o Carlos abrem a Casa do Ramalhete abandonada, é a abertura da ópera Tristão e Isolda de Wagner.
Estava mas não soube chegar ao coração do filho e em vez disso foi bruto e frio, sem jamais articular de forma clara o porquê de se opor e explicar com amor
Essa Maria tinha alma de cortesã,nunca devia ter casado,mto menos tido filhos,vulgar,devassa e libertina,no fim,o Afonso estava certo,ela desgraçou a vida do Pedro,ainda largar bebezinho de peito,tadinho...
Essa é a beleza da obra, não os confrontos morais da época e mesmo ainda se refletindo aos valores dos dias atuais em si, reflexos ainda vivos e presentes que por óbvio e à primeira vista, chocam ao expectador desavisado, a profundidade que a questão é colocada à mostra. A astúcia do autor de expor uma essência do desejo feminino tão reprimida e ocultada e que só pôde de fato se colocar à prova num personagem que distoava de toda a hierarquia moral da tradicional sociedade europeia daquela época, especialmente na Portuguesa, tão arraigada das tradições mais rígidas dentre as demais. E todo o drama da religiosidade que devia ser avalizador de toda essa moral recatada, ainda que hipócrita, visto que sustentava a ambiguidade destoante da aristocracia e miserabilidade no seio das famílias. Contrapor a lógica moral ao sentimento humano, hoje pode parecer tão comum e mesmo assim por vezes se depara com aviltos decorrentes de deslizes e julgamentos, naturalmente contrários ao que se têm pela base padrão vigente! Agora, imagine esse confronto nesta sociedade amarrada em tradições e hierarquias de toda uma aristocracia. Essa é a sombra e a luz, o equilíbrio e o desatino, a razão e a emoção, a vitória e a tragédia, a liberdade e o preconceito, o livre-arbítrio e a predestinação, a honra e a perdição, o prumo e o caos... Não, não há certo e errado, há sensibilidade e um olhar para a alma humana em desenvolvimento e construção constante, repetindo e se repetindo através dos tempos... Ainda me deslumbro com tamanho dom e sofisticação do olhar da tela, da trilogia musical escolhida de quem produziu, dirigiu e arquitetou esta verdadeira obra prima da teledramaturgia luso-brasileira. Um olhar profundo da alma de uma época! Belíssimo... Quem conseguir enxergar a beleza por trás das tragédias, conseguirá finalmente ampliar este olhar sob o prisma da mudança que recaía sobre os valores que então anunciavam os novos rumos porvindouros da sociedade que se avizinhava. A sétima arte na televisão!
Do ponto de vista da teledramaturgia trouxe valor a obra. Por outro lado, buscando na realidade casos semelhantes, ainda que sejam da época em que passa a trama, não anulam o fato da personagem ser de baixo nível, sórdida e que sua escolha da forma como ocorreu não levou em conta a personalidade frágil, temperamento dramático e auto destrutivo do marido Pedro que é um homem fraco passivo e que não impunha respeito a sua esposa.
