Marcelão o Hodgson tem um personagem que é um investigador sobrenatural muuuuito legal que se chama Carnacki. Se um dia você for fazer um mês temático sobre detetives seria muuuuito top você colocar uns contos do Carnacki.
Gosto do estilo do Hodgson, ele tem uma escrita mais simples e direta do que a galera do círculo Lovecraft. Gostei bastante desse conto apesar de que estava esperando algo mais chocante no final, mas esse aí valeu pelo climao de navio fantasma.
Ja que o tema é mar. Uma história sobre o fim de um dos gênios brasileiros. Tomado pela saudade de sua terra natal, pela solidão perante a morte de amigos com quem dividia os dias na Europa e pela distância do que aqui ficou, Gonçalves Dias resolveu retornar ao Brasil, embarcando no vapor Ville de Boulogne. Mal sabia ele a tragédia que estava prestes a atingi-lo. A travessia do Atlântico durou 53 dias. No meio do oceano, o poeta - único passageiro a bordo além dos marinheiros - estava bem debilitado, sem conseguir sequer se alimentar direito. Tudo o que conseguia ingerir era um pouco de água com açúcar, mistura que o deixava mais forte. Em um quarto no andar inferior do navio, passou a maior parte da viagem, sem energia para se locomover, ou conversar e com muitas dificuldades para escrever. Atravessou o Atlântico como quem atravessa desta para melhor. O Maranhão surgiu no horizonte. Na tarde em que o território brasileiro começou a se desenhar diante dos olhos dos navegadores, Dias pediu que o levassem à popa para admirar a paisagem, ver, as aves que aqui gorjeiam e as palmeiras buritis maranhenses. Não resistiu à emoção e, nos braços dos marinheiros, caiu desmaiado. Foi levado à sua cama para repousar e reunir forças para a chegada a terra firme, no dia seguinte. Mas o destino mudou complemente quando o sol se pôs. Navegando na escuridão, a embarcação se chocou com um banco de areia em plena costa maranhense. A tripulação, movida pelo desespero, salvou-se como pôde. O poeta, moribundo, acabou esquecido no quarto inferior do navio. Morto por afogamento, Gonçalves Dias foi a única vítima do naufrágio.
Legal, gostei muito! Não conhecia esse autor. Estou ansioso para saber se meu conto "abissais" passou pelo crivo do professor e vai emplacar no janeiro em alto mar.
Grande Janeiro, viva a temporada de terror náutico! 🎉😊
Tú não narra dear. Tú voas. E nós, contigo. ❤
Capitão e tripulação sensatos, otimo conto.
Marcelão o Hodgson tem um personagem que é um investigador sobrenatural muuuuito legal que se chama Carnacki. Se um dia você for fazer um mês temático sobre detetives seria muuuuito top você colocar uns contos do Carnacki.
Excelente conto, primeiro do autor que eu ouvi. Gostei muito!
Não é a toa que esse autor inspirou escritores tão bons...
Muito bom professor!
Muito bom amei obg mestre
Excelente.
Adoro esse autor. Li esse conto há muitos anos atrás, na época me parece que não havia muitos livros dele publicados em língua portuguesa.
Você é muito bom.
Conto muito bom!
Gosto do estilo do Hodgson, ele tem uma escrita mais simples e direta do que a galera do círculo Lovecraft. Gostei bastante desse conto apesar de que estava esperando algo mais chocante no final, mas esse aí valeu pelo climao de navio fantasma.
Sensacional! Meus parabéns!
Ja que o tema é mar. Uma história sobre o fim de um dos gênios brasileiros.
Tomado pela saudade de sua terra natal, pela solidão perante a morte de amigos com quem dividia os dias na Europa e pela distância do que aqui ficou, Gonçalves Dias resolveu retornar ao Brasil, embarcando no vapor Ville de Boulogne. Mal sabia ele a tragédia que estava prestes a atingi-lo.
A travessia do Atlântico durou 53 dias. No meio do oceano, o poeta - único passageiro a bordo além dos marinheiros - estava bem debilitado, sem conseguir sequer se alimentar direito. Tudo o que conseguia ingerir era um pouco de água com açúcar, mistura que o deixava mais forte. Em um quarto no andar inferior do navio, passou a maior parte da viagem, sem energia para se locomover, ou conversar e com muitas dificuldades para escrever. Atravessou o Atlântico como quem atravessa desta para melhor.
O Maranhão surgiu no horizonte. Na tarde em que o território brasileiro começou a se desenhar diante dos olhos dos navegadores, Dias pediu que o levassem à popa para admirar a paisagem, ver, as aves que aqui gorjeiam e as palmeiras buritis maranhenses. Não resistiu à emoção e, nos braços dos marinheiros, caiu desmaiado. Foi levado à sua cama para repousar e reunir forças para a chegada a terra firme, no dia seguinte.
Mas o destino mudou complemente quando o sol se pôs. Navegando na escuridão, a embarcação se chocou com um banco de areia em plena costa maranhense. A tripulação, movida pelo desespero, salvou-se como pôde. O poeta, moribundo, acabou esquecido no quarto inferior do navio. Morto por afogamento, Gonçalves Dias foi a única vítima do naufrágio.
Não sabia que havia sido dessa forma. Um triste fim.
Legal, gostei muito! Não conhecia esse autor.
Estou ansioso para saber se meu conto "abissais" passou pelo crivo do professor e vai emplacar no janeiro em alto mar.
Faaaala, meu querido. Abissais já foi gravado. Em breve vou publicar, preciso editar. Abraços licantropos.