Bom dia Manu! O machismo permeia muito das nossas culpas. Não acontece só na atitude do homem. Quando a gente não consegue se olhar como igual, e impor um contrato saudável (pra ambos) de relacionamento, e elabora essas aceitações é um sintoma de machismo. Acho que o machismo não só autoriza o homem, mas primeiro tole a mulher. A elaboração feminina precisa passar primeiro pela autonomia dela, que é difícil de enxergar, pq nós sempre passamos no fundo pelo machismo de abrir mão. E depois entender em como esse limite também não ultrapassa o lugar do outro. E sobre a última questão, o feminino machista geralmente leva a mulher para relacionamentos abusivos, uma vez que ela só se encontra no lugar de submissão e é difícil assumir que é possível ser livre, sabe? Como se o lugar dela fosse de submissão mesmo. Acho que fui muito redundante. Não sei. Mas é isso. 😂
Bom dia, Manu. Comecei o vídeo com uma tipo de pensamento e no final já estava pensando de forma diferente... Pra mim, como o Sérgio também comentou, uma pessoa num relacionamento que chega ao ponto de perguntar se tem que passar por tal coisa não deve continuar nesse relacionamento... se vc já está questionando se aquilo ali é bom ou não é, suficiente ou não é, se vc deve ou não sabe-se lá pq... não acho que vc deva continuar assim... Mas aí vem o segundo ponto... e quando esses "será que eu devo" vem por aquelas desconstruções diárias e que vc por algum motivo acha que deve resolver sozinho? Quando que vc tem a resposta de que "eu devo abandonar e não aceitar isso" ou "será que se fosse comigo eu não faria igual?"... aiai.. muito complexo na minha cabeça e eu não saberia o que aconselhar hoje... as coisas que sinto (e são de verdade) são as mais clichês... "vc não deve aceitar algo que te faz mal", "se vc acha que deve sair, saia", "vai lá, se empodera e voa"... tudo isso pra "qlq" motivo que não agrade alguém... mas acaba sendo leviano não aprofundar as questões e, mesmo no final tendo os mesmos conselhos, pelo menos tentar entender os pqs da coisa... ótimo vídeo e obrigado! Beijos e bom dia!
Oi Manu. Acho que masculino e feminino são duas caixinhas que muita gente coloca muita coisa dentro. Pessoalmente, tenho aversão a esse tipo de caixinha. As que polarizam. Aproveitando que você abre essas discussões daoras, vou comentar algo sobre Pra mim, a masturbação é uma forma de ver se esta tudo bem com o próprio corpo e encontrar novos repertórios e posições para o sexo. O olhar do outro as vezes te tensiona a mostrar o melhor de si, ou o melhor do seu corpo. A masturbação me ajuda a olhar pra tudo isso com um olhar crítico. As vezes é um problema de pele, tipo uma espinha que eu precisava estourar, e pra isso precisava olhar pro meu corpo antes. As vezes é checar a depilação e etc. E isso é um momento intimo e necessário para qualquer um. Mas já fiquei longos períodos sem, solteiro ou não. E também acho interessante conferir se não está dependente. lembrando que há casos clínicos onde pessoas tratam anos em um psiquiatra este tipo e assunto. E esse são aqueles que conseguiram ver o problema (que pode muito bem ser o passo mais difícil). Pornografia pode viciar e em diferentes níveis. Pra mim, qualquer tipo de vício... é só um hábito (que temos aos montes) que chama mais atenção que os demais. E hábitos são reflexo de nossa forma de lidar com a vida. Ninguém é imutável. Viver é mudar. E se acha que algo não está saudável... 'sou assim' não é desculpa. Quem você é está preso ao presente e com certeza não está escrito em pedra. E para qualquer pessoa, masturbar-se pode não ser saudável. Depende como você encara esta prática. Há alguns estudos que apontam uma certa confusão em como a pessoa encara o prazer, por conta das substâncias que o cérebro libera. Alguns associam com a ejaculação precoce. Outros com um idealismo no que se espera no sexo. Talvez tudo dependa de como se encara o prazer de se masturbar. Você pode encarar como algo que é análogo ao sexo ou dentro da ideia do que é o sexo... ou algo que melhora o sexo. A última considero melhor. Mas é só achismo. E ... pessoalmente. Considero que a indústria da pornografia passa uma energia bem negativa. Tipo, são pessoas usando umas as outras por dinheiro. Desprezando umas as outras. Como se nenhuma delas tivesse sentimentos. E sem falar que está associada ao tráfico humano: guiame.com.br/gospel/noticias/estudiosos-alertam-que-pornografia-tem-forte-ligacao-com-trafico-sexual.html Eu provavelmente sou muito hipócrita de saber disso e as vezes consumir. Talvez eu devesse ir pelo caminho mais difícil e comprar um livro de kama sutra ou algo do gênero... e dar conta do resto do serviço com a imaginação. Mas ainda preciso pensar sobre isso. Sei lá. Realmente cheguei a um beco sem saída nessa última frase. Se alguém leu até aqui... O que você acha?
Ótimo comentário, pra mim a masturbação é liberdade como a Flor mencionou em um vídeo recente, as vezes tenho tempo livre e pensou hmmm dá tempo de dar uma rapidinho até como forma de aliviar o stress, e penso no lance do pornô que escraviza muitas dessas pessoas, me questiono demais por consumir .
De fato, acho que a resposta tem que ir além do "e se fosse com você", como há indicações no vídeo. Há casos em que nem mesmo a regra moral do "não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você" é suficiente. O ponto fundamental, como vc bem colocou é o cuidado com o outro. Se alguém ama ou gosta de alguém, por que raios ela continua praticando atos que ela sabe que fere o outro reiteradamente (independentemente de ser algo que o ator alegue que não se importaria que fizessem com ele). Acho que o ponto fundamental do machismo é esse: instaura uma forma de amar que é uma relação de poder na qual os dois se amam, mas uma ponta deliberadamente adota práticas que sabe serem nocivas ao outro, e não se importa com o bem estar do outro. É uma total desqualificação do outro como sujeito.
Eu não sabia que "homens traiam" até uns 17 anos de idade. Depois parecia que todos os homens traem. Continuo esperando que não me traiam. E tentando plantar uma liberdade na verdade.