Seria mais honroso ela não entrar num relacionamento que, desde o início, se mostrava fadado ao fracasso. Ela não assumia para si que não amava Pedro como homem, talvez como amigo. Homem totalmente devoto e cego de amor
Sabe Wendell, todos nós teremos opiniões pessoais a respeito, a obra serve pra isso e não importa a época porque ela transpassa o tempo. Meu olhar tentou buscar a provocação de seu autor que então se utilizou de uma linha dramática bastante instigadora e provocativa, sem a qual não construiria ao derredor do enredo principal, o pano de fundo da sociedade de uma época e suas questões íntimas envolvendo homens e mulheres ao longo da história. Claro, se trouxermos para uma análise específica, quanto ao psicodrama desta personagem, de longe demonstrar-se-á sua indiossincrasia e suas contradições como bem explanastes num aspecto. Mas, eu não quis apenas me reservar à esse aspecto tão individualizado, sob pena de não contextualizar todos os cenários que se entremearam ao longo de toda a mini-série. Lembro quando assisti à primeira vez no original, de ter tido sensações semelhantes ao que descrevestes, de questionar-me dos porquês dela não se assentar e se acomodar à uma situação que a todo olhar desatento, se parecia tão elevada para uma avaliação linear de uma sociedade como aquela. Sim, esse primeiro sentimento me perpetrou a mente e o coração, a moral e o sentimento e ainda assim, confesso, mesmo sendo aviltante sua atitude, não se pode negar que, sua extrema sensualidade provocativa, trazia à nós expectadores, um sentimento de raiva e paixão ao mesmo tempo! E nisso, o autor foi magistral, ele conseguiu provocar essa sensação ambígua que a o ser humano normalmente esconde e não expõe, normalmente guardando pra si, por sua própria auto-reprimenda moral mais íntima. A arte é incrível, pois quando se tem uma obra de tamanha profundidade, se poderá debater tantos aspectos diferentes e talvez, jamais se esgote satisfatoriamente o tema! Foi um desbunde e um privilégio ter tido a chance de rever esta maravilhosa série com esde olhar mais alargado! O prazer foi imensamente amplificado.
Eu sou português e no secundário, os Maias é uma das obras que é estudada na escola. Incrível que na altura vi-me forçado a ler esta obra, a análise da mesma foi bastante superficial e acredito que a maioria dos alunos não consegue perceber a profundidade desta obra devido a um sistema de ensino flagelado. Hoje com 30 anos, também com uma situação amorosa falhada que se assemelha em muitos pontos à história de Pedro e Maria, surgiu-me na mente a vontade de ver esta série que nunca vi e até ao momento, vejo uma perspectiva que jamais tinha visto quando era adolescente. Excelente corpo de actores, banda sonora exceptional e acima de tudo o facto de em termos de diálogo ser usado o "tu" muitas das vezes em detrimento do "você" faz a série bastante mais fiel à obra de Eça de Queiroz. A próxima série que verei será Mistérios de Lisboa, livro de Camilo Castelo Branco (outro clássico da literatura que adorei quando li há alguns anos) cuja minissérie é de 2010.
@@wendellemmanuell2160 eu acho que ela tentou resistir a essa paixão. A princípio como mostra a série ela gostava do Pedro. Ela tentou resistir de todas as formas, mudou seu jeito, mas não resistiu. Quem somos nós para julgá-la? Naquela época ela não teria o direito ao divórcio. Pois esse nem se quer existia… até 1975 em Portugal a mulher só podia viajar sem o marido com a autorização do mesmo. Para ela acredito que a única saída foi fugir levando apenas uma filha. Se fosse hoje de certeza ela teria pedido o divórcio e tudo seria mais aceito, mas naquela época a mulher tinha duas opções ou continuar infeliz em um casamento ou fugir …. Vamos ter esse olhar mais empático pela Maria. Sinto pelo Pedro mas não mandamos no coração, infelizmente.
Por isso, Afonso criou o neto diferente do Pedro. Vendo a vulnerabilidade e a paixão em demasia do filho, a ponto de ele ter cometido suicídio por causa da traição, o criou de modo que o neto não passasse pelo mesmo que o filho passou, muito devido ao fruto de uma educação moral e muito apego à mãe.
@@heitorcalazans2134 verdade. Já dizem as pessoas especializadas em estudar a mente e comportamento humano. Homem aprende a ser homem na esfera do pai ( ou alguma figura paterna). Homem tem que ir para a vida, para fora, externo, para o mundo. E não ficar na barra da saia da mãe.
@@ingridbcosta Muitos homens aprenderam a ser homens com as mães. Depende da educação... Figura paterna e materna são essenciais para homem e mulher, mais não é isso o que forja o caráter.
O traidor / traidora age sempre nas sombras , rastejando no limbo , implodindo tudo e todos que estiverem por perto . Pelo menos na obra A Divina Comédia de Dante Alighieri , justamente no livro Inferno, eles tem um lugar " bem especial " no inferno . A leitura não é fácil, por vezes precisamos de um dicionário, mas chega a ser prazeroso ler, mesmo na ficção, o lugar que aguarda pessoas de índole ruim !!!!
