Eu não tenho tatuagens nem piercings, mas tenho o cabelo raspado na 3. Nao é colorido. As roupas eu costumo usar o mesmo estilo em outros ambientes tbm, mas eu tomo um certo cuidado do consultório pq eu quero que o paciente possa aparecer na sessão, e não a mim. E até mesmo meu cabelo raspado é aliado com uma make básica q valoriza, um acessório mais simples, mas q valoriza. Recebo feedback positivo disso, tanto de paciente, quanto de outras pessoas, pq a pessoa vê que existe possibilidade de pensar em autocuidado independente da aparência. Até pq eu não deixo de ser a profissional que sou por conta disso, eu não mudo quem eu sou como pessoa, na vdd realça mais quem eu sou e fico bem com isso. Mas como profissional de saúde, acho importante tanto ter um equilíbrio do físico, quanto tbm ter um viéz de saúde, autocuidado.
Que delícia rever vocês que são referências e fizeram parte da minha construção acadêmica e profissional. Sobre a pauta: em um primeiro momento como formado procurei me adequar aos padrões construídos por mim, sobre como o psicólogo deveria se vestir. Nos últimos tempos tenho me desconstruído diariamente sobre esse esteriótipo na clínica, fácil? Não é. Hoje sou um homem que eventualmente atende de vestido ou saia porque fazem parte da minha construção pessoal assim como o blazer e a calça social e tenho direcionado para a profissional também. Respeitando, acima de tudo, os meus limites e de meus pacientes. A resposta tem sido positiva, afinal estilo e aparência são importantes e fazem parte do meu cotidiano. Parabéns maravilhosas pela discussão.
Pedro, seu lindoooo!!! Eu quase te citei no episódio, pois me lembrei disso. Mas a conversa foi pra outro rumo e acabou que não rolou! Obrigada pelo carinho, apoio e por colaborar com seu relato ❤️
Eu já atendi alguns pacientes que tinham essa demanda sexual. Já atendi pacientes exibicionistas e abusadores. A questão da roupa é muito importante, sobretudo qdo a psicóloga é recém formada. Nunca me esqueço de um paciente dependente químico que “confundiu” a relação e tentou se sentar no meu colo durante a sessão. Parece absurdo? Mas aconteceu. Óbvio que eu trabalhei essa falta de limite dele. Atendi um paciente que tinha fetiche com idosas… então… estamos sujeitos a tudo. Roupa discreta, saia longa, calça discreta, roupa sem transparência… é absolutamente fundamental na minha experiência profissional. Uso tênis sem problema nenhum, me refiro à roupas que passam uma informação mais “pessoal”. Assim como não se trabalha de terno e gravata num quiosque na praia, não se “deveria” adotar uma roupa que não tenha uma característica de TRABALHO em qualquer ambiente profissional. Querido colega @Pedrotertuliano7407, não é adequado que vc vá se saia ou vestido como psicólogo, te falo isso com o maior carinho, para que vc seja um excelente profissional seu papel é nunca chocar nenhum tipo de paciente, seja uma pessoa mega conservadora ou uma pessoa totalmente contra os padrões sociais atuais. Reflita, se vc pode ir de vestido, uma mulher poderia ir de shorts de academia e top ?? Não seria a mesma coisa? Não é preconceito e sim dress code profissional. Vista-se na sua vida pessoal como se sentir melhor, entretanto no ambiente clínico tem que representar um papel profissional sério e imparcial. Tenho 23 anos de consultório, 52 anos de idade. Tenho 4 tatuagens e não as exponho no consultório! Observação, moro na praia. Eu me esforço para ser o mais imparcial possível e atendo TODOS os tipos de pessoas sem preconceitos, desde uma senhora super tradicional e religiosa até um casal homossexual. A psicóloga Luciana não tem ideologia, a Luciana pessoa física fica fora do setting terapêutico. Isso faz parte do código de ética profissional. Abraços à todos os Psi’s e um especial a vc Pedro 😊❤