Meu querido Manuel, você não imagina como seus vídeos são importantes para gente, para estarmos atentos a nós e ao outro, sempre!!! Estou iniciando uma relação que, a princípio, parece que será desafiadora. No sentido em que é a primeira vez que estou com um parceiro experiente e seguro de si em muitos aspectos da vida, principalmente no que diz respeito a sexualidade. É aberto, desencanado, livre, muito livre. Possuidor de uma liberdade que muitas vezes me faz questionar se a liberdade é mesmo insustentável. Por coincidência ou não, encontro-me num dado momento de minha vida que quero me permitir a ser e estar da maneira mais livre possível, quero experimentar tudo com ele, absolutamente tudo. Mas muitas vezes me pego pensando em questões relacionadas a certas inseguranças minhas, meus enquadramentos, meus modelos mentais. Daí isso que estou me permitindo viver segue apenas uma regra básica: exercício de liberdade máxima sem desconsiderar o limite de cada um. Difícil, não? Mas aí vem o segredo que não é segredo: diálogo. Sempre, constante. Não guardar, não fingir nem dissimular. Estamos indo, não sabemos pra onde. Mas desejamos muito seguir. Obrigada Você e a Flor são dois fofos. Beijos no coração de ambos.
Gente é simples se a outra pessoa ta fazendo algo que você não gosta, você não vai mudar ela, então se isso esta te fazendo mal não é ela que tem que mudar e sim talvez você precise mudar de pessoa....Mas lembrando que todos nos temos manias e defeitos, e nunca alguém sera 100% perfeito para você.
Não está sendo simplista !! Sei do que está falando ,sou dona de casa,apesar de ter trabalhado algum tempo,quando podia. 4 filhos e a cultura do casamento no meu tempo que ainda acho que para algumas classes ainda continua igual.
Nossa!!! Vídeo ótimo esse viu... Ontem conclui a leitura do livro "Mulheres que amam demais" de Robin Norwood. É em todo momento vi as palavras expressas no livro ditas por você, Manu. Eu li esse livro por recomendação de uma prima, no intuito de me ajudar no momento atual que vivo de recém-divorciada, e para que eu possa me entender antes que eu entre em um novo relacionamento. Esse livro tem me ajudado muito, assim como seus vídeos. Forte abraço p vc e a Flor!
Oi Manu, comecei a ver seus vídeos ontem e ainda não cansei de ver. Tenho uma questão sobre esse vídeo: em torno do minuto 16 você comenta sobre a necessidade de conseguir processar coisas que você não conseguia antes e também de assumir coisas que te incomodam que você não assumia antes. Sobre a segunda parte, existe uma linha muito tênue, pelo menos pra mim, entre as coisas que te incomodam e deveriam te incomodar e coisas que te incomodam mas você não deveria se incomodar. Vou dar um exemplo: stalkear e curtir fotos de outras pessoas no instagram enquanto você namora. Isso é uma questão que incomoda muita gente, mas ao mesmo tempo temos um enorme movimento na internet sobre relacionamentos tóxicos/abusivos que levantam como a atitude de questionar isso é extremamente problemática. O que você acha sobre isso? Obrigado :)
e acho que o ponto não necessariamente é acordo do tipo contratual. agir de acordo com sentimentos genuínos. assumimos e queremos rotular e nos comprometer motivados por quê? dois seres devem estar juntos porque naturalmente querem estar juntos e daí então surge a PARCERIA. de companheirismo. de cumplicidade. e ai a noção do limite pra ser fiel ao sentimento de amor e empatia. ou desfaz-se a dupla nesses moldes e repensa-se como e onde vão se envolver.
Meus colegas que traem a mulher , eu sempre falo e se ela te trair tbm ? Eles acham que estou achando bonito ou apoiando , mas faço está pergunta , é um tal de não não
Manoel (ou Manuel), com toda sinceridade e sem ser simplista a única forma que eu consegui me livrar do machismo e essas merdas masculinas é não me relacionando com homens. Até agora foi a única coisa que de fato funcionou.
Legal esse ser o video subido logo após o sobre julgamento. Me fez pensar sobre como me sinto perdida elaborando esses novos contratos. Principalmente porque me vejo na posição contrária a das mulheres mencionadas nesse video. Não sei até que ponto eu deveria procurar alguém que me aceite. Tem idade pra isso? Tentando me encaixar nas relações de contratos "senso comum" acabo machucando as pessoas. A pergunta "e se fosse com você?" não resolve o problema. Eu diria, ta tudo bem e o outro ta super magoado. Não sei mais em que tipo de relações me meter hahaha Bom dia e brigada pela conversa.
@@floremanu Mas eu acredito que só a pergunta não resolve, a empatia não se resume apenas a forma que vc se sente, mas sim entender o sentimento do outro e o pq desse sentimento do outro... É realmente uma situação complexa...
Uau. Eu tinha parado no: “e se fosse com você?” E você foi mais longe ainda. Este canal é muito rico. Fico na reflexão. Cada caso é um caso... “cada sentimento é um unico no mundo”, que você falou no último vídeo e está reverberando pra esse. Eu fui uma das pessoas que julgou o rapaz hipotético da história das fotos no celular. Vide que sou bem ciumenta... e acredito que um conteúdo como esse eu não toleraria na minha relação. Já conversei sobre com meu parceiro e ele também não toleraria se fosse o contrário, então ambos concordamos e nos protegeremos quanto a isso. Agora... a fantasia da masturbação... Entendo assim: somos todos loucos e tudo absolutamente tudo é possível no íntimo de uma libido. É só o indivíduo, somente ele é responsável por compartilhar ou não este íntimo. Selecionar o íntimo a ser compartilhado. A meu ver, isso também é cuidar. E este íntimo diria respeito ao que se encontra na mente e em ações estritamente isoladas. Uma fotografia salva no celular, já não vejo como este íntimo. Porque isso pode se controlar, pode ser um objeto submetido ao cuidado com “o outro” sujeito ou “a outra” pessoa. Já a sua mente é tudo o que você tem e é só seu. Divagando
Uma sugestão: Pq vcs não convidam outros casais para trazer outros pontos de vistas, outras perspectivas... acho que pode ajudar a trazer novas visões do mesmo assunto...