Vendo a historia de Maria Monforte com o trágico destino dos filhos me lembro da historia do rei Davi que como pena do seu pecado de adultério seu filho praticou incesto com a própria Irmã. Não sei se Eça de Queiroz se baseou nisso mas parece muito.
Horrível o adultério. Destruiu a propria vida e de todos. Pai e mãe dificilmente erra, o sogro sempre viu a alma dela. Preço muito alto, nunca mais vei ver o pai.
Minhas revoltas em Os Maias: 1) Pedro demonstrou ser um homem íntegro, amoroso, fiel e honestos. Foi chamado de fraco, sensível e covarde por ter tirado a própria vida por causa de uma vag4bundita. 2) Por causa da loucura da mãe, Maria Eduarda e Carlos Eduardo não puderam viver um grande amor por serem irmãos. 3) Na vida real, o ator Walmor Chagas tirou a própria vida devido a uma forte depressão. 4) Leonardo Vieira, lindo! excelente ator, contracenou com várias mulheres, mas o pior das minhas revoltadas é que ele é homossexual casado há mais de 12 anos com seu marido atual. Mas ele é lindo de viver e eu o beijaria na boca por uns 40 minutos 😅😅😅😅
@@gabisacramento2374segundo uma de suas empregadas relatou que ele estava com muitos problemas por causa da diabetes, dentre elas a cegueira, e isso o deixou muito triste pois era amante dos livros, e fora outros problemas advindos da velhice. Ele vivia isolado, por sua própria vontade, pois trabalhou muito e só queria a paz junto a livros, músicas e uma boa vizinhança.
Esse pai não era muito diferente da Maria: só pensava em si mesmo e não no sofrimento dos outros. O pai só quis se apossar do neto, começar uma nova vida, e não pensou no seu filho. Assim como Maria só quis recomeçar a vida e não pensou nele.
Maria sofre por deixar os filhos. Naquela época gente não existia divórcio como hoje. Ela seria condenada a ficar sem nenhum dos filhos…. Julgamos maria com a cabeça de hoje… mas temos que nos reportar a época… Muitas mulheres condenando a Maria…
Isso não é apenas uma série, é um marco na história da televisão!
Eu amo quando Afonso olha pro neto e diz "é necessário amar o vovô!" ❤❤❤
Eu jamais trocaria o Pedro da Maia (lindo Leonardo Vieira) pelo italiano príncipe Tancredo (Fabio Fulco). É claro que o italiano é lindo, mas Pedro da Maia era muito lindo em tudo, por fora, por dentro, bom, carinhoso, alegre, educado, bom pai, bom marido. É claro que é uma série baseada em um livro, mas na vida real está cheio de gente que não valoriza pessoas iguais ao "Pedro da Maia".
O Pedro da Maia era integro e perfeito
Como é horrível a traição! É um sentimento egoísta, cego, injusto e destruidor! Ninguém está livre de se apaixonar clandestinamente, afinal é a vida, porém, agir de forma, como determinadas pessoas agem, precisa de uma grande de frieza e egoísmo, a ponto de fazer o que esta mulher fez ao marido e aos filhos.
Exatamente! O traidor só pensa em si e deixa um rastro de destruição e sofrimento.
Mas muitos homens fazem isso, abandonam a esposa e os filhos pequenos, para reconstruirem a vida com outra pessoa, deixando um rastro de dor e tristeza naqueles que ficaram para trás
@@fernandadias2885 E muitas mulheres também. Mau-caratismo não é algo intrínseco a só um gênero não viu.
E o pior é que essas pessoas ferram os outros e acham que vão ser felizes fazendo a desgraça alheia. Pode ter certeza que um dia a conta chega.
@dadias2885 Uma coisa não justifica a outra. Não é porque o homem faz, que a mulher tem fazer. A personagem Maria Monforte destruiu a si mesma, o marido e os filhos.