@@Luciana.psicologa Oi Luciana, com respeito a todos os seus anos de carreira, experiências e sabedoria preciso dizer que carinhosamente discordo de você. Há uma falsa congruência nessa comparação do Pedro ir trabalhar de saia/vestido com uma mulher ir trabalhar usando roupa de academia. Pq a questão do Pedro está na expressão de gênero dele e não na inadequação da roupa. Imagino que pra vc seja inadequado um homem usar roupas ditas femininas, ainda mais no trabalho, mas isso é uma questão de percepção social que está sendo amplamente revista e debatida. Na minha percepção roupa não tem gênero, e não deveria ter, pois elas são uma ferramenta da expressão da subjetividade de cada sujeito, seja na sua masculinidade ou feminilidade. Me identifico com o depoimento do Pedro pois sou uma pessoa trans não binárie, tbm sou Psicólogue e não enxergo justiça que nossas expressões de gênero sejam podadas e violentadas mais uma vez sob a prerrogativa da adequação de imagem em contexto laboral. Pois isso só reforça mais uma vez a discriminação e o caráter de exclusão que esses espaços criam, como se a gente não coubesse neles. E cabemos sim! Pois temos as mesmas qualificações e competências que qualquer outro profissional. Não sou ingênuo, eu entendo que as expectativas sociais em cima de profissionais da Psicologia são conservadoras (afinal foi a profissão da adequação e do ajustamento por décadas). Eu não vivo apartado da realidade e sinto isso, em sofrimento, toda vez que esse sentimento de inadequação tenta ser reforçado em mim e em milhares de outras pessoas. Nós não somos oq somos pra chocar as pessoas! Nós nos esforçamos pra viver em alinho com nossos sentimentos, é apenas isso. É pela nossa saúde mental tbm! Aliás, nunca se espera que a Psicóloga/o seja negra/o, indígena, que seja LGBT+, que seja deficiente. E isso é um debate muito mais caro, pois está muito além da mera questão da roupa. E Luciana eu não espero te convencer de algo ou te fazer mudar de opinião, não vim ser proselitista, mas espero que eu tenha te sensibilizado a perceber que essa discussão tem outras nuances que precisam ser debatidas com delicadeza.
Eu concordo com a Natalia. Eu acho que como qualquer trabalho, nos devemos tentar manter uma neutralidade do nosso eu em si. estou adorando o que vcs estão falando. e concordo porque, acho que mesmo quem tem uma clínica particular ou consultório deve agir como se tivesse um chefe, ou empresa. porque infelizmente muitos profissionais estão confundindo liberdade de ser quem são, com falta de postura profissional. não digo que precisa se vestir de social ou algo do tipo, mas acho que durante aquelas horas de trabalho, não custa vc se manter mais básica, mesmo sendo jovem. mas é de cada um mesmo, difícil essa decisão. parabéns pelo conteúdo.
Difícil, né?! Acho que esse é um tema que sempre vai dividir opiniões! Muito obrigada por colaborar com o debate e pelo carinho com que se posicionou ❤️
Eu estou muito mais afinada com a Gi. Acho que a autenticidade deve ser desde o começo, e portanto quem eu sou é fundamental para o bom vínculo e esconder inicialmente e depois mostrar, para mim é entendido como uma traição para o vínculo. Eu entendo ser fundamental que as coisas sejam claras desde o princípio, é uma possibilidade de ser livre para escolher o que se quer ou não, e isso deve ser desde o começo. O contrário é enganação, isso para mim.
Não me interessa que o paciente goste ou não da minha aparência ou do estilo, mas me interessa os valores dele, o que aquilo desperta nele voltado a queixa e sua história de vida e usar desse gancho, caso venha a surgir pra acessar ele. Isso vai pra além da aparência, mas tbm idade, tom de voz, ser mulher, se é mãe ou não...
