Opa, boa tarde Vilmar. Tenho uma dúvida. Como você faz o acabamento das caixas de Isocon? Dá pra fazer uma nata de cimento e passar por dentro e por fora pra tirar as imperfeições do caixa?
Germanir Leal: Também pensava assim até que comecei a criação, aqui em Minas Gerais, da Uruçú-amarela (Melipona mondury). Como essa abelha é da região de mata atlântica, verificamos que a sua criação, na época muito difícil, teria melhores resultados se a umidade, nas paredes dentro da caixa, chegasse a umedecer as pontas dos dedos ao serem tocadas. A criação dessa abelha, com essa umidade, acabou sendo padrão no meu meliponário. Porém, após uns 2 anos de implantação dessa técnica, começamos a notar que as paredes das caixas feitas com madeira e sujeitas á umidade alta começaram a se deteriorar mais rápido do que o normal. Na prática, com esse manejo, começamos a ter que trocar as colônias das Meliponas mondury de caixas a cada 2/3 anos, porque as abelhas começaram a fazer buracos nas paredes, principalmente nos fundos (porão) e isso consequentemente atraía o ataque dos forídeos . Foi então que, por volta de 1990 começamos a pesquisar materiais alternativos para a substituição da madeira na confecção das caixas. Comecei com o PVC (funcionou muito bem, porém de custo elevado), espuma expansiva (perdia-se muito produto), serragem de madeira prensada com cola (acontecia da cola "melar"), vermiculita com cimento (fazia a troca da umidade com o ambiente externo), etc, até chegar no material que usamos hoje: concreto celular espumoso com a densidade de 450 kg/m3 (madeira boa tem densidade de 700kg/m3). Assim conseguimos manter as colônias de abelhas em suas caixas térmicas por tempo indeterminado (tenho colônias com 25 anos nas caixas feitas com esse material) sem ter que fazer transferência das colônias para outra caixa. Posso afirmar, sem mêdo de errar, que a meliponicultura utilizando caixas de madeira não vai resistir ás caixas redondas (temperatura é a mesma em qualquer lugar) e feitas de concreto celular espumoso e/ou materiais semelhantes. Caso queira saber mais, procure informações sobre as "Caixas modelo Novy".
Parabéns amigo 👍
Aí sim. Caixa isotérmica e impermeabilizada.
Mais um ótimo trabalho sucesso pra você.
Obrigado amigo
Criatividade a favor de nossas abelhas! Parabéns!!!
Obrigado
Parabéns
Obrigado
Opa, boa tarde Vilmar. Tenho uma dúvida. Como você faz o acabamento das caixas de Isocon? Dá pra fazer uma nata de cimento e passar por dentro e por fora pra tirar as imperfeições do caixa?
Rapaz, acho que conheço o cara que criou isso! Quantos anos você está pesquisando isso?
Faz uns seis anos mais ou menos
Muito trabalho para chegar a um produto que é encontrado em abundância na natureza: madeira.
Até concordo mas só tirar da natureza também não é o ideal
Germanir Leal: Também pensava assim até que comecei a criação, aqui em Minas Gerais, da Uruçú-amarela (Melipona mondury). Como essa abelha é da região de mata atlântica, verificamos que a sua criação, na época muito difícil, teria melhores resultados se a umidade, nas paredes dentro da caixa, chegasse a umedecer as pontas dos dedos ao serem tocadas. A criação dessa abelha, com essa umidade, acabou sendo padrão no meu meliponário. Porém, após uns 2 anos de implantação dessa técnica, começamos a notar que as paredes das caixas feitas com madeira e sujeitas á umidade alta começaram a se deteriorar mais rápido do que o normal. Na prática, com esse manejo, começamos a ter que trocar as colônias das Meliponas mondury de caixas a cada 2/3 anos, porque as abelhas começaram a fazer buracos nas paredes, principalmente nos fundos (porão) e isso consequentemente atraía o ataque dos forídeos . Foi então que, por volta de 1990 começamos a pesquisar materiais alternativos para a substituição da madeira na confecção das caixas. Comecei com o PVC (funcionou muito bem, porém de custo elevado), espuma expansiva (perdia-se muito produto), serragem de madeira prensada com cola (acontecia da cola "melar"), vermiculita com cimento (fazia a troca da umidade com o ambiente externo), etc, até chegar no material que usamos hoje: concreto celular espumoso com a densidade de 450 kg/m3 (madeira boa tem densidade de 700kg/m3). Assim conseguimos manter as colônias de abelhas em suas caixas térmicas por tempo indeterminado (tenho colônias com 25 anos nas caixas feitas com esse material) sem ter que fazer transferência das colônias para outra caixa. Posso afirmar, sem mêdo de errar, que a meliponicultura utilizando caixas de madeira não vai resistir ás caixas redondas (temperatura é a mesma em qualquer lugar) e feitas de concreto celular espumoso e/ou materiais semelhantes. Caso queira saber mais, procure informações sobre as "Caixas modelo Novy".
@@euriconovy1521 é voce mesmo quem faz o concreto celular espumoso? Se sim, pode me dizer as medidas dos materias para fazer a caixa?