Simone spoladore foi uma revelação dessa série,fez uma Maria Monforte q roubou a cena,Leonardo Vieira TB arrasou,grande elenco. Pena que Simone não teve o reconhecimento e nem mais papéis a sua altura.
Leonardo tb cada vez recebeu menos papéis...mas hj a Globo amarga baixa audiência com histórias ruins e atores fracos.
Eça de Queiroz e simplesmente magnífico.
Foi tentar resumir essa série em uma só palavra: “PERFEITA”!
Grande elenco, grande história, grande produção. Leonardo Vieira maravilhoso, Simone Spoladore então nem se fala, e o mestre Walmor Chagas…sem falar de outros grandes atores!
concordo, sempre revejo, lugares lindos, a mobília, os lustres, os vestidos, as casacas, ah tudo maravilhoso
Tempo das grandes produções, grandes histórias. Época em que ficávamos até tarde acordados pra ver o capítulo do dia, imaginando o que estava por vir. Saudade desse tempo.
Leonardo Vieira dá um show!!! Dá pra sentir a dor de Pedro. Que triste e mortal é essa dor da descoberta de uma traição. Culpar a Deus, pobre Pedro? Ele não tem culpa das nossas escolhas insensatas.
Ah!!! Walmor Chagas que ator.
Em pensar que se suicidou, triste demais né.
@@beatrizsaldivia2361Não sabia 😮, acabei de ver na Internet, q triste 😢... Um grande ator e muito carismático, sinto como se fosse meu parente.
Essa foi sem sombra de dúvida a melhor atuação de Leonardo Vieira. Quantas densidade de emoções, um prazer ver um ator tão bom e no auge de sua beleza. E todo o resto; Walmor Chagas maravilhoso, diz só com o olhar. Belíssimo
Leonardo Vieira LINDOOOOO ❤ showwwww de interpretação!!! 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
Lindo, lindo, belíssimo! Puro e virtuoso em seu papel! Um verdadeiro Homem!
Que produção musical excepcional.
A trilha foi montada pelo Oscar Niemayer, na época regente titular e diretor artístico da OSESP, baseada em músicas reais da época. Aquela música que você ouve na primeira cena do primeiro episódio, quando o Ega e o Carlos abrem a Casa do Ramalhete abandonada, é a abertura da ópera Tristão e Isolda de Wagner.
@@alinecristinicamburJohn neschling
@@DagdaSimon , obrigada.
Lindíssima série da Globo, não se fez nunca mais tal obra
Tiveram minisséries do mesmo naipe, tipo A casa das sete mulheres, Mad Maria, Dalva e Herivelton.
E no final, o pai tinha razao...
Esse tangredo é muito folso cm o pedro.
Afonso sempre esteve CERTO 🖤⭐
Ela não poupou nem o pai
E oq ela fez com o pai q eu n entendi
no final,o pai tinha razão, ah pai!!!
Percebi que o Carlos não teve um relacionamento com sua mãe,eu acredito que seja o motivo de gostar de mulheres maduras.
Apesar disso, ele e a Maria Eduarda tem no máximo dois anos de diferença de idade, segundo o livro. Já a Gouvarinho deve ter no mínimo uns dez.
No fim...afonso tava certo!
Estava mas não soube chegar ao coração do filho e em vez disso foi bruto e frio, sem jamais articular de forma clara o porquê de se opor e explicar com amor
Essa Maria tinha alma de cortesã,nunca devia ter casado,mto menos tido filhos,vulgar,devassa e libertina,no fim,o Afonso estava certo,ela desgraçou a vida do Pedro,ainda largar bebezinho de peito,tadinho...
Kkkk
Verdade
Tinha a pomba gira na alma
Quanta ternura transmitida no momento em que Dom Afonso toma Carlos Eduardo nos braços... 🥰
Coitado do Pedro, podemos sentir toda a sua dor, angústia e abandono!! Grande Leonardo Viera! Valmir Chagas também magnífico!!