Quando sorrio com meus vinte poucos anos é para demonstrar carisma pela presença da pessoa, mas a pessoa pensa que é um flerte por ser eu um homem jovem de boa aparência. Então, a sensação interna do sorrir contrasta com o que vejo no espelho. O limite que desejo respeitar é impedir que o estereótipo masculino venha à tona. Primeiro, ter uma postura discreta, séria e só depois maior descontração...
Posso dar meu pitaco? espero que sim. Primeiramente devemos considerar de que o Mundo sempre foi mundo bem antes da gente nascer e sendo assim quando nascemos as regras adequadas ou não já estava estabelecida. E socialmente falando, sempre foi visto com bons olhos o comportamento da vestimenta do ¨formal¨ e fora disso não é bem visto e com conotação com pré-julgamento e de pouco confiabilidade, vocês por exemplo na Life, estão com um social que nos inspira mais confiança apesar de ser apenas uma aparência mas infelizmente é assim que a sociedade pensa. e se ela pensa assim, porque vou quere choca-la? tatoo por exemplo, tem gente que faz sem ao mesmo verificar o seu significado mas para quem entende o significado talvez por saber a simbologia daquilo nem volte mais ao seu consultório quanto a estilo cada um deve ter o seu, o estilo acaba virando uma marca sua. Teria mil e outros exemplos mas aí iriamos muito longe. abs
Tenho 2 tatuagens e piercing no nariz que compõem minha personalidade. Não vejo problema nenhum, desde que não seja nada "exagerado", ai conta-se com o bom senso. Acredito que esconder e depois mostrar-se causa maior impacto no paciente.
Um cliente "comentou" e/ou se queixou pra mim no inicio de sua sessão, sobre o cliente anterior, se referindo ao fato dele portar diversas tatuagens. Como sou estudioso de "simbolismos", consegui contornar a situação, mostrando a ele que determinados "símbolos" (na verdade e praticamente (quase) todos), possuem a dualidade e/ou conotações diferentes e divergentes dependendo do contexto em que está inserido. Concluindo: Que quero dizer que o conhecimento diversificado (esoterismo, numerologia, teorias conspiratórias, misticismo, religiosidade e espiritualidade, etc) só irá beneficiar a aproximação, a compreensão e o andamento de todo o processo psicoterapêutico. O cliente ficou literalmente de boca aberta ao "enxergar o outro lado da moeda" que ele desconhecia por ter sido unilateralista em seus conceitos. - Namaste.
Giovana, o estereótipo não poderia, de alguma forma, ser confortável para o paciente/ cliente, visto que ele não tem que lidar com a desconstrução da imagem que ele faz do mesmo? Só pensando aqui...
Sim, poderia! Mas o terapeuta faz parte dessa relação e algo que seja invasivo demais para ele também causa desequilíbrio. Por isso não é uma conta exata 🙂
Que instigante esse debate, adorei! É espinhoso e desafiador falar disso pq é um assunto inacabado realmente, estamos desconstruído e reconstruindo opiniões sobre isso ainda, conforme a dinamicidade do mundo. Achei super relevante vcs trazerem o recorte de gênero pq de fato é um fator super preponderante. Vcs citaram de leve o recorte racial tbm quando falaram sobre a questão do cabelo enrolado. E assim, convenhamos que as expectativas sociais que se tem sobre profissionais da saúde e tbm outros segmentos são bem conservadoras e restritas sim. Temos a obrigação de segui-las? Não. Mas o julgamento pela aparência ainda é uma tendência mt forte que quase todo mundo segue. Em certos contextos cabe a gente se despir de adereços e ornamentos, tipo o hospitalar? Claro que sim, pois tem um protocolo sanitário que recomenda isso então faz todo sentido. Mas ao msm tempo passa por um atravessamento delicado tbm que são esses recortes de gênero, expressão de gênero e subjetividade, racialidade, deficiência física, que são coisas que não cabe a nós pedir pras pessoas se despirem delas visando uma suposta "adequação de imagem", quando na verdade isso tbm passa por um reforço de certas violências e discriminações que profissional nenhum merece passar em contextos de trabalho. Terapeuta negra/o usando tranças e dreads não passa imagem de asseio? Grande parte acredita que não, mas isso é um imaginário racista e preconceituoso construído a base de muita ignorância e desinformação! Eu sou lido socialmente como homem, mas não o sou, e expresso meu gênero e minha feminilidade nas minhas roupas, trejeitos, forma de andar, falar etc. Como raios vou me despir disso pra representar uma suposta postura de "neutralidade"? Acho que esse é um debate mt profícuo e que as vezes gera mt sofrimento pra gente que está ocupando essa posição de cuidado enquanto profissionais. Precisamos ter nossa integridade respeitada com base naquilo que somos de verdade tbm. Como vms cuidar do outro as custas do nosso adoecimento? Pra algumas pessoas essa questão da aparência só passa pelas roupas mesmo, mas pra outros grupos de pessoas esse debate é mt mais caro! Enfim, agradeço pelo espaço e pela oportunidade de ouvir e discutir isso com vocês! 💖
Tirando o "bem-vindos e bem-vindas", absolutamente desnecessário, pois dizer apenas um BEM-VINDOS já inclui TODOS, seja homem, seja mulher, seja lá o que for... O resto, gostei bastante.
