Estudei numa escola publica q nem biblioteca tinha, mas minha professora de português q trazia sacolas cheias de livros que ela tinha pra emprestar para os alunos, o que despertou meu gosto para a leitura, obg D. Maria Helena ....por mais professores assim no Brasil.
Tem gente que chega no ensino médio sem nunca ter lido um livro na vida, então a pessoa já não tem o hábito de leitura e começa a ler um livro por obrigação, é lógico que não vai gostar.
Bruno C. Mas aí é que está. O problema não é passar Machado de Assis no ensino médio, o problema vem antes, da falta do hábito de leitura do brasileiro.
Bruno C. Então minha sala saiu analfabeta (li Dom Casmurro no terceiro ano porque senti vergonha de não ter lido), minha amiga achou senhora chato, eu praticamente engoli o livro
Tem gente que faz ensino fundamental, ensino médio, faculdade e nunca leu um livro de literatura . Meu irmão, por exemplo, leu apenas um livro técnico de Futsal e outro chamado "Os segredos da Máquina", que é um livro sobre o Cristiano Ronaldo. Como ele disse uma vez "literatura não serve pra merda nenhuma".
Eu estou cursando já o 3 ano do ensino médio, e só agora comecei a tomar gosto por leitura, e hj eu tô lendo um livro atrás do outro, sem parar acabo um e já começo outra, já tô apaixonado pela leitura, principalmente a literatura brasileira que para mim é riquíssima.
Não precisei ler Dom Casmurro na escola e até que não foi algo ruim, porque lendo hoje, por vontade própria, eu pude realmente gostar e me surpreender com a facilidade que foi para ler, diferente do que seria se tivesse sido obrigada, como tantas outras obras que acabei achando cansativas
@Dona Chica estou lendo agr pra escola e n tô achando nada maçante (ben divertido, por sinal), maçante pra mim é José de Alencar, Machado é um escritor contemporâneo comparado a ele
Lembro-me de quando estava no sétimo ano, eu queria ler Dom Casmurro, por conta da curiosidade a respeito do debate sobre a possível traição de Capitu. Minha professora de língua portuguesa disse-me que o livro era de linguagem difícil, então eu desanimei de ler. Ano passado, no terceiro ano do ensino médio, resolvi ler o dito livro - por conta própria, já que na minha escola não existiam leituras obrigatórias - e simplesmente amei. Provavelmente se eu o tivesse lido no ensino fundamental, não teria compreendido, muito menos gostado. De fato, o interesse despertado e entendimento do livro está ligado diretamente com a faixa etária do leitor, e à realidade em que ele está inserido.
Dizem por aí e já ouvi por algumas vezes que ler Machado é algo pra adultos. Não que alguém mais jovem não possa entender, mas a reflexão realista machadiana de fato é algo pra quando o córtex pré-frontal já está desenvolvido. Leia maia vezes e depois dos 25 anos e a reflexão sempre aumenta. Melhora quando você entende de história e a cultura da época pois isso influencia diretamente o comportamento e a psicologia da época.
E a existência do Ler Antes de Morrer está tornando a minha experiência maravilhosa e nenhum um pouco traumatizante, sinto a emoção quando o professor pede leituras como Grande Sertão: Veredas pois dependendo da resenha e de sua empolgação quero cada vez mais desfrutar de tais obras. Obrigada, Isabela!
Estudei em escola publica que infelizmente nunca incentivou a leitura, nem se comentava sobre. Minha mae lia muitos livrinhos de romance, aqueles Julia, Sabrina, Bianca etc. Achava legal o interesse dela mas nao tinha dinheiro pra comprar entao fiz cadastro na bibiblioteca da cidade onde vivo e comecei a ler com uns 15 anos(hoje com 42), lia de tudo, filosofia, ciencia, romance, ficcao, biografia.... Hoje gosto muito dos classicos como Kafka, Dostoievski, Tolstoi, Machado de Assis, e livros de sociologia, psicanalise e politica. Gosto muito das suas resenhas Isabella, parabens!
