Eu acho q no caso de livros infantis é uma chance ótima de introduzir esses debates e reflexões desde cedo. Explicar e ensinar a criança do q é problemático na obra e seu autor desde cedo, estimular o pensamento crítico, sem subestimar a inteligência da criança. Mudar o texto só abre mais chance para que mais pessoas idolatrem esses autores sem saber das problemáticas deles.
Acho ok alterar livros infantis destinados a crianças muito pequenas, mas em qualquer outro caso precisa ser feita uma edição crítica, com notas e textos de apoio. Nunca fingir q o preconceito não estava lá
Trabalhei na área da Educação em Taubaté, infelizmente Monteiro Lobato está enraizado e faz parte do currículo pedagógico, porém suas obras não são devidamente problematizadas em sala de aula.
Super concordo. Sou revisora e preparadora de texto e o que tenho visto sobre esse assunto nos grupos, clubes de leitura e cursos que participo é para inserirmos comentários e notas para os autores e editores quando nos depararmos com palavras e/ou construções preconceituosas e deixarmos a cargo deles decidirem mudar ou não o texto original, justamente porque alterar o texto bruto é mudar a percepção que o leitor terá em relação à obra ou ao autor, em si. Se o autor utiliza uma expressão racista, misógina, lgbt+fóbica, etc, no texto original e nós a alteramos, estamos impedindo o leitor de saber o conteúdo exato do texto e se posicionar diante dele.
É preciso dosar... Se estamos falando de adaptações infanto-juvenis para trabalhar com públicos mais jovens, até concordo... Mas revisionismo literário é revisionismo histórico (e muito me lembra 1984 de Orwell) - talvez usar notas de repúdio acrescidas pelos editores em notas de rodapé ou no prefácio do livro (quem sabe fazer edições com posfácio que façam críticas aos posicionamentos do autor e da época... É uma chance de expandir o senso crítico).
Sou da opinião que é possível fazer boas adaptações para um grupo específico (crianças que ainda não consigam entender certas problemáticas, autistas, etc). Agora pegar uma obra original e maquiá-la jamais será o correto pq causa o que vc mesmo disse, uma limpeza da imagem do artista. E isso consequentemente fará com que as novas gerações acreditem numa inverdade sobre esse mesmo artista. E isso é extremamente perigoso, alterar fatos históricos ou tirá-los do contexto real. Excelente vídeo. 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
esse debate é muito interessante e necessário. Feliz que vc o trouxe nesse vídeo. Concordo que as notas de roda pé seriam ótimas para contextualizar a fazer refletir
Pra contribuir com este debate, vou deixar de sugestão um vídeo do Quadrinhos na Sarjeta chamado "Estamos fazendo papel de trouxas. A censura do bem das grandes marcas". Traz uma reflexão interessante sobre o que fazer com as questões de opressão que aparece em obras antigas.
Tive a sorte de pegar em mãos um exemplar de Júlio Verne,, porém, aquela edição era antiguissima num português desatualizado e de difícil assimilação para a dinâmica de uma adolescente da nossa geração, uma obra maravilhosa que não foi desfrutada por não conter naquele livro justamente a revisão e contextualização para a nova era. Gente, pelo Amor, tudo move, tudo flui e tudo se aprimora. No passado deram o melhor de si, agora damos o melhor de nós e futuro esperamos que dêem seus melhores e nos aperfeiçoam. Por certo, assim espero, que nossa própria revisão de hoje, seja num momento futuro novamente revisado e refinado de acordo com valores mais nobres que viermos adquirir. É vaidade se apegar ao tempo desmerecendo o bom senso de valores da vida para o todo.
Adorei o vídeo! Essa temática me interessa muito pois sou jornalista escritora. Se puder fazer um reel pro Instagram eu gostaria muito de compartilhar 🙏
concordo plenamente com os rodapés, apagar partes da história também seria apagar as falas problemáticas do autor, afinal, ali é história e um produto da sua época, queira ou não. manter o original mas deixar o leitor consciente é o mais viável e logo depois classificar os livros para a idade, já que algumas podem ainda não entender a dimensão do problema dito
Muitos livros atuais já tem aviso de gatilho, certas coisas problematicas são fundamentais pra propria construção das obras. Sobre livros infantis até entendo o problema, mas fingir que eles não existiram é um pouco demais, acho que perde até a oportunidade de falar com a criança sobre porque não é bom dizer/fazer determinadas coisas
eu ia comentar que isso tudo, pra mim, ao meu ver, é uma forma de disfarçar o que o autor fez e o que ele queria mesmo promover e manter lá a família cheia de grana. mas, aí vem no final dizendo exatamente isso e achei divino! pq é isso mesmo: uma tentativa desesperada de não cair no ostracismo, no cancelamento e continuar ganhando dinheiro. quando eu trabalhava com Monteiro Lobato na IC na faculdade, eu puxava muito isso de racismo e como, mesmo que seja anacrônico em algumas questões, é importante entender que o racismo JA existia e não é uma criação recente. é uma coisa que tem base, tem histórico, tem documento comprovando. isso só no ponto do racismo, mas existem diversas coisas como lgbtqiafobia, sexismo, machismo, apologia a est*pr*... enfim. adorei o vídeo! é um debate muito necessário!
