Resenha de Vassoler: A onda | Dennis Gansel
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- Опубліковано 13 вер 2024
- #flavioricardovassoler #dennisgansel #aondadiewelle
Resenha sobre o filme "A onda" (2008), do diretor alemão Dennis Gansel (1973 - ).
Link para o DVD do filme "A onda", de Dennis Gansel, a partir do site da Amazon: amzn.to/3i3UDvX
Referência bibliográfica mencionada:
20:03 "Os irmãos Karamázov" (1880), romance do escritor russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881): link para o livro (Amazon): amzn.to/35WUjMZ
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(i) "O evangelho segundo talião" (nVersos, 2013): amzn.to/3bdbOZX
(ii) "Tiro de misericórdia" (nVersos, 2014): amzn.to/2ERmQYC
(iii) "Dostoiévski e a dialética: Fetichismo da forma, utopia como conteúdo" (Hedra, 2018): amzn.to/2YQMt2X
(iv) "Diário de um escritor na Rússia" (Hedra, 2019): amzn.to/31JBlac
De verdade... aprendi mais nesta resenha, que, assistindo ao filme 😂
👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Excelente análise!
eu interpretei que a personagem da Karo seria uma crítica ao individualismo liberal e até ao papel das potências ocidentais durante a Segunda Guerra. Porque no começo ela concorda com o experimento, quando o professor pergunta quem seria o líder ela é a primeira a levantar a mão e até ia comprar a camisa branca, até sua mãe comentar que ela não ficava bem de branco.
Então ela passa a perceber que já não é mais o centro das atenções, que já não é mais tratada como a aluna exemplar, que não é a atriz principal da peça e só por isso começa a se isolar. E só quando percebe que as coisas estão saindo do controle que fica contra a Onda (que nem reino Unido e França durante a guerra).
Acho interessante pontuar isso porque em uma primeira análise parece que ela é a mais sensata e moderada, sendo que tem aquela outra aluna lá que já percebe logo de pronto que tinha alguma coisa errada com aquele "experimento". E é justamente essa ideia que o liberalismo quer passar né...um individualismo supostamente "sensato", "moderado", que "persegue seus objetivos". O sonho dela é viajar pra Barcelona com o namorado (sem perguntar se o namorado quer), mas egoísta.
Boa tarde grande abraço amigo
Simplesmente, FANTÁSTICO!!!! Parabéns, professor!!!!!
Muito obrigado, Ivanilde, um abraço!
Acho fim muito legal
É por isso que o fascismo parece ser mais sedutor a quem enfrentou fracassos e/ou tem problemas em se aceitar como é? Situações como a do Tim?!
Como dizem os estadunidenses: 'Bingo!". Demagogia é bem mais sonante para a frustração e o ressentimento do que democracia. Grande abraço!
Assisti hoje o filme, para uma aula de psicologia social. Muito bom.
Sim, uma obra-prima!
Boa tarde
Muito bom filme, mostra -nos como algo pode se tornar natural sem a menor criticidade, enfim, o perigo do despotismo e da ânsia messiânica de que a sociedade sofre, pois parece que na espera ávida pela volta de Cristo o mundo aceita quaisquer outsider que aparecem como panaceia social, isto é, salvadores os quais geralmente vêm arraigados às estruturas conservadoras, segregadoras, fundamentalista e de homogeneidade social.
Até o fim desta vida vou me lembrar de que, para além das leituras sobre o conturbado período de Weimar, eu vi a serpente do fascismo sair do ovo em meu próprio país. Abraço, amigo!
Que análise é uma comparação nas entrelinhas.que não é por acaso
Formidável!!!
@ Bom dia professor concordo com o senhor. Não sei como chegamos aesse ponto.
Uma excelente resenha para um excelente filme! Parabéns mais uma vez!!
Valeu, Otávio, um abraço, amigo!
Excelente reflexão!
Muito obrigado, um abraço!
Excepcional!!
Muito obrigado, querida :-)
Parabéns pela análise, professor! Excelente.