Eu tive uma certa facilidade com Dom casmurro, minha querida professora de português na época me incumbiu de escrever uma pequena peça sobre o julgamento de Capitu, eu estava no 1 ano do ensino médio. Acabei lendo o livro duas vezes, a peça foi um sucesso (foi apresentada cerca de 5 vezes em diferentes ocasiões). E foi assim que me apaixonei por Machado de Assis, sem dúvida um dos meus favoritos...
Uma vez estava vendo uma palestra do professor Pier e ele disse algo interessante. Ele falava que crianças e adolescentes precisam de literatura que os inspire, que os os faça almejar alguma coisa. E ele estava falando que a literatura clássica em língua portuguesa não proporciona inspiração. Ele usa o exemplo de Dom Casmurro. Qual a inspiração que um personagem como Dom Casmurro oferece para um jovem? (ser um velho ranzinza, mal humorado e meio amalucado?). Quanto a possibilidade de uma pessoa que não foi apresentada aos livros clássicos na escola procurar por estes autores fora dela, creio que é mais fácil alguém que nunca leu Machado na escola procurar por ele fora da instituição de ensino do que alguém que leu Dom Casmurro ou Memórias Póstumas no colégio fazer isso, já que a maioria dos alunos que leram essas obras na escola acabaram traumatizados. Na minha experiência pessoal, por exemplo, tive que ler A Cidade e as Serras, de Eça de Queiros, na escola. Foi o livro mais chato que já li na minha vida. Até hoje não quero nem me aproximar dele de novo. Entretanto, alguns anos depois, interessei-me por O Crime do Padre Amaro e decidi que iria lê-lo. Não sabia que era uma obra do Eça. Quando descobri este fato quase desisti de ler o livro. Só de pensar em Eça de Queiros a pele ja arrepiava. No entanto, teimei e li. Gostei do livro. Neste exato momento, estou lendo o terceiro livro do Eça da minha vida. Agora a obra é O Primo Basílio. Estou gostando, mas mesmo depois de ter passado pelo Crime do Padre Amaro e ter gostado, ainda tenho aquele pé atrás com o autor. Apesar dessa ser uma história de superação, em que detestei um autor, mas dei uma segunda e uma terceira chance para ele e acabei gostando, atribuo isso a uma atitude muito simples que tive ainda aos 15 anos, quando estava no ensino médio. Eu só lia os livros que eu queria na escola. Podia ter prova, podia ter trabalho, podia ter o que fosse. Se eu não gostasse do livro, não lia. Foi assim que acabei lendo obras como Dom Casmurro, Memórias de um Sargento de Milicias, Capitães da Areia (esse eu nem era obrigado a ler de verdade) e O Auto da Barca do Inferno, entre outros, e acabei gostando. Sim, eu gostei desse livro, pois apliquei a eles esse critério, se me agrava lia se não agradava não lia. Foi sob essa mesma ótica que livros como Iracema, O Triste Fim de Policarpo Quaresma e Contos de Machado de Assis ficaram para trás. Não gostei deles, por isso, não. Somente anos depois, quando me senti preparado, peguei Iracema de novo e li. Gostei. É difícil compararmos os clássicos entre as línguas. Afinal, se formos pensar no inglês, O Hobbit e Senhor dos Anéis também são clássicos e são exigidos pelas escolas americanas ou britânicas. Qual obra em língua portuguesa podemos equiparar a títulos como esses em que existem heróis que lutam pelo bem e pela justiça e que visam derrotar o mal? Na verdade, onde estão os heróis da nossa literatura? Pelo que me lembro, nos fartamos de anti-heróis (Dom Casmurro, Leonardinho (Sargento de Milícias, Pedro Bala (Capitães da Areia), Policarpo Quaresma...) Todos malandros, todos tentando justificar suas atitudes questionáveis. Complicado. A sensação é que a literatura em língua portuguesa sempre quis fazer tantas críticas a tudo e a todos que se esqueceu da principal função dela. A raiz da literatura é divertir. Afinal, para que eram contas as histórias na idade idade da pedra? Ensinar e divertir, mas o ensino vinha como um bônus. A distração e a diversão era a função principal. Oscar Wild disse que toda arte é completamente inútil. Eu diria, no entanto, que quando é feita em língua portuguesa, parece que esta arte tende a querer ser o gatilho de uma transformação que nem sempre lhe cabe.