Excelente vídeo! Muito obrigada! Essa parente de Monteiro Lobato não leu as obras dele? Ou não sabe que ele era apoiador do movimento higienista no Brasil? Lobato era racista ao extremo e a descrição que ele fazia da Tia Anastácia comprova isso.
Que nem o livro Tarzan. Fui ler pq amo a história da Disney e queria saber como era o texto original integral e é um show de horrores. É super rac1sta, m1sógino, mach1sta, preconc3ituoso, etc. Eu fiquei super horrorisada, mas é um reflexo da sua época e da mentalidade daquela época. Acho mais válido o que Disney fez de criar uma adaptação infantil sem toda problemática. Mas acho que o livro com seu original tem q ser mantido com notas de rodapé alertando. Q nem vc falou.
É super complexo.. de modo geral sou mais a favor da nota de rodapé, mas no caso dos livros do Lobato, acredito que por serem TÃO enraizados na pedagogia, é necessário sim que haja a edição. Acho inocência confiar totalmente no poder do professor em "explicar para a criança" a problemática dos discursos até porque eu mesmo cresci em uma escola no interior de SC onde os professores faziam apologia ao discurso n4z1 em aula 🤡então acredito que através da edição podemos solucionar isso de uma forma mais eficaz, nesse caso.
Deixem os clássicos em paz, se quer lacrar criem novas histórias, isso é procurar chifre em cabeça de cavalo, vivem de mim, mim, mim, acham preconceito em tudo, um fantasma na cabeça desse povo doente, o assunto deveria falar e explicar clássicos infantis e não ficar doutrinando zumbis nas universidades e meio artístico, granmshismo cultural, respeitem a criação dos outros, o dono da obra não gostaria de ver sua criação deturpada e adulterada
Eu acho q no caso de livros infantis é uma chance ótima de introduzir esses debates e reflexões desde cedo. Explicar e ensinar a criança do q é problemático na obra e seu autor desde cedo, estimular o pensamento crítico, sem subestimar a inteligência da criança. Mudar o texto só abre mais chance para que mais pessoas idolatrem esses autores sem saber das problemáticas deles.
Acho mais justo para os leitores e até para o autor inserir as notas de rodapé.
Acho ok alterar livros infantis destinados a crianças muito pequenas, mas em qualquer outro caso precisa ser feita uma edição crítica, com notas e textos de apoio. Nunca fingir q o preconceito não estava lá
Trabalhei na área da Educação em Taubaté, infelizmente Monteiro Lobato está enraizado e faz parte do currículo pedagógico, porém suas obras não são devidamente problematizadas em sala de aula.
Super concordo. Sou revisora e preparadora de texto e o que tenho visto sobre esse assunto nos grupos, clubes de leitura e cursos que participo é para inserirmos comentários e notas para os autores e editores quando nos depararmos com palavras e/ou construções preconceituosas e deixarmos a cargo deles decidirem mudar ou não o texto original, justamente porque alterar o texto bruto é mudar a percepção que o leitor terá em relação à obra ou ao autor, em si. Se o autor utiliza uma expressão racista, misógina, lgbt+fóbica, etc, no texto original e nós a alteramos, estamos impedindo o leitor de saber o conteúdo exato do texto e se posicionar diante dele.
É preciso dosar... Se estamos falando de adaptações infanto-juvenis para trabalhar com públicos mais jovens, até concordo... Mas revisionismo literário é revisionismo histórico (e muito me lembra 1984 de Orwell) - talvez usar notas de repúdio acrescidas pelos editores em notas de rodapé ou no prefácio do livro (quem sabe fazer edições com posfácio que façam críticas aos posicionamentos do autor e da época... É uma chance de expandir o senso crítico).
Sou da opinião que é possível fazer boas adaptações para um grupo específico (crianças que ainda não consigam entender certas problemáticas, autistas, etc). Agora pegar uma obra original e maquiá-la jamais será o correto pq causa o que vc mesmo disse, uma limpeza da imagem do artista. E isso consequentemente fará com que as novas gerações acreditem numa inverdade sobre esse mesmo artista. E isso é extremamente perigoso, alterar fatos históricos ou tirá-los do contexto real. Excelente vídeo. 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
esse debate é muito interessante e necessário. Feliz que vc o trouxe nesse vídeo. Concordo que as notas de roda pé seriam ótimas para contextualizar a fazer refletir
notas de rodapé e prefácios de alerta e contestualização.
Pra contribuir com este debate, vou deixar de sugestão um vídeo do Quadrinhos na Sarjeta chamado "Estamos fazendo papel de trouxas. A censura do bem das grandes marcas". Traz uma reflexão interessante sobre o que fazer com as questões de opressão que aparece em obras antigas.