bom dia! os contratos são feitos por ajustamento das partes. tudo vai valer quando as mesmas conversarem e concordarem com os termos do contrato. havendo quebra do acordo por uma das partes, a outra pode requerer a finalização do mesmo. temos que levar as regras do direito para nossas vidas. o machismo tem que ser quebrado na nossa sociedade, que sempre privilegiou o homem e suas ações em detrimento das mulheres. o empoderamento das mulheres seria uma das saídas, uma das formas de quebrar essa prática abusiva de certos homens. toda essa situação também se dá nas outras formas de relacionamento e cabe a cada um, que se sente humilhado, traído ou menosprezado pelo(a) seu(sua) companheiro(a) levantar a cabeça, entender que também é digna de respeito e de amor e requerer seus direitos, seja fazendo que a outra parte pare com os atos que a perturbam, seja quebrando o contrato e cada um partindo para viver!
Bom dia, Sérgio! Tudo bem? Então... esse nosso discurso (nosso pq eu por muitas vezes tenho ele tambem) é a parte "fácil" de se reconhecer o que tem que ser feito e acabamos jogando essas regras por quem está passando por uma situação que se encaixa nesse discurso. Lógico que seria absolutamente lindão se todos os contratos fossem feitos por ajustamento das partes, eles não são (isso também pelo machismo, ou o machismo também por isso)... entramos em relacionamentos e firmamos (mesmo que inconscientemente) o nosso contrato com o outro de acordo com a nossa projeção do que normalmente esperariam de um relacionamento dos moldes do que vc está tendo junto com a projeção que vc está tendo o tempo inteiro da outra pessoa. E assim vamos agindo de forma a respeitar (nem sempre) esse contrato... e aí vem toda a merda de que já sabemos e que é a maioria nos relacionamentos, mentiras, traições, mais máscaras do que "o necessário"... Em relacionamentos que de alguma forma vemos como mais maduros, ainda assim, existem pontos que os contratos, por mais que muitos tenham a vontade de revisá-los, não chegam. Desde uma situação que vc não gosta e, pelo fato de vc achar que não deve levar isso pra relação e resolver consigo mesmo, acaba internalizando e isso gerando uma bola de neve... até as situações mais tóxicas por vc não esperar tais atitudes de um relacionamento "maduro". Enfim... foda né? rs... o que eu tenho feito pra tentar mudar um pouco essa situação e é o que eu também acho que todos deveriam fazer é se preocupar com os seus (os seus eus internos e todos que estão próximos de vc) e ir os educando conforme for percebendo os erros que comete. Vamos ver no que dá. Beijos e bom dia!
@@thebillybarros , bom dia. tem razão. nos embrenhamos em relacionamentos visando nosso bem estar, mas antes de qualquer coisa, dou uma descrição exata do que procuro na relação, descrevo como sou, prós e contras, para que a pessoa fique ciente. se surge uma situação nova, tento conversar, dependendo, relevo, mas sempre converso e aviso que uma segunda chance não existe, são os adendos contratuais. muitas vezes, agimos pela emoção, pelo coração, mas, sinceramente, precisamos considerar a razão.
@@shideki40 Ah, sim... mas é difícil, ne? Nossa... essa razão nem sempre é emocionante e aí deixamos a emoção correr solta... rsrs. Eu também procuro ser o que fala sobre mim, prós e contras... mas e quando a pessoa não é assim totalmente, ou pelo menos nem o tanto que vc é e o relacionamento vai fluindo, funcionando? Aí o bicho pega, pq quando vc vai ver já estão num relacionamento bem mais "responsável" e sem resolver algumas coisas que tinham que ser tratadas lá atrás.. .só que aí vc deixa a "razão" falar e ela te fala: "Ah, fica tranquilx, vcs estão há tanto juntos.. não vai estragar a relação de vcs sendo chatx e trazendo essa "regra", ne?"... rsrs... se relacionar é um problema!! hahahaha!
@@thebillybarros com certeza. toda e qualquer forma de relacionamento é complicada, mas pode ser viável, como disse a razão nem sempre é emocionante e rola a emoção... isso é bom num certo nível, mas deixar algumas para serem tratadas depois e deixar a emoção, o sentimento superar a razão, não é bom, mesmo. nesse ponto, cabe a razão de conversar e por os pingos nos is.
Manu, vc disse algo do tipo que normalmente o público que te ouviria aqui seria a em posição de "vítima", em geral. Mas independente disso, seria muito bom se vc fizesse um vídeo direcionado aos homens, dentro dessa narrativa do comportamento machista protegido pelo discurso da liberdade. Assim, é possível enviar aos rapazes, e ao ouvirem de outro homem, possa abrir um campo mais harmonioso de conversa. Obrigada
Percebo que o "não pode" é limitado. "Levando em conta a harmonia da nossa relação: isso pode nos desequilíbrar, gerar separação entre nós e uma maior desarmonia na sua própria vida. Vale a pena? Aí o outro ser humano, para, pensa e responde.