Felipe P interessante seu ponto de vista. Faz muito sentido, haja vista a massiva preferência por literatura estrangeira que tem essas características que você levantou. Verdade, herói mesmo, que se aproxima do sentido clássico só Peri do Guarani! Muito louco isso. Nunca tinha pensado!
Felipe P muito interessante a sua análise! Penso, também, que a leitura deva ser por prazer! A escolha dos livros diz muito o que estamos sentindo naquele momento nas nossas vidas, quais questões estão nos instigando no momento. Lembrei dos livros infantis do Monteiro Lobato, que tem muita fantasia e mistérios que as crianças gostam muito quando estão aprendendo à ler! Pena que muitos pais não apresentam mais para seus filhos as estórias do Sítio do Pica Pau Amarelo! Trocaram a literatura brasileira por Hobbits e Senhor dos Anéis, Harry Potter etc, que também são livros maravilhosos! Mas devemos valorizar mais a nossa literatura, mesmo achando que tudo que escrevem lá no exterior seja melhor. Não descuidar das nossas raízes, mas também ler literatura estrangeira. Acredito que se as editoras melhorassem as edições do Monteiro Lobato, e divulgassem mais, principalmente nas escolas, fizessem saraus das estórias da Emília e sua turma, ia despertar muito esse prazer nos livros da nossa cultura, a cultura brasileira, tão desprezada hoje em dia. Meu filho está com 17 anos e só se interessa por literatura estrangeira, músicas estrangeiras, sabe inglês melhor que língua portuguesa e quer ir para os EUA! Essa é a geração de hoje, bem diferente da minha geração que gostava dos autores brasileiros e da cultura brasileira! Mas muito interessante a sua análise dos heróis dos livros estrangeiros.
Bom, olha só que engraçado. Nunca tive interesse por esses livros de lingua inglesa, justamente pelo que tu falou, quando fui atrás da leitura de livros nesse idioma, fui pelo caminho contrário. Nem todo mundo gosta de literatura de fantasias, com jornada do herói e arcos dramáticos mirabolantes. Não sei se concordo com o que tu disse, que a raiz da literatura é só a diversão/entretenimento. Essas obras são importantes justamente por contarem a história do nosso país. E um livro, filme, música, pintura ou seja lá o que é uma expressão artística. Muitos não querem escrever só para entreter, muitos fazem o livro justamente pela mensagem que querem passar. Arte pela própria arte. A única obrigação de um artista é com a própria arte.
Brenda Abreu Estou inclinado a concordar com você. Embora a literatura tenha essa questão do lúdico e da inspiração a questão da denúncia também é muito forte. Eu tenho uma preferência por obras brasileiras mas mesmo as estrangeiros que conheço não têm esse herói inspirador, de Shakespeare até Admirável mundo novo.
Amaury Miranda Gosto de livros mais humanos, geralmente não leio ficção fantasia. Mas li todos os livros dá crônicas do gelo e do fogo quando tinha quinze anos. Não excluo nenhuma possibilidade, mas não é o que necessariamente vai me marcar. É tipo a discussão do "filme arte" vs o "blockbuster". Tem blockbuster bom e tem filme arte bom, vai de gosto, nenhum vai ser necessariamente melhor ou pior que o outro, mais ou menos útil que outro. São apenas estilos diferentes e é ótimo que seja assim, porque as pessoas são diferentes e gostam de coisas diferentes. A proposta deveria ser variar e não substituir.