E qtos homens abandonam suas mulheres com filhos pequenos e vão embora com outra mulher
O sofrimento é o mesmo
E fazem igualmente errado. Não é sobre gênero. É caráter.
COITADO DO PEDRO!! TÃO INGÊNUO!!
Eu não lembrava que a Maria Eduarda era mais velho que o seu irmão, portanto acreditei que ele fosse mais velho.
Essa é a beleza da obra, não os confrontos morais da época e mesmo ainda se refletindo aos valores dos dias atuais em si, reflexos ainda vivos e presentes que por óbvio e à primeira vista, chocam ao expectador desavisado, a profundidade que a questão é colocada à mostra. A astúcia do autor de expor uma essência do desejo feminino tão reprimida e ocultada e que só pôde de fato se colocar à prova num personagem que distoava de toda a hierarquia moral da tradicional sociedade europeia daquela época, especialmente na Portuguesa, tão arraigada das tradições mais rígidas dentre as demais. E todo o drama da religiosidade que devia ser avalizador de toda essa moral recatada, ainda que hipócrita, visto que sustentava a ambiguidade destoante da aristocracia e miserabilidade no seio das famílias. Contrapor a lógica moral ao sentimento humano, hoje pode parecer tão comum e mesmo assim por vezes se depara com aviltos decorrentes de deslizes e julgamentos, naturalmente contrários ao que se têm pela base padrão vigente! Agora, imagine esse confronto nesta sociedade amarrada em tradições e hierarquias de toda uma aristocracia. Essa é a sombra e a luz, o equilíbrio e o desatino, a razão e a emoção, a vitória e a tragédia, a liberdade e o preconceito, o livre-arbítrio e a predestinação, a honra e a perdição, o prumo e o caos... Não, não há certo e errado, há sensibilidade e um olhar para a alma humana em desenvolvimento e construção constante, repetindo e se repetindo através dos tempos... Ainda me deslumbro com tamanho dom e sofisticação do olhar da tela, da trilogia musical escolhida de quem produziu, dirigiu e arquitetou esta verdadeira obra prima da teledramaturgia luso-brasileira. Um olhar profundo da alma de uma época! Belíssimo... Quem conseguir enxergar a beleza por trás das tragédias, conseguirá finalmente ampliar este olhar sob o prisma da mudança que recaía sobre os valores que então anunciavam os novos rumos porvindouros da sociedade que se avizinhava. A sétima arte na televisão!
Do ponto de vista da teledramaturgia trouxe valor a obra. Por outro lado, buscando na realidade casos semelhantes, ainda que sejam da época em que passa a trama, não anulam o fato da personagem ser de baixo nível, sórdida e que sua escolha da forma como ocorreu não levou em conta a personalidade frágil, temperamento dramático e auto destrutivo do marido Pedro que é um homem fraco passivo e que não impunha respeito a sua esposa.
Seria mais honroso ela não entrar num relacionamento que, desde o início, se mostrava fadado ao fracasso. Ela não assumia para si que não amava Pedro como homem, talvez como amigo. Homem totalmente devoto e cego de amor
Sabe Wendell, todos nós teremos opiniões pessoais a respeito, a obra serve pra isso e não importa a época porque ela transpassa o tempo. Meu olhar tentou buscar a provocação de seu autor que então se utilizou de uma linha dramática bastante instigadora e provocativa, sem a qual não construiria ao derredor do enredo principal, o pano de fundo da sociedade de uma época e suas questões íntimas envolvendo homens e mulheres ao longo da história. Claro, se trouxermos para uma análise específica, quanto ao psicodrama desta personagem, de longe demonstrar-se-á sua indiossincrasia e suas contradições como bem explanastes num aspecto. Mas, eu não quis apenas me reservar à esse aspecto tão individualizado, sob pena de não contextualizar todos os cenários que se entremearam ao longo de toda a mini-série. Lembro quando assisti à primeira vez no original, de ter tido sensações semelhantes ao que descrevestes, de questionar-me dos porquês dela não se assentar e se acomodar à uma situação que a todo olhar desatento, se parecia tão elevada para uma avaliação linear de uma sociedade como aquela. Sim, esse primeiro sentimento me perpetrou a mente e o coração, a moral e o sentimento e ainda assim, confesso, mesmo sendo aviltante sua atitude, não se pode negar que, sua extrema sensualidade provocativa, trazia à nós expectadores, um sentimento de raiva e paixão ao mesmo tempo! E nisso, o autor foi magistral, ele conseguiu provocar essa sensação ambígua que a o ser humano normalmente esconde e não expõe, normalmente guardando pra si, por sua própria auto-reprimenda moral mais íntima. A arte é incrível, pois quando se tem uma obra de tamanha profundidade, se poderá debater tantos aspectos diferentes e talvez, jamais se esgote satisfatoriamente o tema! Foi um desbunde e um privilégio ter tido a chance de rever esta maravilhosa série com esde olhar mais alargado! O prazer foi imensamente amplificado.