Resenha simplesmente genial!
Muito obrigado, Leandro! Amigo, aproveito a oportunidade para convidar você a se inscrever no curso que vou ministrar, pelo Zoom, sobre Dostoiévski e Camus. Valor acessível e democrático, acesso às aulas ao vivo e às gravações das aulas. Aqui vai o link, via plataforma Sympla, para você se inscrever e ter acesso ao programa e ao cronograma completos do curso: www.sympla.com.br/e-possivel-imaginar-sisifo-feliz-dialogos-entre-dostoievski-e-camus-sobre-o-absurdo__1245520 - conto com você como aluno, um abraço!
Excelente resenha... Obrigado.
De nada, um abraço!
Parabéns!!! Quanta excelência na sua fala!!
Muito obrigado 😊
Ótima resenha professor!! Vi esse filme ainda no colégio e me tocou muito. Tenho uma sugestão para uma proxima resenha: Elefante
Muito obrigado, Diego. Vou atrás do filme que você mencionou. Eu já o vi há alguns anos. Um grande abraço!
Flávio. Muito Legal a tua resenha. Eu vi esse filme na epoca do lançamento com um olhar de ficção do passado. Quem diria que reviveriamos isso e com gente pedindo mais. Que fazer meu caro?
Precisamente, Marta: estudar o conturbado período da República de Weimar é uma coisa; vivê-lo, bem outra. Já seria um enorme alento se Donald Trump não conseguisse se reeleger. Aqui no Brasil, vemos o neofascismo com clamorosas chances de reeleição. Teremos, muito provavelmente, que lutar pela reconstrução entre os escombros, mas não sou otimista justamente sobre esta reconstrução. Será preciso saber, quando o momento for propício, que margem teremos para tentar realocar direitos que o capitalismo vem solapando com fúria. Um grande abraço!
Excelentíssima Resenha! Sua seleção de eventos e contextualização do filme e suas particularidades é digna de Loas :)
PS: Gostaria apenas de sugeri um pequeníssimo e claro adendo aos seus vídeos, que lembra-se os ouvintes que o o conteúdo Original permite uma experiencia muito mais profunda que seu recorte. Pois entendo que mesmo na era digital o debruçar nas fontes trará experiencias mais amplas. Muito obrigado pela sua "mão de obra", pois seu trabalho realmente "mais vale" e muito :)
Muito obrigado por acompanhar o meu trabalho, Eduardo, um grande abraço!
Excelente análise. Parabéns!
Valeu, abraço!
Estamos vivendo este momento aqui no Brasil. Vamos refletir ao invés de nos alienar
Vamos vencer o fascismo no dia 30/10. Lula 13!
Maravilhoso comentario.
Parabéns
Parabéns,genial.
A análise mais completa. Obrigada
Muito obrigado, Garcia, grande abraço, amigo!
Vi o filme hoje na aula de sociologia, e seu vídeo ajudou a pensar mais sobre o tema. Vi vários vídeos e o seu é o mais completo. Agradecida 🙏
Assisti em 2008. Nunca esqueci. Algumas coisas ficou marcada no meu mental. Retornando hoje no momento da nossa política de 2023.
Flávio, o que você acha dessa política do cancelamento na qual figuras, como Voltaire teve sua estátua derrubada mesmo sendo ele um defensor da tolerância, mas que supostamente teria tido posicionamento racista.
Você um pensamento anacrônico querendo cobrar uma postura atual no homem que foi filho de seu próprio tempo ou há uma razão de ser para tal revolta?
José, é uma pergunta bem importante. Voltaire é um pensador formidável, mas chegou a ter ações no odioso mercado negreiro, o avô de Wall Street (diga-se o mesmo do "liberal" John Locke). Com suas posições antissemitas, logo chegará a vez de Dostoiévski. Em minha visão, é preciso fazer uma distinção entre a obra e o autor, com críticas lancinantes a certas posturas, mas com a ponderação em relação às contribuições fundamentais. Entendo a fúria contra o passado, mas, como a história bem nos mostra, o reprimido não é cicatrizado quando achatado com rolo compressor. Há um século, a Rússia era o bastião de esperança da humanidade - a Rússia que, mutatis mutandis, "cancelou" tantos de seus líderes revolucionários sob Stálin. Hoje, a Rússia é uma oligarquia encarniçada. Um abraço, amigo!