Gostei muito de memórias de um sargento de milicias, li quando tinhas uns doze/treze anos e meu irmão que indicou e tbm gostei de Dom Casmurro que li com a mesma idade, mas na época do vestibular só lia os resumos. Acho que o problema não são os livros, mas a obrigação de ler e o fato de que adolescente é tudo chato mesmo kkk
Siiim, li Metamorfose nas férias do ano passado e tivemos que fazer vários trabalhos sobre a obra na escola, como já tinha lido o livro a pouco tempo não reli e percebi que se tivesse feito isso teria achado muito chato, mesmo tendo gostado de Metamorfose. Aconteceu com Um Certo Capitão Rodrigo, a leitura foi obrigatória e mesmo tendo me interessado pelo livro e não achado a escrita tão difícil de entender, como Dom Casmurro, foi um saco ter que ler obrigada (certeza que se tivesse lido por conta própria acharia mais legal). Mas acho que as escolas devem nos fazer ler clássicos, vários colegas meus amaram Metamorfose e provavelmente nunca teriam prestado atenção no livro se não precisassem para um trabalho de escola. Meu colégio fez projetos bem legais com as obras, não apenas ter que fazer um resumo ou coisa do tipo, o que motivou mais a leitura, acredito que isso ajuda bastante também.
Só me dei bem com os clássicos muito depois da adolescência. É preciso certo cabedal de vida e de vocabulário e verdadeira maturidade intelectual para se aperceber das realidades marcantes e profundas dessas obras imorredouras. Ótimo vídeo!
Sempre achei essa imposição um grande problema. Nenhum jovem "normal" iria gostar de ser obrigado a ler clássicos logo de cara, mas acho que os alunos precisam ser instigados primeiro e aos poucos serem introduzidos ao mundo da literatura. A verdade é que nas escolas e principalmente dentro de casa, não há incentivo de leitura e quando chega no ensino médio livros difíceis são jogados na nossa cara. Acho importante conhecer essas obras primas, e vejo hoje fora da escola como tantos livros que eu antes odiava, estou conseguindo apreciar e entender. E seu canal também tem me ajudado muito nisso. É realmente um grande desafio paras os educadores instigar seus alunos a ler. Obs: Amei conhecer essa versão de Iracema, sempre foi um dos meus preferidos por incrível que pareça. Rs
O problema não é a leitura dos clássicos, o problema muitas vezes é a forma bisonha que alguns professores conduzem as aulas de literatura. Muitas e muitas vezes o descaso com o conteudo e o apego excessivo ao vestibular era tão grande que muitos alunos simplesmente liam apenas resumos. Outra coisas importante é distinguir obras realmente clássicas, daquelas que tem valor apenas como marco inicial dessa ou daquela escola literária.
Exatamente. Já nos primeiros anos de vida o ideal seria que os pais fizessem leituras para os seus filhos. Penso que essa atitude instigaria as crianças a pelo menos terem curiosidade de aprender a ler para justamente entrar nesse mundo da leitura que seus pais apresentaram. Se os jovens não gostam de ler, a culpa não é deles. Literatura é prazer, deleite e todas essas palavras bonitinhas. Qualquer coisa que nos é imposta torna-se um fardo. Forte abraço
A grande maioria de meus colegas que gostam de ler foram incentivados pelos pais (eu inclusa). Aprendi a ler e a escrever com os gibis da Turma da Mônica, que minha mãe lia para mim, além de ela amar livros e sempre ter vários em casa. Não tem como cobrar de um adolescente que nunca teve contato com literatura que ele entenda Dom Casmurro e ainda faça um trabalho complexo sobre.
Eu curso Letras, estou no 6° semestre e posso afirmar que tive um ensino fundamental e médio um pouco quanto decadente, principalmente em questão de leitura/literatura. Hoje vejo os efeitos, não é querendo me vitimar rs, porém, muita coisa, muita literatura, vim conhecer a pouco tempo. Por sorte, quando era criança me debruçava sobre os livros infanto-juvenis por conta própria e isso me ajudou a não perder o gosto e o reconhecimento do poder da leitura.