Eu sou português e no secundário, os Maias é uma das obras que é estudada na escola. Incrível que na altura vi-me forçado a ler esta obra, a análise da mesma foi bastante superficial e acredito que a maioria dos alunos não consegue perceber a profundidade desta obra devido a um sistema de ensino flagelado. Hoje com 30 anos, também com uma situação amorosa falhada que se assemelha em muitos pontos à história de Pedro e Maria, surgiu-me na mente a vontade de ver esta série que nunca vi e até ao momento, vejo uma perspectiva que jamais tinha visto quando era adolescente. Excelente corpo de actores, banda sonora exceptional e acima de tudo o facto de em termos de diálogo ser usado o "tu" muitas das vezes em detrimento do "você" faz a série bastante mais fiel à obra de Eça de Queiroz. A próxima série que verei será Mistérios de Lisboa, livro de Camilo Castelo Branco (outro clássico da literatura que adorei quando li há alguns anos) cuja minissérie é de 2010.
@@wendellemmanuell2160 eu acho que ela tentou resistir a essa paixão. A princípio como mostra a série ela gostava do Pedro. Ela tentou resistir de todas as formas, mudou seu jeito, mas não resistiu. Quem somos nós para julgá-la? Naquela época ela não teria o direito ao divórcio. Pois esse nem se quer existia… até 1975 em Portugal a mulher só podia viajar sem o marido com a autorização do mesmo. Para ela acredito que a única saída foi fugir levando apenas uma filha. Se fosse hoje de certeza ela teria pedido o divórcio e tudo seria mais aceito, mas naquela época a mulher tinha duas opções ou continuar infeliz em um casamento ou fugir …. Vamos ter esse olhar mais empático pela Maria. Sinto pelo Pedro mas não mandamos no coração, infelizmente.
Adorando
Fui abandonado da mesma forma, espero não ter casado com a minha irmã🤭
Pedro era um homem muito fraco
Sim criado pela mae e pela igreja. Tornou se um Homem frouxo.macho tem que ser criado pelo pai 🤣
Pedro era vulnerável entre os homens daquela época
Por isso, Afonso criou o neto diferente do Pedro. Vendo a vulnerabilidade e a paixão em demasia do filho, a ponto de ele ter cometido suicídio por causa da traição, o criou de modo que o neto não passasse pelo mesmo que o filho passou, muito devido ao fruto de uma educação moral e muito apego à mãe.
@@heitorcalazans2134 verdade. Já dizem as pessoas especializadas em estudar a mente e comportamento humano. Homem aprende a ser homem na esfera do pai ( ou alguma figura paterna). Homem tem que ir para a vida, para fora, externo, para o mundo. E não ficar na barra da saia da mãe.
@@ingridbcosta Muitos homens aprenderam a ser homens com as mães. Depende da educação... Figura paterna e materna são essenciais para homem e mulher, mais não é isso o que forja o caráter.