O que eu digo aos meus pacientes assim que entramos online? Simples: "Como está o tempo em sua cidade?" Isso não foi tratado nesse vídeo mas em outro.É que lembrei :)) @psicanaliseminuto Janio rj
Eu não tenho tatuagens nem piercings, mas tenho o cabelo raspado na 3. Nao é colorido. As roupas eu costumo usar o mesmo estilo em outros ambientes tbm, mas eu tomo um certo cuidado do consultório pq eu quero que o paciente possa aparecer na sessão, e não a mim. E até mesmo meu cabelo raspado é aliado com uma make básica q valoriza, um acessório mais simples, mas q valoriza. Recebo feedback positivo disso, tanto de paciente, quanto de outras pessoas, pq a pessoa vê que existe possibilidade de pensar em autocuidado independente da aparência. Até pq eu não deixo de ser a profissional que sou por conta disso, eu não mudo quem eu sou como pessoa, na vdd realça mais quem eu sou e fico bem com isso. Mas como profissional de saúde, acho importante tanto ter um equilíbrio do físico, quanto tbm ter um viéz de saúde, autocuidado.
Por onde vcs andam? Descobri vcs nesta semana e amei!! Por favor, gravem novos vídeos se puderem!! 🙏🏽🌼
Muitas questões envolvidas. Boa discussão.
Que delícia rever vocês que são referências e fizeram parte da minha construção acadêmica e profissional. Sobre a pauta: em um primeiro momento como formado procurei me adequar aos padrões construídos por mim, sobre como o psicólogo deveria se vestir. Nos últimos tempos tenho me desconstruído diariamente sobre esse esteriótipo na clínica, fácil? Não é. Hoje sou um homem que eventualmente atende de vestido ou saia porque fazem parte da minha construção pessoal assim como o blazer e a calça social e tenho direcionado para a profissional também. Respeitando, acima de tudo, os meus limites e de meus pacientes. A resposta tem sido positiva, afinal estilo e aparência são importantes e fazem parte do meu cotidiano. Parabéns maravilhosas pela discussão.
Pedro, seu lindoooo!!! Eu quase te citei no episódio, pois me lembrei disso. Mas a conversa foi pra outro rumo e acabou que não rolou! Obrigada pelo carinho, apoio e por colaborar com seu relato ❤️
Eu já atendi alguns pacientes que tinham essa demanda sexual. Já atendi pacientes exibicionistas e abusadores.
A questão da roupa é muito importante, sobretudo qdo a psicóloga é recém formada.
Nunca me esqueço de um paciente dependente químico que “confundiu” a relação e tentou se sentar no meu colo durante a sessão.
Parece absurdo? Mas aconteceu.
Óbvio que eu trabalhei essa falta de limite dele.
Atendi um paciente que tinha fetiche com idosas… então… estamos sujeitos a tudo.