Olá Isabella, boa noite. Cheguei aqui através da Gabi do canal Who's Geek. Adorei a forma como você abordou a importância de se dar uma (mais uma) chance aos clássicos. Saí do ensino médio meio tristinho por ter sido obrigado a ler, e acabei detestando ler qualquer coisa. Só bem depois, com Harry Potter fui recomeçando a gostar de ler, e hoje depois de ver esse vídeo e as dicas dos livros da Panda Books com certeza vou dar mais uma chance para essas obras. Por isso, fica aqui minha gratidão de coração! Um forte abraço. :-D
Concordo! Não é perfeito nosso método, mas se está aí é porque não tem forma melhor... É muito fácil reclamar sem saber a profundidade do problema e, pior, não ter nenhuma solução além de reclamações!
Eu li a maioria desses livros por vontade própria mesmo. Mas eu tenho 45 anos, não tinha internet na minha infância e adolescência. Mas o que me fez ir por esse caminho não foi isso. Minha mãe sempre foi uma apaixonada por leitura e minha casa sempre teve livros ao ponto de ficar uma bagunça. Qualquer tempo livre que ela tinha, ela estava lendo. Isso influenciou muito os filhos, que vendo tamanho interesse dos país, pescaram também. Voltando ao não ter internet, como ler era o passatempo favorito fora brincar com os amigos, os livros acabavam se esgotando e todos em casa saíam lendo tudo que tinha. Aí acabou que qualquer clássico conhecido, eu já li. O ponto aqui é simples: Leiam na frente dos filhos o máximo que puder. Eles vendo o seu amor por livros, terão interesse também. Pode não ser como era antigamente, mas vão ter. Mas esse video por exemplo, apareceu pra mim justamente porque esses dias me ocorreu que eu nao lembro da maioria das grandes obras que eu já li, e resolvi começar a reler tudo. Dom Casmurro foi a minha primeira escolha. O google então leu meu pensamento e me sugeriu esse video.
Ainda estou no Ensino Médio e esse é exatamente o tipo de assunto que mais discuto com colegas. Tudo só é obrigatório, não tem uma explicação do valor daquela obra, não tem uma contextualização, não tem nada! Dois anos atrás fui obrigado a ler "Senhora" e só de saber que era clássico, já preferi ler um resumo. Hoje em dia, com uma melhor visão do que realmente são e do que representam, sou completamente apaixonado por clássicos da literatura, principalmente brasileira, e sei que isso veio dessa "obrigação" de anos atrás ou nunca nem teria descoberto. Os clássicos devem sim ser dados como sugestão, mas com uma forma que nos faça entender o porquê de estar lendo aquilo. Vídeo maravilhoso e super necessário!
Tenho 16 anos e até os meus 14 não tinha o hábito da leitura , hábito esse que adquiri durante a pandemia . Comecei a ler com Agatha Cristhie e realmente foi a escritora que me fez tomar gosto pela literatura. Conforme fui lendo outros livros , cheguei aos mais clássicos como Eça de Queiroz e Machado , leituras que encontrei grande dificuldade no começo , porém como partiu de mim mesma , a experiência foi bem mais agradável doq se tivesse sido algo imposto pelo colégio . Mesmo assim , concordo com vc Isa , a escola não incentivar o conhecimento de obras primas é como se estivesse sendo colocada de lado uma parte de nossa história .
Perfeito. Se não na escola quando se dará o contato com os clássicos? Não quero bancar a "diferentona" mas eu li na adolescência, O guarani, Dom Casmurro, O cortiço, O tronco do Ipê, Iracema, e tantos outros nacionais, A moreninha, A mão e a luva, li Monteiro Lobato, José de Alencar e gostava. Claro que não entendia a profundidade da obra, mas foi esse primeiro contato que me levaram a reler depois de mais velha e a querer procurar outras obras clássicas. Quem sabe outros jovens possam gostar e sentir que não é a obrigação, não é a chatice, é a oportunidade de conhecer, de viajar no mundo da leitura, de superar a dificuldade da linguagem inicial e sentir o clima do livro. Talvez quem esteja passando os livros não esteja repassando a mágica que é ler uma bela história, e escrita na nossa língua. E que belo é o nosso português.
uma releitura seria MARAVILHOSOOOO, Isa eu estou no ensino médio mas eu fiquei babando por essas edições e dá ainda mais vontade de ler esses clássicos da literatura brasileira!!