O traidor / traidora age sempre nas sombras , rastejando no limbo , implodindo tudo e todos que estiverem por perto . Pelo menos na obra A Divina Comédia de Dante Alighieri , justamente no livro Inferno, eles tem um lugar " bem especial " no inferno . A leitura não é fácil, por vezes precisamos de um dicionário, mas chega a ser prazeroso ler, mesmo na ficção, o lugar que aguarda pessoas de índole ruim !!!!
Vendo a historia de Maria Monforte com o trágico destino dos filhos me lembro da historia do rei Davi que como pena do seu pecado de adultério seu filho praticou incesto com a própria Irmã. Não sei se Eça de Queiroz se baseou nisso mas parece muito.
Horrível o adultério. Destruiu a propria vida e de todos. Pai e mãe dificilmente erra, o sogro sempre viu a alma dela. Preço muito alto, nunca mais vei ver o pai.
É A DESGRAÇA QUE DOM AFONSO FAREJAVA!!
Olhaaa eu peguei um italiano... Foram os 7 dias mais lindos... Pense num povo que tem pegada.
Minhas revoltas em Os Maias:
1) Pedro demonstrou ser um homem íntegro, amoroso, fiel e honestos. Foi chamado de fraco, sensível e covarde por ter tirado a própria vida por causa de uma vag4bundita.
2) Por causa da loucura da mãe, Maria Eduarda e Carlos Eduardo não puderam viver um grande amor por serem irmãos.
3) Na vida real, o ator Walmor Chagas tirou a própria vida devido a uma forte depressão.
4) Leonardo Vieira, lindo! excelente ator, contracenou com várias mulheres, mas o pior das minhas revoltadas é que ele é homossexual casado há mais de 12 anos com seu marido atual. Mas ele é lindo de viver e eu o beijaria na boca por uns 40 minutos 😅😅😅😅
O Walmor tirou a vida porque estava doente e não queria sofrer,não o julgo,grande ator.
Meu Deus não sabia dessa do Wolmar ,que Deus o tenha 😢
@@gabisacramento2374segundo uma de suas empregadas relatou que ele estava com muitos problemas por causa da diabetes, dentre elas a cegueira, e isso o deixou muito triste pois era amante dos livros, e fora outros problemas advindos da velhice. Ele vivia isolado, por sua própria vontade, pois trabalhou muito e só queria a paz junto a livros, músicas e uma boa vizinhança.
Esse pai não era muito diferente da Maria: só pensava em si mesmo e não no sofrimento dos outros. O pai só quis se apossar do neto, começar uma nova vida, e não pensou no seu filho. Assim como Maria só quis recomeçar a vida e não pensou nele.
Também pensei nisso. Os dois não são muito diferentes.
Mano pq? Pq ela fez isso com o cara e com os filhos?
Italiano tem pegada, eles fazem amor como ninguém. Mulher nenhuma resiste.
@@nuven sei como é, tá no meu sangue. Elas piram.
Pra provar que o pai dele sempre esteve com a verdade sobre ela.
Maria sofre por deixar os filhos. Naquela época gente não existia divórcio como hoje. Ela seria condenada a ficar sem nenhum dos filhos…. Julgamos maria com a cabeça de hoje… mas temos que nos reportar a época… Muitas mulheres condenando a Maria…
Lembrando que nessa mesma época na vida real Chiquinha Gonzaga ao se separar teve que abrir mão dos filhos.
afinal quem tinhas toda razao sobre maria era o pai de pedro
22:55 “Ao meu querido Pedro”…
Mostra bem o tipinho…
“Meu amado e estimado, muito querido, marido.” Isto sim, seria o normal…
O q a Maria fala para o pai dela depois de dizer q ele é rico? Não consigo escutar.
"Vá para suas águas, vá para os pirineus, meu pai"
O que ela quis dizer com isso?
@@DeborakadoshPra ele ir passar um tempo nas águas termais, nos Pirineus (cadeia de montanhas entre a Espanha e a França)
31:50 😢💔
Qual o nome da música que passa em 8:10?