Roupa discreta, saia longa, calça discreta, roupa sem transparência… é absolutamente fundamental na minha experiência profissional.
Uso tênis sem problema nenhum, me refiro à roupas que passam uma informação mais “pessoal”.
Assim como não se trabalha de terno e gravata num quiosque na praia, não se “deveria” adotar uma roupa que não tenha uma característica de TRABALHO em qualquer ambiente profissional.
Querido colega @Pedrotertuliano7407, não é adequado que vc vá se saia ou vestido como psicólogo, te falo isso com o maior carinho, para que vc seja um excelente profissional seu papel é nunca chocar nenhum tipo de paciente, seja uma pessoa mega conservadora ou uma pessoa totalmente contra os padrões sociais atuais.
Reflita, se vc pode ir de vestido, uma mulher poderia ir de shorts de academia e top ?? Não seria a mesma coisa?
Não é preconceito e sim dress code profissional.
Vista-se na sua vida pessoal como se sentir melhor, entretanto no ambiente clínico tem que representar um papel profissional sério e imparcial.
Tenho 23 anos de consultório, 52 anos de idade. Tenho 4 tatuagens e não as exponho no consultório!
Observação, moro na praia.
Eu me esforço para ser o mais imparcial possível e atendo TODOS os tipos de pessoas sem preconceitos, desde uma senhora super tradicional e religiosa até um casal homossexual.
A psicóloga Luciana não tem ideologia, a Luciana pessoa física fica fora do setting terapêutico. Isso faz parte do código de ética profissional.
Abraços à todos os Psi’s e um especial a vc Pedro 😊❤
@@Luciana.psicologa Oi Luciana, com respeito a todos os seus anos de carreira, experiências e sabedoria preciso dizer que carinhosamente discordo de você.
Há uma falsa congruência nessa comparação do Pedro ir trabalhar de saia/vestido com uma mulher ir trabalhar usando roupa de academia. Pq a questão do Pedro está na expressão de gênero dele e não na inadequação da roupa. Imagino que pra vc seja inadequado um homem usar roupas ditas femininas, ainda mais no trabalho, mas isso é uma questão de percepção social que está sendo amplamente revista e debatida. Na minha percepção roupa não tem gênero, e não deveria ter, pois elas são uma ferramenta da expressão da subjetividade de cada sujeito, seja na sua masculinidade ou feminilidade.
Me identifico com o depoimento do Pedro pois sou uma pessoa trans não binárie, tbm sou Psicólogue e não enxergo justiça que nossas expressões de gênero sejam podadas e violentadas mais uma vez sob a prerrogativa da adequação de imagem em contexto laboral. Pois isso só reforça mais uma vez a discriminação e o caráter de exclusão que esses espaços criam, como se a gente não coubesse neles. E cabemos sim! Pois temos as mesmas qualificações e competências que qualquer outro profissional.
Não sou ingênuo, eu entendo que as expectativas sociais em cima de profissionais da Psicologia são conservadoras (afinal foi a profissão da adequação e do ajustamento por décadas). Eu não vivo apartado da realidade e sinto isso, em sofrimento, toda vez que esse sentimento de inadequação tenta ser reforçado em mim e em milhares de outras pessoas. Nós não somos oq somos pra chocar as pessoas! Nós nos esforçamos pra viver em alinho com nossos sentimentos, é apenas isso. É pela nossa saúde mental tbm!
Aliás, nunca se espera que a Psicóloga/o seja negra/o, indígena, que seja LGBT+, que seja deficiente. E isso é um debate muito mais caro, pois está muito além da mera questão da roupa.
E Luciana eu não espero te convencer de algo ou te fazer mudar de opinião, não vim ser proselitista, mas espero que eu tenha te sensibilizado a perceber que essa discussão tem outras nuances que precisam ser debatidas com delicadeza.