Impressionante! Meu caro colega e culto professor, como gostaria de ter mais disciplina intelectual para ter essa festa de ideias, sensibilidades, olhares e consciência que se expressam em suas falas, parabéns! Sua resenha trouxe muitas questões, uma delas é sobre uma interpretação sobre o filme, que diz que aqueles mais frágeis e carentes emocionalmente, por diversos motivos, como a falta de cuidado e limites na infância, foram os mais "absorvidos" pela "Onda". O que acha dessa interpretação?
Outra questão que me veio foi de dimensão política e histórica, diria também filosófica, o capitalismo atual cria as extremas desigualdades e competições das mais variadas estirpes, mas as equalizações sociais promovidas pelos Estados Totalitários significaram violência, ódio, e o apagamento do pluralismo e da singularidade humana. Qual seria um possível esboço de saída dessas duas maneiras de conceber e organizar o homem que nos afligem? E a última questão, me desculpa por me estender tanto! A mediação da heteronomia para a autonomia, implica em leis, regras, e saberes transmitidos da geração mais velha para a mais nova, tem como fazer isso sem cair no autoritarismo? Essa ótima resenha suscitou todas essas questões, que nos preocupa tanto como cidadãos/ãs e educadores/as! Obrigado professor Ricardo Vassoler!
Sérgio, meu caro colega professor, suas colocações são sempre ótimas e bastante críticas. Vamos às respostas a elas. Sim, a fragilidade emocional é uma das pontes para a subsunção de alguns membros da onda - e essa fragilidade, diria o grande Vigotski, também é função dos laços porosos de nossa sociedade; a social-democracia europeia deu mostras importantes de conciliação entre liberdade econômica e enorme ramificação de direitos políticos e sociais; por fim, você, como pai, é um formidável exemplo de heteronomia mediado rumo à autonomia do seu filho, que certamente terá em você e em sua esposa exemplos exímios. Educação para a democracia vai da macro à microvida. Um forte abraço!
@ , muito obrigado pelas elegantes e belas palavras e pelas respostas certeiras! Sou produto e produtor, daquilo que a grande psicanalista e cidadã Maria Rita khel chamou de família tentacular, ou seja pai solteiro. Mas investido dessa condição, do meu amor e responsabilidade, me desafio nessas passagens da heteronomia para a autonomia solidária! Tendo a me aproximar das análises do marxista húngaro Istvan Mészáros, em uma sociedade que controle sua reprodução material sociometabólica , direcionado para o pluralismo humano, sociedade democrática e uma profunda igualdade social, sem apagar os merecimentos originários de esforços e contribuições!
Saiba que já sugere o filme para uma inteligente estudante da nossa escola, para depois realizar um debate! Filme muito bom
@@sergiocappshenriquescruz7926, estamos muito próximos em nossas visões de mundo: conciliamos as conquistas da social-democracia, que são basilares para qualquer sociedade emancipada, com dimensões de subjetividade. Falar em meritocracia numa sociedade como a brasileira é um acinte. Mas, numa sociedade de universalidade de oportunidades, é interessante falar em caminhos díspares, desde que não exploratórios. Um grande abraço, amigo - e, daqui a pouco, às 16h, vai haver mais um Café com Vassoler em que vou falar sobre o "Diário de um escritor na Rússia". Conto com você por aqui. Um abraço e muito obrigado!
@ , concordo! Em nenhum momento pensei em meritocracia, como está dada em nossa sociedade! É um acinte mesmo! Pensei naquilo, que Marx uma vez pronunciou, cada qual trabalhando segundo suas necessidades, além do exemplo das pessoas ter as mesmas condições e possibilidades, entretanto uma se dedica mais ao longo de sua vida para uma dimensão importante para a sociedade, é coerente receber retribuições a mais da própria sociedade. Mas sem exploração, miséria e ausência de direitos estabelecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos! Nada justifica a tragédia em que nós vivemos! Obrigado mais uma vez e me desculpa em escrever tanto! É que suas mensagens provocam muitas ideias boas!