“O que vocês acham?” Eu acho que deveríamos continuar discutindo sobre isso. Aqui, em casa, nos consultórios, nas rodas com amigos. Realmente este tema é polêmico e complexo. E não teremos, para ele, uma regra ou uma resposta. Mas, considerando as questões que vc traz, acho que algumas premissas podem ser consideradas: (1) O ser humano sente, reage aos eventos e nada e ninguém deveria questionar o nosso direito de sentir; (2) A racionalidade e a força de vontade dificilmente serão capazes de eliminar esses sentimentos. Entretanto, se conseguimos identifica-los e se temos interesse/se estamos dispostos a compreende-los, podemos procurar formas de trabalha-los, ressignifica-los; (3) O que se passa em nosso íntimo, falo aqui do campo dos desejos e de possíveis perversões, nem sempre deve/precisa ser compartilhado. E esta decisão, de compartilhar, cabe, apenas, ao sujeito; (4) Nunca, nunca teremos controle sobre a vida de alguém, sobre o que ela pensa, sobre o que ela deseja, sobre o que ela faz. Dito isso, acho que cabe a cada um de nós refletir sobre nosso campo de atuação e sobre os nossos limites numa relação. O que me cabe? O que não me cabe? O que depende de mim? O que não depende? O que, disso, sou eu? O que, disso, é o outro? O que, disso, é projeção minha? O que tolero? O que não tolero? Evidentemente, essas questões nem sempre poderão ser respondidas. Podem, inclusive, assumir múltiplas respostas. Mas acredito que o mais importante é nos colocarmos nesse lugar de questionar. Tudo. Questionar tudo aquilo que nos afeta e que temos interesse em rever. Com cautela. Eu, pessoalmente, tendo a acreditar que muitas das nossas angústias seriam evitadas se procurássemos viver mais a nossa vida, e menos a vida do outro. É claro que numa relação essas questões se misturam. Afinal, parte do que o outo faz pode interferir diretamente na minha própria vida (algumas interferem mesmo, outras, fazemos interferir no momento em que se tornam uma preocupação para nós). Você perguntou, no início do vídeo, por que as mulheres estão sempre se questionando se devem ou não devem assumir determinadas coisas nos relacionamentos e os caras não... eu não sei, Emanuel. Mas, talvez, uma das razões pode ser esta que aqui menciono. O controle. Na tentativa de controlar o outro, elas parecem estar permanentemente em “situações difíceis”; elas identificam muito mais “questões a serem resolvidas” no relacionamento que os caras. É muito comum as mulheres se colocarem nesse lugar, o de querer viver, além das suas vidas, a vida dos parceiros. Algumas, inclusive, esquecem de sua própria vida. Lembro de uma amiga que reclamava até da forma que o companheiro segurava o garfo e dizia “segura o garfo direito” (um exemplo esdruxulo apenas para ilustrar até que ponto somos capazes de ir). Enfim, não observo esse tipo de reação nos caras. Eles estão vivendo suas vidas e o relacionamento não é o centro da vida deles, como costuma ser para as mulheres. Não vejo os caras tão interessados pela vida privada de suas companheiras como vejo as mulheres. Não sei se os caras se preocupariam, por exemplo, com o que as mulheres pensam enquanto se masturbam (questão que disparou esse nosso debate). Eu não sei... eu não sei mesmo...acho que temos ainda muita coisa para discutir sobre esse tema... vamos? Vamos discutir mais?
não acho tão complicada essa questão. gosto de analisar e esmiuçar também, mas nesse caso me parece que a resposta é simples: respeito e coerência. e isso se resolveria com disponibilidade para re-educação/estruturação. pessoas precisam se responsabilizar por suas atitudes, principalmente quando envolvem um outro. relacionamento é troca de interesse e poder, então intimidade deveria envolver responsabilidade. esses furos de reportagem (masturbar com fotos das amigas etc) me parecem problemas de compreensão de compaixão. compreensão de coerência e caráter. um envolvimento que inclui essas contraversões me parece raso, ao menos pra um dos lados. esses homens, que teoricamente estão "se comprometendo", não se conhecem bem porque não estão sabendo onde estão ou como agir. não sabem se situar. claro que existe liberdade e acordos. mas diante das dúvidas/reclamações, nesse caso é questão de agir de acordo, pensar que tipo de relacionamento são esses, qual nível de entrega e quão desbalanceado está. esse multi-tesão é bem estranho. são indivíduos que precisam resolver essas próprias questões ainda...
Oi, Manu! Tudo bem? Acompanho seus vídeos e da Flor, adoro o canal e penso muito em cima das reflexões que você faz. Aproveitando o ganho do comentário do Rafael Oliveira sobre o vídeo da Dora Figueiredo, você não acha que essa perspectiva de pensar relacionamentos abusivos na chave de nossas questões individuais seria um pouco perigoso? Digo isso porque penso que isso pode ser usado para amenizar a relação entre abusador e abusado, me parece que, nesse caso, a relação de poder que é estabelecida entre os dois é mais relevante. Por mais que nós, às vezes, busquemos situações não tão confortáveis, e até mesmo desfavoráveis, para nós mesmo, você não acha que nesse ponto a questão social do machismo se sobrepõe às questões do indivíduo? Claro que ambas nunca se separam e definir onde acaba uma e começa a outra é muito complicado, mas fico com o receio que esse argumento possa usado, inclusive, para subjugar alguém dentro de um relacionamento abusivo. Não sei se me fiz entender. O que você acha?
Paula Oliveira pra mim, é mais ou menos o contrário. Me parece ser necessário entender o que te faz entrar ali para que você consiga sair. Dizer para alguém: “você está em um relacionamento abusivo!” Quase nunca parece ser eficaz. Algo tem que ser desfeito em um campo mais profundo para que o sujeito consiga sair. Entende,
Eu acho que as mulheres colocam seus sentimentos sempre em dúvida, pq a sociedade machista sempre questiona a mulher. Os sentimentos dos homens são muito mais validados do que os das mulheres. Desde o cara que pega 5 na balada sendo chamado de garanhão e se a mina pega 5 é a puta sei la oq, atééé questão de ciumes, "tudo bem" o cara sentir ciúmes e bater na mulher, agora, a mulher sentir ciúmes e questionar as atitudes do cara, fazer um escândalo por ciúmes, é visto como histeria, loucura ou sei la oq
Bom dia Manu!
O machismo permeia muito das nossas culpas. Não acontece só na atitude do homem. Quando a gente não consegue se olhar como igual, e impor um contrato saudável (pra ambos) de relacionamento, e elabora essas aceitações é um sintoma de machismo. Acho que o machismo não só autoriza o homem, mas primeiro tole a mulher.
A elaboração feminina precisa passar primeiro pela autonomia dela, que é difícil de enxergar, pq nós sempre passamos no fundo pelo machismo de abrir mão.
E depois entender em como esse limite também não ultrapassa o lugar do outro.
E sobre a última questão, o feminino machista geralmente leva a mulher para relacionamentos abusivos, uma vez que ela só se encontra no lugar de submissão e é difícil assumir que é possível ser livre, sabe? Como se o lugar dela fosse de submissão mesmo.