Eu concordo com a Natalia. Eu acho que como qualquer trabalho, nos devemos tentar manter uma neutralidade do nosso eu em si. estou adorando o que vcs estão falando. e concordo porque, acho que mesmo quem tem uma clínica particular ou consultório deve agir como se tivesse um chefe, ou empresa. porque infelizmente muitos profissionais estão confundindo liberdade de ser quem são, com falta de postura profissional. não digo que precisa se vestir de social ou algo do tipo, mas acho que durante aquelas horas de trabalho, não custa vc se manter mais básica, mesmo sendo jovem. mas é de cada um mesmo, difícil essa decisão. parabéns pelo conteúdo.
Difícil, né?! Acho que esse é um tema que sempre vai dividir opiniões! Muito obrigada por colaborar com o debate e pelo carinho com que se posicionou ❤️
Concordo plenamente contigo 😀
Concordo 100%
Como sempre, excelente! - Namaste.
MEU DEEEUS quando volta o podcast?????
Eu estou muito mais afinada com a Gi. Acho que a autenticidade deve ser desde o começo, e portanto quem eu sou é fundamental para o bom vínculo e esconder inicialmente e depois mostrar, para mim é entendido como uma traição para o vínculo. Eu entendo ser fundamental que as coisas sejam claras desde o princípio, é uma possibilidade de ser livre para escolher o que se quer ou não, e isso deve ser desde o começo. O contrário é enganação, isso para mim.
Não me interessa que o paciente goste ou não da minha aparência ou do estilo, mas me interessa os valores dele, o que aquilo desperta nele voltado a queixa e sua história de vida e usar desse gancho, caso venha a surgir pra acessar ele. Isso vai pra além da aparência, mas tbm idade, tom de voz, ser mulher, se é mãe ou não...
Muito boas as discussões!
Quando sorrio com meus vinte poucos anos é para demonstrar carisma pela presença da pessoa, mas a pessoa pensa que é um flerte por ser eu um homem jovem de boa aparência. Então, a sensação interna do sorrir contrasta com o que vejo no espelho. O limite que desejo respeitar é impedir que o estereótipo masculino venha à tona. Primeiro, ter uma postura discreta, séria e só depois maior descontração...
👏🏻❤️👏🏻❤️👏🏻❤️👏🏻
Parabéns meninas ❤❤
Obrigada ☺️
Me inscrevi e já "acionei o sininho". $u$$e$$o- Gratidão. Namaste.
Posso dar meu pitaco? espero que sim. Primeiramente devemos considerar de que o Mundo sempre foi mundo bem antes da gente nascer e sendo assim quando nascemos as regras adequadas ou não já estava estabelecida. E socialmente falando, sempre foi visto com bons olhos o comportamento da vestimenta do ¨formal¨ e fora disso não é bem visto e com conotação com pré-julgamento e de pouco confiabilidade, vocês por exemplo na Life, estão com um social que nos inspira mais confiança apesar de ser apenas uma aparência mas infelizmente é assim que a sociedade pensa. e se ela pensa assim, porque vou quere choca-la? tatoo por exemplo, tem gente que faz sem ao mesmo verificar o seu significado mas para quem entende o significado talvez por saber a simbologia daquilo nem volte mais ao seu consultório quanto a estilo cada um deve ter o seu, o estilo acaba virando uma marca sua. Teria mil e outros exemplos mas aí iriamos muito longe. abs
Muito legal ;))
xuxexooooooooooooo!! ;))
@psicanaliseminuto
Tenho 2 tatuagens e piercing no nariz que compõem minha personalidade. Não vejo problema nenhum, desde que não seja nada "exagerado", ai conta-se com o bom senso. Acredito que esconder e depois mostrar-se causa maior impacto no paciente.