Cara gostei demais
Muito obrigado, Marina, um abraço!
Parabéns
Dicção incrível
Muito obrigado, Isabela, um abraço!
O segundo turno das eleições em out/22 me fez lembrar do filme que havia sido exposto na escola. A onda atingiu o Brasil.
Acabei d ver o filme! Gostei da análise. Triste pensar na tendência de aniquilação do "ser" e "empobrecimento" do sociedade com uma situação dessa, já que a diversidadee tao mais interessante e gostosa.
Muito obrigado, Márcia, um abraço!
Professor, gostaria de saber se o autoritarismo pode ser concebido a partir de uma perspectiva de "conformação contraditória" de sua expressão. Isto é, de que forma é possível compreender a densidade da presença autoritária, e como ela se conforma, inclusive em agremiações que, à principio teriam como característica a contraposição ao autoritarismo? Um exemplo prático (que gostaria de saber se faz sentido) seria a trajetória e chegada ao poder, do Partido dos trabalhadores. Que durante seu surgimento, ao fim do regime e em contrapartida a Ditadura Militar, mobilizou líderes sindicais que reivindicavam efetivos Direitos Sociais e Trabalhistas, Alas Progressistas da Igreja católica e Movimentos Sociais, que tinham (e ainda têm) como compromisso central, a resistência contra qualquer tipo de autoritarismo. Quando chega ao poder com a eleição de seu líder histórico, em 2002 o ex-presidente Lula, consegue intensificar programas sociais e de redistribuição de renda, conjugando com a saída de milhões de brasileiros da miséria, com a criação de várias Universidades Públicas, de meios democráticos de acesso ao ensino público de qualidade. Em determinado momento - sem deixar de lado seu histórico de preocupação social, é necessário reconhecer- parece se conformar, e em alguns períodos específicos se aliar, a estruturas oligárquicas e autoritárias que historicamente representavam o oposto dos valores democráticos e plurais que mencionava. Parecendo neste aspecto, o tipo de "conformação contraditória" a que me referi no início do texto, que formara em determinados momentos contextos autoritários. Gostaria da saber se esse conjunto de inverções e até mesmo de controvérsias, que logo mais viria a resultar em alianças escusas entre empreiteiras e empresas estatais com proporções assustadoras de corrupção sistêmica, teria relação com a escolha claramente autoritária e demagógica feita no pleito presidencial de 2018.
Olá, Vítor! Tudo bom? Concordo com boa parte do que você trouxe, meu caro, mas apenas não considero que o PT possa ser aproximado de aspectos de autoritarismo. A estrutura política brasileira demandou isso do PT, e o partido, como você bem frisou, foi se acomodando e estabelecendo uma série de conciliações. Ainda vou fazer uma aula para discutir o lulismo, pode deixar. Um grande abraço e muito obrigado pelo excelente comentário!
@ espero ansioso pela aula sobre o lulismo! Adoro suas aulas, mestre!
Professor, é possível fazer alguma relação do filme com o historicismo alemão de Hegel?
Discuto essa questão, de forma aproximada, na aula "Psicologia de massas do fascismo". Procure-a na playlist "Aulas ao vivo com Vassoler". Abraço!
O filme se assemelha ao governo bozó...
Gostaria q vc comentasse o mesmo filme q foi filmado em 2961 onde temos cenários e discursos diferentes
Dizem a versão americana de 1983 foi muito melhor. A história é verídica.
Um grande filme que se baseia numa tragédia simplesmente indizível.
Maravilhoso!
Obrigado por ter nos ajudado a afastar o mau que é o Bolsonaro, mas lembremos que o ovo da serpente está aí com esse fanatismo (o Bolsonarismo estúpido...)