Acho que fui muito redundante. Não sei. Mas é isso. 😂
Bom dia, Manu. Comecei o vídeo com uma tipo de pensamento e no final já estava pensando de forma diferente... Pra mim, como o Sérgio também comentou, uma pessoa num relacionamento que chega ao ponto de perguntar se tem que passar por tal coisa não deve continuar nesse relacionamento... se vc já está questionando se aquilo ali é bom ou não é, suficiente ou não é, se vc deve ou não sabe-se lá pq... não acho que vc deva continuar assim... Mas aí vem o segundo ponto... e quando esses "será que eu devo" vem por aquelas desconstruções diárias e que vc por algum motivo acha que deve resolver sozinho? Quando que vc tem a resposta de que "eu devo abandonar e não aceitar isso" ou "será que se fosse comigo eu não faria igual?"... aiai.. muito complexo na minha cabeça e eu não saberia o que aconselhar hoje... as coisas que sinto (e são de verdade) são as mais clichês... "vc não deve aceitar algo que te faz mal", "se vc acha que deve sair, saia", "vai lá, se empodera e voa"... tudo isso pra "qlq" motivo que não agrade alguém... mas acaba sendo leviano não aprofundar as questões e, mesmo no final tendo os mesmos conselhos, pelo menos tentar entender os pqs da coisa... ótimo vídeo e obrigado! Beijos e bom dia!
ótima reflexão!
Oi Manu.
Acho que masculino e feminino são duas caixinhas que muita gente coloca muita coisa dentro.
Pessoalmente, tenho aversão a esse tipo de caixinha. As que polarizam.
Aproveitando que você abre essas discussões daoras, vou comentar algo sobre
Pra mim, a masturbação é uma forma de ver se esta tudo bem com o próprio corpo e encontrar novos repertórios e posições para o sexo.
O olhar do outro as vezes te tensiona a mostrar o melhor de si, ou o melhor do seu corpo. A masturbação me ajuda a olhar pra tudo isso com um olhar crítico. As vezes é um problema de pele, tipo uma espinha que eu precisava estourar, e pra isso precisava olhar pro meu corpo antes. As vezes é checar a depilação e etc. E isso é um momento intimo e necessário para qualquer um.
Mas já fiquei longos períodos sem, solteiro ou não. E também acho interessante conferir se não está dependente. lembrando que há casos clínicos onde pessoas tratam anos em um psiquiatra este tipo e assunto. E esse são aqueles que conseguiram ver o problema (que pode muito bem ser o passo mais difícil). Pornografia pode viciar e em diferentes níveis.
Pra mim, qualquer tipo de vício... é só um hábito (que temos aos montes) que chama mais atenção que os demais.
E hábitos são reflexo de nossa forma de lidar com a vida.
Ninguém é imutável. Viver é mudar.
E se acha que algo não está saudável... 'sou assim' não é desculpa. Quem você é está preso ao presente e com certeza não está escrito em pedra.
E para qualquer pessoa, masturbar-se pode não ser saudável. Depende como você encara esta prática.
Há alguns estudos que apontam uma certa confusão em como a pessoa encara o prazer, por conta das substâncias que o cérebro libera. Alguns associam com a ejaculação precoce. Outros com um idealismo no que se espera no sexo.
Talvez tudo dependa de como se encara o prazer de se masturbar. Você pode encarar como algo que é análogo ao sexo ou dentro da ideia do que é o sexo... ou algo que melhora o sexo. A última considero melhor. Mas é só achismo.
E ... pessoalmente.
Considero que a indústria da pornografia passa uma energia bem negativa.
Tipo, são pessoas usando umas as outras por dinheiro. Desprezando umas as outras. Como se nenhuma delas tivesse sentimentos.
E sem falar que está associada ao tráfico humano:
guiame.com.br/gospel/noticias/estudiosos-alertam-que-pornografia-tem-forte-ligacao-com-trafico-sexual.html
Eu provavelmente sou muito hipócrita de saber disso e as vezes consumir.
Talvez eu devesse ir pelo caminho mais difícil e comprar um livro de kama sutra ou algo do gênero... e dar conta do resto do serviço com a imaginação. Mas ainda preciso pensar sobre isso. Sei lá. Realmente cheguei a um beco sem saída nessa última frase. Se alguém leu até aqui... O que você acha?
Felipe Bleichvel acho quero que a gente acha certo nem sempre é como a gente consegue atuar. O caso da pornografia pode passar por aí.
Ótimo comentário, pra mim a masturbação é liberdade como a Flor mencionou em um vídeo recente, as vezes tenho tempo livre e pensou hmmm dá tempo de dar uma rapidinho até como forma de aliviar o stress, e penso no lance do pornô que escraviza muitas dessas pessoas, me questiono demais por consumir .
De fato, acho que a resposta tem que ir além do "e se fosse com você", como há indicações no vídeo. Há casos em que nem mesmo a regra moral do "não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você" é suficiente. O ponto fundamental, como vc bem colocou é o cuidado com o outro. Se alguém ama ou gosta de alguém, por que raios ela continua praticando atos que ela sabe que fere o outro reiteradamente (independentemente de ser algo que o ator alegue que não se importaria que fizessem com ele). Acho que o ponto fundamental do machismo é esse: instaura uma forma de amar que é uma relação de poder na qual os dois se amam, mas uma ponta deliberadamente adota práticas que sabe serem nocivas ao outro, e não se importa com o bem estar do outro. É uma total desqualificação do outro como sujeito.
O problema é quando vc expõe o que te incomoda e o outro discursa que não vê problema no que faz. Aí é f***.
Esse vídeo foi essencial! Preciso rever inúmeras vezes. Tem pontos importantíssimos. Obrigada obrigada obrigada
Eu não sabia que "homens traiam" até uns 17 anos de idade. Depois parecia que todos os homens traem. Continuo esperando que não me traiam. E tentando plantar uma liberdade na verdade.
Meu querido Manuel, você não imagina como seus vídeos são importantes para gente, para estarmos atentos a nós e ao outro, sempre!!!