Amei Isa!! Já tinha visto essas edições mas não sabia que eram assim, sempre achei difícil encontrar alguma boa para a leitura dos nossos clássicos! Ótimo vídeo!
Olá Isa, adoro o seu canal e, como professora de português, em Portugal, uso os seus vídeos para motivar os meus alunos para a leitura e para as apresentações orais que têm de fazer. Pessoalmente, não perco as suas resenhas, sempre apaixonantes. Gostava de ter acesso aos livros da pandabooks, mas o link não reencaminha para a página...
Isso aconteceu comigo no ensino médio com Vidas Secas. Não gostei, não entendi, não tinha maturidade, parei na metade. Depois, na faculdade, li completo, já reli e hoje é um dos meus favoritos. Tudo no seu tempo.
Gostei muito dessa edição. Eu tenho 30 anos, e comprei alguns clássicos nacional para reler, foi pela editora Principis, não gostei do papel mas foi barato, eu não lembro quase nada da época da escola quero reler e ler os que eu não li , quero melhorar meu português rs.
Adorei o vídeo. Eu também estou relendo os livros que li no ensino médio e estou descobrindo milhões de coisas que passaram batido tanto pela falta de experiência quanto pela pressa e falta de atenção por ter que estudar mil matérias de uma vez. O prazer é muito maior agora. Eu adoraria que você fizesse re-resenhas dos livros que já fez se recebesse novas edições. Eu compro as edições que você indica.
Confesso que li muitos resumos. Por mais que eu quisesse ler alguma obra por muito tempo eu não podia, porque eu estudava em uma escola que exigia muito do aluno e tinha prova quase toda semana. Se eu parasse pra ler um livro numa tarde iria me prejudicar em outras matérias. Só agora estou lendo todos os livros inteiramente. Reli Dom Casmurro e comecei agora O Crime do Padre Amaro. Quero já terminar para ler Memórias Póstumas de Brás Cubas pois confesso que não tenho a minima ideia do que se trata rs Descobri também que muitos contos da Clarice Lispecto que sempre estavam nas minhas provas se encontrava em uma coleção da autora e de certa forma é uma situação muito engraçada. Meu deu uma nostalgia e essa sensação é muito única, indescritível.
Ah, eu me lembro de amar Álvares de Azevedo na época da escola, também adorava os trechos de literatura angolana que a minha professora nos propunha a ler. Óbvio que isso está longe de ser a regra, mas minha amiga adorava " O cortiço" também. Acho meio complicado já ir supondo que ninguém vai gostar de ler aquilo, a maioria dos adolescentes não gosta da maior parte das matérias mesmo. Mas sempre tem um ou outro que acaba sendo fisgado por algo ali. A apresentação dessas obras pode ser feita de maneira mais gradativa e cuidadosa, mostrando a importância delas. Quando me falaram sobre Vidas secas, eu fiquei encantada com o livro. Por isso sou contra a exclusão delas e fiquei feliz por você ter falado disso no vídeo. Eu li até os livros obrigatórios que eram citados nos livros que lia, como Hamlet, O Homem invisível e O apanhador No Campo de Centeio. K
Que edições maravilhosas, Isa! Adorei! Sou professora de literatura e, de fato, levar a literatura aos alunos de uma forma diferente, que chame a atenção e façam com que eles tenham o gosto pela leitura é um grande desafio, mas não é impossível! Inclusive, sempre digo que o booktuber é uma excelente forma de instigar a leitura dos jovens. Sobre o fato de ler os clássicos na escola, acredito muito que uma boa mediação por parte do professor faz toda a diferença!
