Uniões por chavetas

Nessa videoaula o prof. William Maluf apresenta os fundamentos das uniões cubo-eixo promovidas através de chavetas.
Cubo é a denominação dada para a região na qual o elemento montado (acoplamento, engrenagem, embreagem, roda, polia) é unido ao eixo.
Em engenharia é necessário realizar a união entre peças. Os principais métodos de união são divididos em duas categorias: uniões móveis e uniões permanentes.
As uniões móveis acontecem quando são empregados elementos de fixação que podem ser separados sem causas prejuízos às peças envolvidas. Essas uniões são feitas através de rebites, pinos, cavilhas, parafusos, porcas e arruelas, chavetas e eixos ranhurados.
Por sua vez as uniões são categorizadas como móveis quando ocorrerá um dano provável ao tentar separar as peças. É o caso típico de soldas.
As chavetas desempenham 3 funções fundamentais: união entre peças, a transmissão de potência e a proteção mecânica do sistema quanto à torque excessivo. A seguir, encontra-se uma breve descrição de cada função.
- União: chavetas são elementos normalizados, de formato prismático, geralmente feitos de aço, que são introduzidos entre o cubo e o eixo, unindo-os. Podem ser de outros materiais.
- Transmissão de potência: resistem à esforços tangenciais (torção) e axiais (certos casos).
- Proteção: servem como proteção ao sistema de transmissão. Devem ser projetadas para falhar em caso de torque excessivo e preservar o eixo e os elementos montados.
Fruto de uma Iniciação Científica, cujo autor é o engenheiro Lucas Gonçalves Marchi, e foi orientada pelo prof. William Maluf, foi desenvolvido um aplicativo para celular cuja função principal é fazer a seleção de chavetas e eixos ranhurados.
O aplicativo se chama "Keys-D" e no momento está disponível apenas para sistemas operacionais Android. O aplicativo está na Play Store no seguinte link: play.google.co...
Recomenda-se que o aplicativo seja instalado pois ele é muito útil para aplicações em campo e também para resolução de exercícios.
As chavetas se interpõe, parte no eixo, parte no cubo, para unir, transmitir potência e proteger os elementos do sistema.
Normalmente são recomendadas para executar a transmissão de esforços tangenciais.
A transmissão de esforços axiais não intensos, somente é possível para alguns tipos de chaveta.
Em caso de potência além da especificada, espera-se que a chaveta falhe, preservando os outros elementos de transmissão (eixos, elementos montados).
São apresentadas as principais normas (DIN, ISO, ABNT, SAE e ASME) que tratam das chavetas de cunha, paralela e meia-lua.
Ao fim da aula é abordada uma aplicação de 2 chavetas do tipo longitudinal inclinada tangencial, dispostas à 120 graus.