Estou iniciando uma relação que, a princípio, parece que será desafiadora. No sentido em que é a primeira vez que estou com um parceiro experiente e seguro de si em muitos aspectos da vida, principalmente no que diz respeito a sexualidade. É aberto, desencanado, livre, muito livre. Possuidor de uma liberdade que muitas vezes me faz questionar se a liberdade é mesmo insustentável. Por coincidência ou não, encontro-me num dado momento de minha vida que quero me permitir a ser e estar da maneira mais livre possível, quero experimentar tudo com ele, absolutamente tudo. Mas muitas vezes me pego pensando em questões relacionadas a certas inseguranças minhas, meus enquadramentos, meus modelos mentais. Daí isso que estou me permitindo viver segue apenas uma regra básica: exercício de liberdade máxima sem desconsiderar o limite de cada um. Difícil, não?
Mas aí vem o segredo que não é segredo: diálogo. Sempre, constante. Não guardar, não fingir nem dissimular. Estamos indo, não sabemos pra onde. Mas desejamos muito seguir.
Obrigada
Você e a Flor são dois fofos.
Beijos no coração de ambos.
Realmente falar sobre relacionamento é muito diverso!!!
Manu, vc é um bem necessário.
Video muito apropriado de ter saído hoje. Já viram o último vídeo da Dora Figueiredo?
Gente é simples se a outra pessoa ta fazendo algo que você não gosta, você não vai mudar ela, então se isso esta te fazendo mal não é ela que tem que mudar e sim talvez você precise mudar de pessoa....Mas lembrando que todos nos temos manias e defeitos, e nunca alguém sera 100% perfeito para você.
Não está sendo simplista !! Sei do que está falando ,sou dona de casa,apesar de ter trabalhado algum tempo,quando podia. 4 filhos e a cultura do casamento no meu tempo que ainda acho que para algumas classes ainda continua igual.
Nossa!!! Vídeo ótimo esse viu... Ontem conclui a leitura do livro "Mulheres que amam demais" de Robin Norwood. É em todo momento vi as palavras expressas no livro ditas por você, Manu. Eu li esse livro por recomendação de uma prima, no intuito de me ajudar no momento atual que vivo de recém-divorciada, e para que eu possa me entender antes que eu entre em um novo relacionamento. Esse livro tem me ajudado muito, assim como seus vídeos. Forte abraço p vc e a Flor!
Neila Xavier que bom que está servindo
Oi Manu, comecei a ver seus vídeos ontem e ainda não cansei de ver. Tenho uma questão sobre esse vídeo: em torno do minuto 16 você comenta sobre a necessidade de conseguir processar coisas que você não conseguia antes e também de assumir coisas que te incomodam que você não assumia antes. Sobre a segunda parte, existe uma linha muito tênue, pelo menos pra mim, entre as coisas que te incomodam e deveriam te incomodar e coisas que te incomodam mas você não deveria se incomodar. Vou dar um exemplo: stalkear e curtir fotos de outras pessoas no instagram enquanto você namora. Isso é uma questão que incomoda muita gente, mas ao mesmo tempo temos um enorme movimento na internet sobre relacionamentos tóxicos/abusivos que levantam como a atitude de questionar isso é extremamente problemática. O que você acha sobre isso? Obrigado :)
e acho que o ponto não necessariamente é acordo do tipo contratual. agir de acordo com sentimentos genuínos. assumimos e queremos rotular e nos comprometer motivados por quê? dois seres devem estar juntos porque naturalmente querem estar juntos e daí então surge a PARCERIA. de companheirismo. de cumplicidade. e ai a noção do limite pra ser fiel ao sentimento de amor e empatia. ou desfaz-se a dupla nesses moldes e repensa-se como e onde vão se envolver.
Meus colegas que traem a mulher , eu sempre falo e se ela te trair tbm ? Eles acham que estou achando bonito ou apoiando , mas faço está pergunta , é um tal de não não
Manoel (ou Manuel), com toda sinceridade e sem ser simplista a única forma que eu consegui me livrar do machismo e essas merdas masculinas é não me relacionando com homens. Até agora foi a única coisa que de fato funcionou.
Legal esse ser o video subido logo após o sobre julgamento.
Me fez pensar sobre como me sinto perdida elaborando esses novos contratos. Principalmente porque me vejo na posição contrária a das mulheres mencionadas nesse video. Não sei até que ponto eu deveria procurar alguém que me aceite. Tem idade pra isso?
Tentando me encaixar nas relações de contratos "senso comum" acabo machucando as pessoas.
A pergunta "e se fosse com você?" não resolve o problema. Eu diria, ta tudo bem e o outro ta super magoado.
Não sei mais em que tipo de relações me meter hahaha
Bom dia e brigada pela conversa.
a pergunta não resolve o problema um monte de vezes mesmo...
@@floremanu Mas eu acredito que só a pergunta não resolve, a empatia não se resume apenas a forma que vc se sente, mas sim entender o sentimento do outro e o pq desse sentimento do outro... É realmente uma situação complexa...
Uau. Eu tinha parado no: “e se fosse com você?” E você foi mais longe ainda. Este canal é muito rico. Fico na reflexão. Cada caso é um caso... “cada sentimento é um unico no mundo”, que você falou no último vídeo e está reverberando pra esse. Eu fui uma das pessoas que julgou o rapaz hipotético da história das fotos no celular. Vide que sou bem ciumenta... e acredito que um conteúdo como esse eu não toleraria na minha relação. Já conversei sobre com meu parceiro e ele também não toleraria se fosse o contrário, então ambos concordamos e nos protegeremos quanto a isso. Agora... a fantasia da masturbação... Entendo assim: somos todos loucos e tudo absolutamente tudo é possível no íntimo de uma libido. É só o indivíduo, somente ele é responsável por compartilhar ou não este íntimo. Selecionar o íntimo a ser compartilhado. A meu ver, isso também é cuidar. E este íntimo diria respeito ao que se encontra na mente e em ações estritamente isoladas. Uma fotografia salva no celular, já não vejo como este íntimo. Porque isso pode se controlar, pode ser um objeto submetido ao cuidado com “o outro” sujeito ou “a outra” pessoa. Já a sua mente é tudo o que você tem e é só seu. Divagando
Você é incrível! :-)
Uma sugestão: Pq vcs não convidam outros casais para trazer outros pontos de vistas, outras perspectivas... acho que pode ajudar a trazer novas visões do mesmo assunto...
bom dia! os contratos são feitos por ajustamento das partes. tudo vai valer quando as mesmas conversarem e concordarem com os termos do contrato. havendo quebra do acordo por uma das partes, a outra pode requerer a finalização do mesmo. temos que levar as regras do direito para nossas vidas. o machismo tem que ser quebrado na nossa sociedade, que sempre privilegiou o homem e suas ações em detrimento das mulheres. o empoderamento das mulheres seria uma das saídas, uma das formas de quebrar essa prática abusiva de certos homens. toda essa situação também se dá nas outras formas de relacionamento e cabe a cada um, que se sente humilhado, traído ou menosprezado pelo(a) seu(sua) companheiro(a) levantar a cabeça, entender que também é digna de respeito e de amor e requerer seus direitos, seja fazendo que a outra parte pare com os atos que a perturbam, seja quebrando o contrato e cada um partindo para viver!
