Professor acho sensacional suas aulas! Gostaria de saber várias coisas: - A histerica como alguém que lida com a impossibilidade ou entraves com seu desejo. E quando o desejo está pelo conhecimento? Quando a líbido também perpassa pelo prazer de aprender e a histerica justamente quer ser objeto de desejo do outro, porque esse outro tem o conhecimento- aquilo que lhe falta? Numa análise, quando nos deparamos com o paradoxo do sintoma, como alterar isso? Quando o gozar é justamente não fazer aquilo que se admira e se submete ao outro que faz? Obrigada
A histeria ainda é um termo técnico na psicanálise atual? Não seria interessante e esclarecedor informar o termo atualmente utilizado que substituiu o termo 'histeria', a saber, transtorno dissociativo (equivalente moderno ao que antigamente se chamava de histeria)?
Caro Raimundo, obrigado por suas considerações. Com eu já pude desenvolver em alguns outros vídeos, a episteme e a ética da Psicanálise são de uma ordem bem outra que a da Psicopatologia Contemporânea, onde a palavra de ordem é, exatamente, o "transtorno". Este é um tema longo a ser detalhado aqui, nesta resposta. Serei sucinto. Quando ainda fazemos questão de o quadro clínico em foco ser apreendido pela perspectiva da neurose e, especialmente, pelo escopo da "histeria" algo, além da superfície sintomática (apreendida, em alguma medida, pelo DSM-5) se impõe: o sujeito; uma subjetividade com propriedades muito específicas que suplantam o terreno semiológico, ou seja, o território onde os sintomas são elencados e agrupados e, por fim, classificados (como, por exemplo, na categoria chamada "transtorno dissociativo"). É uma questão que ultrapassa, em muito, o jargão ou as opções terminológicas. O pano de fundo maior desta discussão encontra-se na tese lacaniana (que nos mostra que não se trata de fazer oposição, de forma alguma, ao campo da Psicopatologia Contemporânea, mas, sim, de perceber as diferenças do mesmo em relação à prática analítica): o sujeito da Psicanálise é o sujeito da Ciência, todavia, há uma relação de 'correlação antinômica' entre eles. Em suma: na Ciência, temos este sujeito forcluído (abolido, por exemplo, sob a noção de transtorno e a parafernália terapêutica daí derivada); já na Psicanálise, temos este sujeito subvertido (pela implicação do Inconsciente). Logo, é importante que a Psicanálise esteja atenta ao cenário contemporâneo (nesta questão como em outras) e, ao mesmo tempo, demarque suas diferenças, especialmente, as éticas (os elementos que regulam o campo da ação e seus fins). Abç.!
A Dora parece a única sã da cabeça nessa história
Ótimo conteúdo. Muito legal voltar aqui depois de alguns anos e entender melhor ainda.
Excelente explicação..
“Qual é a tua parte, cara pálida?’ - Impactante questionamento, que poderá trazer a inexorável resposta. Magnífico! Gratidão!
Muito bom! Gostei também do ato falho: "Freud faz uma denúncia dos homens."
Obrigada! Muito bom!
Videos de excelente conteúdo!
Sensacional esta sequência de vídeos caso Dora muito bem explicado.🙏🏾 gratidão!
Muito bom!!!! Ótima contribuição você vem trazendo ao tercer considerações sobre o caso Dora, do ponto de vista da Psicanálise contemporânea!!!
Obrigada por disponibilizar o conteúdo de forma clarificada.
Excelente!!!!!!!!!
Muito bom! Ajudou muito em um trabalho que estou fazendo. Obrigada.
Muito boa a sua linguagem!
Excelente!
Poderia indicar um psicanalista são duas pessoas precisando
Professor acho sensacional suas aulas! Gostaria de saber várias coisas:
- A histerica como alguém que lida com a impossibilidade ou entraves com seu desejo. E quando o desejo está pelo conhecimento? Quando a líbido também perpassa pelo prazer de aprender e a histerica justamente quer ser objeto de desejo do outro, porque esse outro tem o conhecimento- aquilo que lhe falta?
Numa análise, quando nos deparamos com o paradoxo do sintoma, como alterar isso?
Quando o gozar é justamente não fazer aquilo que se admira e se submete ao outro que faz?
Obrigada
Eu devo perguntar a Dora qual é a responsabilidade dela de ser abusada aos 14 anos por um pedófilo?
Olá, não é exatamente isso. De toda forma, atenção para não ler uma situação do início do século XX com os olhos do XXI!!
Parabéns pela série de vídeos, assisti todos! Na sua opinião, quais as melhores referências para estudo do tema? Qual o livro apresentado neste vídeo?
Freud embaraçou-se todo, contratranferindo (respondendo) este lugar de solucionar o pedido do pai. Dora primeira feminista!
Entre o que esses homens desejam e o que ela deseja ?
Em um homem , cheiro , olhar e desejo dela ... Que ela possa escolher sem fazer objeto
Talvez se fosse um sujeito da idade dela ...está experiência seria diferente
A histeria ainda é um termo técnico na psicanálise atual? Não seria interessante e esclarecedor informar o termo atualmente utilizado que substituiu o termo 'histeria', a saber, transtorno dissociativo (equivalente moderno ao que antigamente se chamava de histeria)?
Caro Raimundo, obrigado por suas considerações. Com eu já pude desenvolver em alguns outros vídeos, a episteme e a ética da Psicanálise são de uma ordem bem outra que a da Psicopatologia Contemporânea, onde a palavra de ordem é, exatamente, o "transtorno". Este é um tema longo a ser detalhado aqui, nesta resposta. Serei sucinto. Quando ainda fazemos questão de o quadro clínico em foco ser apreendido pela perspectiva da neurose e, especialmente, pelo escopo da "histeria" algo, além da superfície sintomática (apreendida, em alguma medida, pelo DSM-5) se impõe: o sujeito; uma subjetividade com propriedades muito específicas que suplantam o terreno semiológico, ou seja, o território onde os sintomas são elencados e agrupados e, por fim, classificados (como, por exemplo, na categoria chamada "transtorno dissociativo"). É uma questão que ultrapassa, em muito, o jargão ou as opções terminológicas. O pano de fundo maior desta discussão encontra-se na tese lacaniana (que nos mostra que não se trata de fazer oposição, de forma alguma, ao campo da Psicopatologia Contemporânea, mas, sim, de perceber as diferenças do mesmo em relação à prática analítica): o sujeito da Psicanálise é o sujeito da Ciência, todavia, há uma relação de 'correlação antinômica' entre eles. Em suma: na Ciência, temos este sujeito forcluído (abolido, por exemplo, sob a noção de transtorno e a parafernália terapêutica daí derivada); já na Psicanálise, temos este sujeito subvertido (pela implicação do Inconsciente). Logo, é importante que a Psicanálise esteja atenta ao cenário contemporâneo (nesta questão como em outras) e, ao mesmo tempo, demarque suas diferenças, especialmente, as éticas (os elementos que regulam o campo da ação e seus fins). Abç.!
Excelente explicação!!!