Um cliente "comentou" e/ou se queixou pra mim no inicio de sua sessão, sobre o cliente anterior, se referindo ao fato dele portar diversas tatuagens. Como sou estudioso de "simbolismos", consegui contornar a situação, mostrando a ele que determinados "símbolos" (na verdade e praticamente (quase) todos), possuem a dualidade e/ou conotações diferentes e divergentes dependendo do contexto em que está inserido. Concluindo: Que quero dizer que o conhecimento diversificado (esoterismo, numerologia, teorias conspiratórias, misticismo, religiosidade e espiritualidade, etc) só irá beneficiar a aproximação, a compreensão e o andamento de todo o processo psicoterapêutico. O cliente ficou literalmente de boca aberta ao "enxergar o outro lado da moeda" que ele desconhecia por ter sido unilateralista em seus conceitos. - Namaste.
Giovana, o estereótipo não poderia, de alguma forma, ser confortável para o paciente/ cliente, visto que ele não tem que lidar com a desconstrução da imagem que ele faz do mesmo? Só pensando aqui...
Sim, poderia! Mas o terapeuta faz parte dessa relação e algo que seja invasivo demais para ele também causa desequilíbrio. Por isso não é uma conta exata 🙂
Verdade, Giovana. Há de se pensar no bem estar e saúde mental de ambos pra que a relação seja fluida e eficiente. Afff, que tema difícil! Rsrs!
@@jaquelinemagrani6698 exatamente porque é difícil precisamos refletir sempre, né?! ❤️
@@dialogospsicologicos9055 Sim, sim.
❤❤❤❤❤
Que instigante esse debate, adorei! É espinhoso e desafiador falar disso pq é um assunto inacabado realmente, estamos desconstruído e reconstruindo opiniões sobre isso ainda, conforme a dinamicidade do mundo.
Achei super relevante vcs trazerem o recorte de gênero pq de fato é um fator super preponderante. Vcs citaram de leve o recorte racial tbm quando falaram sobre a questão do cabelo enrolado.
E assim, convenhamos que as expectativas sociais que se tem sobre profissionais da saúde e tbm outros segmentos são bem conservadoras e restritas sim. Temos a obrigação de segui-las? Não. Mas o julgamento pela aparência ainda é uma tendência mt forte que quase todo mundo segue. Em certos contextos cabe a gente se despir de adereços e ornamentos, tipo o hospitalar? Claro que sim, pois tem um protocolo sanitário que recomenda isso então faz todo sentido.
Mas ao msm tempo passa por um atravessamento delicado tbm que são esses recortes de gênero, expressão de gênero e subjetividade, racialidade, deficiência física, que são coisas que não cabe a nós pedir pras pessoas se despirem delas visando uma suposta "adequação de imagem", quando na verdade isso tbm passa por um reforço de certas violências e discriminações que profissional nenhum merece passar em contextos de trabalho.
Terapeuta negra/o usando tranças e dreads não passa imagem de asseio? Grande parte acredita que não, mas isso é um imaginário racista e preconceituoso construído a base de muita ignorância e desinformação!
Eu sou lido socialmente como homem, mas não o sou, e expresso meu gênero e minha feminilidade nas minhas roupas, trejeitos, forma de andar, falar etc. Como raios vou me despir disso pra representar uma suposta postura de "neutralidade"?
Acho que esse é um debate mt profícuo e que as vezes gera mt sofrimento pra gente que está ocupando essa posição de cuidado enquanto profissionais. Precisamos ter nossa integridade respeitada com base naquilo que somos de verdade tbm. Como vms cuidar do outro as custas do nosso adoecimento?
Pra algumas pessoas essa questão da aparência só passa pelas roupas mesmo, mas pra outros grupos de pessoas esse debate é mt mais caro!
Enfim, agradeço pelo espaço e pela oportunidade de ouvir e discutir isso com vocês! 💖
Eu tenho o símbolo da Psicologia no pulso 😂
Eu também 😂
Tirando o "bem-vindos e bem-vindas", absolutamente desnecessário, pois dizer apenas um BEM-VINDOS já inclui TODOS, seja homem, seja mulher, seja lá o que for... O resto, gostei bastante.
O que eu digo aos meus pacientes assim que entramos online?
Simples: "Como está o tempo em sua cidade?" Isso não foi tratado nesse vídeo mas em outro.É que lembrei :))
@psicanaliseminuto
Janio rj