Bom dia, Sérgio! Tudo bem? Então... esse nosso discurso (nosso pq eu por muitas vezes tenho ele tambem) é a parte "fácil" de se reconhecer o que tem que ser feito e acabamos jogando essas regras por quem está passando por uma situação que se encaixa nesse discurso. Lógico que seria absolutamente lindão se todos os contratos fossem feitos por ajustamento das partes, eles não são (isso também pelo machismo, ou o machismo também por isso)... entramos em relacionamentos e firmamos (mesmo que inconscientemente) o nosso contrato com o outro de acordo com a nossa projeção do que normalmente esperariam de um relacionamento dos moldes do que vc está tendo junto com a projeção que vc está tendo o tempo inteiro da outra pessoa. E assim vamos agindo de forma a respeitar (nem sempre) esse contrato... e aí vem toda a merda de que já sabemos e que é a maioria nos relacionamentos, mentiras, traições, mais máscaras do que "o necessário"... Em relacionamentos que de alguma forma vemos como mais maduros, ainda assim, existem pontos que os contratos, por mais que muitos tenham a vontade de revisá-los, não chegam. Desde uma situação que vc não gosta e, pelo fato de vc achar que não deve levar isso pra relação e resolver consigo mesmo, acaba internalizando e isso gerando uma bola de neve... até as situações mais tóxicas por vc não esperar tais atitudes de um relacionamento "maduro". Enfim... foda né? rs... o que eu tenho feito pra tentar mudar um pouco essa situação e é o que eu também acho que todos deveriam fazer é se preocupar com os seus (os seus eus internos e todos que estão próximos de vc) e ir os educando conforme for percebendo os erros que comete. Vamos ver no que dá. Beijos e bom dia!
@@thebillybarros , bom dia. tem razão. nos embrenhamos em relacionamentos visando nosso bem estar, mas antes de qualquer coisa, dou uma descrição exata do que procuro na relação, descrevo como sou, prós e contras, para que a pessoa fique ciente. se surge uma situação nova, tento conversar, dependendo, relevo, mas sempre converso e aviso que uma segunda chance não existe, são os adendos contratuais. muitas vezes, agimos pela emoção, pelo coração, mas, sinceramente, precisamos considerar a razão.
@@shideki40 Ah, sim... mas é difícil, ne? Nossa... essa razão nem sempre é emocionante e aí deixamos a emoção correr solta... rsrs. Eu também procuro ser o que fala sobre mim, prós e contras... mas e quando a pessoa não é assim totalmente, ou pelo menos nem o tanto que vc é e o relacionamento vai fluindo, funcionando? Aí o bicho pega, pq quando vc vai ver já estão num relacionamento bem mais "responsável" e sem resolver algumas coisas que tinham que ser tratadas lá atrás.. .só que aí vc deixa a "razão" falar e ela te fala: "Ah, fica tranquilx, vcs estão há tanto juntos.. não vai estragar a relação de vcs sendo chatx e trazendo essa "regra", ne?"... rsrs... se relacionar é um problema!! hahahaha!
@@thebillybarros com certeza. toda e qualquer forma de relacionamento é complicada, mas pode ser viável, como disse a razão nem sempre é emocionante e rola a emoção... isso é bom num certo nível, mas deixar algumas para serem tratadas depois e deixar a emoção, o sentimento superar a razão, não é bom, mesmo. nesse ponto, cabe a razão de conversar e por os pingos nos is.
Manu, vc disse algo do tipo que normalmente o público que te ouviria aqui seria a em posição de "vítima", em geral. Mas independente disso, seria muito bom se vc fizesse um vídeo direcionado aos homens, dentro dessa narrativa do comportamento machista protegido pelo discurso da liberdade. Assim, é possível enviar aos rapazes, e ao ouvirem de outro homem, possa abrir um campo mais harmonioso de conversa. Obrigada
Percebo que o "não pode" é limitado. "Levando em conta a harmonia da nossa relação: isso pode nos desequilíbrar, gerar separação entre nós e uma maior desarmonia na sua própria vida. Vale a pena? Aí o outro ser humano, para, pensa e responde.