Tive a sorte de pegar em mãos um exemplar de Júlio Verne,, porém, aquela edição era antiguissima num português desatualizado e de difícil assimilação para a dinâmica de uma adolescente da nossa geração, uma obra maravilhosa que não foi desfrutada por não conter naquele livro justamente a revisão e contextualização para a nova era. Gente, pelo Amor, tudo move, tudo flui e tudo se aprimora. No passado deram o melhor de si, agora damos o melhor de nós e futuro esperamos que dêem seus melhores e nos aperfeiçoam.
Por certo, assim espero, que nossa própria revisão de hoje, seja num momento futuro novamente revisado e refinado de acordo com valores mais nobres que viermos adquirir.
É vaidade se apegar ao tempo desmerecendo o bom senso de valores da vida para o todo.
Adorei o vídeo! Essa temática me interessa muito pois sou jornalista escritora. Se puder fazer um reel pro Instagram eu gostaria muito de compartilhar 🙏
concordo plenamente com os rodapés, apagar partes da história também seria apagar as falas problemáticas do autor, afinal, ali é história e um produto da sua época, queira ou não. manter o original mas deixar o leitor consciente é o mais viável e logo depois classificar os livros para a idade, já que algumas podem ainda não entender a dimensão do problema dito
Posicionamento super assertivo! Concordo plenamente.
Vc tá lindíssimo hoje em dia ❤
Muitos livros atuais já tem aviso de gatilho, certas coisas problematicas são fundamentais pra propria construção das obras. Sobre livros infantis até entendo o problema, mas fingir que eles não existiram é um pouco demais, acho que perde até a oportunidade de falar com a criança sobre porque não é bom dizer/fazer determinadas coisas
Concordo plenamente contigo, Jonas.
eu ia comentar que isso tudo, pra mim, ao meu ver, é uma forma de disfarçar o que o autor fez e o que ele queria mesmo promover e manter lá a família cheia de grana. mas, aí vem no final dizendo exatamente isso e achei divino! pq é isso mesmo: uma tentativa desesperada de não cair no ostracismo, no cancelamento e continuar ganhando dinheiro.
quando eu trabalhava com Monteiro Lobato na IC na faculdade, eu puxava muito isso de racismo e como, mesmo que seja anacrônico em algumas questões, é importante entender que o racismo JA existia e não é uma criação recente. é uma coisa que tem base, tem histórico, tem documento comprovando. isso só no ponto do racismo, mas existem diversas coisas como lgbtqiafobia, sexismo, machismo, apologia a est*pr*... enfim. adorei o vídeo! é um debate muito necessário!
Adorei esse vídeo, assunto muitíssmo interessante! 🤔👏
Excelente vídeo! Muito obrigada! Essa parente de Monteiro Lobato não leu as obras dele? Ou não sabe que ele era apoiador do movimento higienista no Brasil? Lobato era racista ao extremo e a descrição que ele fazia da Tia Anastácia comprova isso.
Nossa Jonas, que video importante para essa problematica tão atual. E sem comentários sobre M. Lobato ( racista)
Que nem o livro Tarzan. Fui ler pq amo a história da Disney e queria saber como era o texto original integral e é um show de horrores. É super rac1sta, m1sógino, mach1sta, preconc3ituoso, etc. Eu fiquei super horrorisada, mas é um reflexo da sua época e da mentalidade daquela época. Acho mais válido o que Disney fez de criar uma adaptação infantil sem toda problemática. Mas acho que o livro com seu original tem q ser mantido com notas de rodapé alertando. Q nem vc falou.
É um assunto super complexo... Acho q depende do tipo de alteração... No caso de Monteiro L. , acho q deveria n ser indicado p crianças .
Caramba ele mudou muitoooooooo
Lindíssimo
Onde consigo acessar as matérias citadas no vídeo?
Tem alguém que lê? Quase Ninguém lê rodapé, ou por preguiça ou por ansiedade de engolir o livro, ainda mais se esse for aventura 😅
É super complexo.. de modo geral sou mais a favor da nota de rodapé, mas no caso dos livros do Lobato, acredito que por serem TÃO enraizados na pedagogia, é necessário sim que haja a edição. Acho inocência confiar totalmente no poder do professor em "explicar para a criança" a problemática dos discursos até porque eu mesmo cresci em uma escola no interior de SC onde os professores faziam apologia ao discurso n4z1 em aula 🤡então acredito que através da edição podemos solucionar isso de uma forma mais eficaz, nesse caso.
Legaliza 🌞🌿✨
Uma das mudanças mais ridiculas deste mundo!! Eu só leio classicos anteriores ao sec. XIX. 🤷🏼♀️👌🏻
eu acho q nota de rodapé é o mellhor mesmo
❤
Deixem os clássicos em paz, se quer lacrar criem novas histórias, isso é procurar chifre em cabeça de cavalo, vivem de mim, mim, mim, acham preconceito em tudo, um fantasma na cabeça desse povo doente, o assunto deveria falar e explicar clássicos infantis e não ficar doutrinando zumbis nas universidades e meio artístico, granmshismo cultural, respeitem a criação dos outros, o dono da obra não gostaria de ver sua criação deturpada e adulterada
Pois é, você tem que falar isso pra família do Monteiro Lobato que está modificando a obra dele pra tentar apagar que ele era racista