“O que vocês acham?” Eu acho que deveríamos continuar discutindo sobre isso. Aqui, em casa, nos consultórios, nas rodas com amigos. Realmente este tema é polêmico e complexo. E não teremos, para ele, uma regra ou uma resposta. Mas, considerando as questões que vc traz, acho que algumas premissas podem ser consideradas: (1) O ser humano sente, reage aos eventos e nada e ninguém deveria questionar o nosso direito de sentir; (2) A racionalidade e a força de vontade dificilmente serão capazes de eliminar esses sentimentos. Entretanto, se conseguimos identifica-los e se temos interesse/se estamos dispostos a compreende-los, podemos procurar formas de trabalha-los, ressignifica-los; (3) O que se passa em nosso íntimo, falo aqui do campo dos desejos e de possíveis perversões, nem sempre deve/precisa ser compartilhado. E esta decisão, de compartilhar, cabe, apenas, ao sujeito; (4) Nunca, nunca teremos controle sobre a vida de alguém, sobre o que ela pensa, sobre o que ela deseja, sobre o que ela faz. Dito isso, acho que cabe a cada um de nós refletir sobre nosso campo de atuação e sobre os nossos limites numa relação. O que me cabe? O que não me cabe? O que depende de mim? O que não depende? O que, disso, sou eu? O que, disso, é o outro? O que, disso, é projeção minha? O que tolero? O que não tolero? Evidentemente, essas questões nem sempre poderão ser respondidas. Podem, inclusive, assumir múltiplas respostas. Mas acredito que o mais importante é nos colocarmos nesse lugar de questionar. Tudo. Questionar tudo aquilo que nos afeta e que temos interesse em rever. Com cautela. Eu, pessoalmente, tendo a acreditar que muitas das nossas angústias seriam evitadas se procurássemos viver mais a nossa vida, e menos a vida do outro. É claro que numa relação essas questões se misturam. Afinal, parte do que o outo faz pode interferir diretamente na minha própria vida (algumas interferem mesmo, outras, fazemos interferir no momento em que se tornam uma preocupação para nós). Você perguntou, no início do vídeo, por que as mulheres estão sempre se questionando se devem ou não devem assumir determinadas coisas nos relacionamentos e os caras não... eu não sei, Emanuel. Mas, talvez, uma das razões pode ser esta que aqui menciono. O controle. Na tentativa de controlar o outro, elas parecem estar permanentemente em “situações difíceis”; elas identificam muito mais “questões a serem resolvidas” no relacionamento que os caras. É muito comum as mulheres se colocarem nesse lugar, o de querer viver, além das suas vidas, a vida dos parceiros. Algumas, inclusive, esquecem de sua própria vida. Lembro de uma amiga que reclamava até da forma que o companheiro segurava o garfo e dizia “segura o garfo direito” (um exemplo esdruxulo apenas para ilustrar até que ponto somos capazes de ir). Enfim, não observo esse tipo de reação nos caras. Eles estão vivendo suas vidas e o relacionamento não é o centro da vida deles, como costuma ser para as mulheres. Não vejo os caras tão interessados pela vida privada de suas companheiras como vejo as mulheres. Não sei se os caras se preocupariam, por exemplo, com o que as mulheres pensam enquanto se masturbam (questão que disparou esse nosso debate). Eu não sei... eu não sei mesmo...acho que temos ainda muita coisa para discutir sobre esse tema... vamos? Vamos discutir mais?
O Corpo no Tempo sim. Acho que vamos
Telepatia é um fato da existência qualquer coisa que se pense ou se faça em relação a alguém, constrói ou destrói a relação q se tem com esse alguém.
(sendo que os "limites" são constantemente ressignificados a medida que essa cumplicidade flui, por meio de vivências e dialógos)
não acho tão complicada essa questão. gosto de analisar e esmiuçar também, mas nesse caso me parece que a resposta é simples: respeito e coerência. e isso se resolveria com disponibilidade para re-educação/estruturação. pessoas precisam se responsabilizar por suas atitudes, principalmente quando envolvem um outro. relacionamento é troca de interesse e poder, então intimidade deveria envolver responsabilidade. esses furos de reportagem (masturbar com fotos das amigas etc) me parecem problemas de compreensão de compaixão. compreensão de coerência e caráter. um envolvimento que inclui essas contraversões me parece raso, ao menos pra um dos lados. esses homens, que teoricamente estão "se comprometendo", não se conhecem bem porque não estão sabendo onde estão ou como agir. não sabem se situar. claro que existe liberdade e acordos. mas diante das dúvidas/reclamações, nesse caso é questão de agir de acordo, pensar que tipo de relacionamento são esses, qual nível de entrega e quão desbalanceado está. esse multi-tesão é bem estranho. são indivíduos que precisam resolver essas próprias questões ainda...
Obrigada pelo tema . Foi ótimo.
Como eu faço pra conhecer caras assim, capazes de conversar e fazer acordos, e por dentro da psicanálise
Fundamental essa ideia de "E se fosse com vc, vc gostaria?"
Manu, obrigada! Vídeo excelente.
A pergunta que não quer calar ! E se fosse com você? Me responde?
Obrigada e até amanhã.
Oi Manu. Bom dia ! Percebeu que por coincidencua vc esta usando a mesma trilha sonora que o canal Neurovox ? Abs from DK
Obrigada
Bom Dia manu
Oi, Manu! Tudo bem?
Acompanho seus vídeos e da Flor, adoro o canal e penso muito em cima das reflexões que você faz.
Aproveitando o ganho do comentário do Rafael Oliveira sobre o vídeo da Dora Figueiredo, você não acha que essa perspectiva de pensar relacionamentos abusivos na chave de nossas questões individuais seria um pouco perigoso? Digo isso porque penso que isso pode ser usado para amenizar a relação entre abusador e abusado, me parece que, nesse caso, a relação de poder que é estabelecida entre os dois é mais relevante. Por mais que nós, às vezes, busquemos situações não tão confortáveis, e até mesmo desfavoráveis, para nós mesmo, você não acha que nesse ponto a questão social do machismo se sobrepõe às questões do indivíduo? Claro que ambas nunca se separam e definir onde acaba uma e começa a outra é muito complicado, mas fico com o receio que esse argumento possa usado, inclusive, para subjugar alguém dentro de um relacionamento abusivo. Não sei se me fiz entender. O que você acha?
Paula Oliveira pra mim, é mais ou menos o contrário. Me parece ser necessário entender o que te faz entrar ali para que você consiga sair. Dizer para alguém: “você está em um relacionamento abusivo!” Quase nunca parece ser eficaz. Algo tem que ser desfeito em um campo mais profundo para que o sujeito consiga sair. Entende,
Paula Oliveira era uma interrogação no final
Manu, entendo sua perspectiva. Obrigada pela atenção! Abs
Muito bom.
Excelente vídeo. 😊
Perfeito!❤
Eu acho que as mulheres colocam seus sentimentos sempre em dúvida, pq a sociedade machista sempre questiona a mulher. Os sentimentos dos homens são muito mais validados do que os das mulheres. Desde o cara que pega 5 na balada sendo chamado de garanhão e se a mina pega 5
é a puta sei la oq, atééé questão de ciumes, "tudo bem" o cara sentir ciúmes e bater na mulher, agora, a mulher sentir ciúmes e questionar as atitudes do cara, fazer um escândalo por ciúmes, é visto como histeria, loucura ou sei la oq
Muito complexo, achei bem exposto.
🤔
Manu eu queria q vc me respondesse no insta e que fossemos amigos, hahahahaha