Uma releitura é considerável, porque sempre descobrimos algo que de repente passou despercebido. Comigo isso é redundante. E Vc é novinha sim, minha querida. Abraço e parabéns pela formação e pelo trabalho que faz que tanto nos auxilia. Bj
Eu tenho uma edição de dom casmurro que ainda não li, mas pretendo ler. Eu acho que deveriam estimular os estudantes a ler com livros como, Frankenstein, Harry Potter, Sherlock Holmes, mas é claro que também é preciso valorizar os clássicos da nossa literatura
Oriundo de família pobre, sempre estudei em escolas públicas que sequer possuíam biblioteca. Contudo, interessei-me pela leitura assim que fui alfabetizado. Li de tudo desde então, de clássicos infantis, infanto-juvenil, policiais, praticamente toda a série Vaga-lume, Monteiro Lobato, literatura estrangeira e, especialmente, os grandes clássicos da Língua Portuguesa... Tudo isso em livros retirados na biblioteca pública de minha pequenina cidade (Campestre-MG). Pode até ser que eu não os compreendesse completamente, mas nossos grandes clássicos, eu os li na pré-adolescência e adolescência, por livre e espontânea vontade. E gostei de todos! Era uma fase de minha vida sem televisão, sem computadores e internet, em que meu entretenimento era a leitura, inclusive à luz de lamparina à querosene.
Fui obrigada a ler Iracema na escola e foi péssimo mesmo já tendo o hábito de leitura, abandonei o livro na metade e li um resumo, hoje em dia reconheço a importância e tenho muita vontade de ler a obra.
Em Portugal lemos os Lusíadas com 14 ou 15, talvez seja o mesmo que os ingleses quando lêem Shakespeare com a mesma idade, é bem mais difícil que o dom casmurro... com 16 ou 17 passamos para Eça de Queiroz e Saramago e adorei a experiência, foi bem mais fácil e a idade era outra
Eu li vários clássicos na 8 série: Escrava Isaura, Dom Casmurro, Mar Morto e muitos outros. Não me arrependo de ter lido. Eu amei todos, apesar da dificuldade com a escrita. Hoje eu sou professor de Língua Portuguesa/Literatura graças a professora Lívia. Eu já li 4 ou 5 vezes Memórias Póstumas. Eu amo este livro. É sensacional! Vou comprar esta edição que realmente é linda. Já tenho Iracema e O cortiço que também estou relendo. Espero que a editora Carambaia lance uma nova edição de Dom Casmurro.
Que D+! adorei estas edições!! eu tenho trauma até hoje de José de Alencar... na época do colégio fui obrigada a ler Lusíadas, Dom Casmurro, Meu pé de laranja lima e uma infinidade de clássicos, mas José de Alencar era meu calcanhar de aquiles, e pior, naquela época não existia nem computador, quanto mais internet... a saída era só a enciclopédia Barsa... grata por divulgar. abçs e sucesso
Releituras podem ser uma boa ideia. Afinal, não sei se todos são assim, mas parece que sempre que releio um livro vejo coisas e entendo coisas que da primeira vez não tinha visto ou entendido.
Gostei muito da coleção! A editora arrasou na publicação dessas obras! :D Eu ainda quero ver uma publicação da Isabela Lubrano com essas resenhas de obras clássicas. A releitura, também, vai ser sensacional!!! Eu sempre indico o canal para os meus alunos/as e colegas de trabalho, justamente pelo bem que faz à comunidade, seja incentivando o gosto pela leitura, seja trazendo informações bacanas sobre o contexto das obras, ou mesmo como entretenimento e diversão. Parabéns!
e pra falar a verdade eu gostei muito do Machado e os outros clássicos desde o primeiro momento hehehe não passei por essa dificuldade... eu já ficava toda entusiasmada hehehe além da PandaBooks tem também uma Coleção da MODERNA que faz um trabalho bem parecido com comentários do Antônio de Alcantara Machado. muito muito bom
Li o título do vídeo e na hora me lembrei de uma prova de literatura da 5ª série, quando eu tinha 10/11 anos em que o livro estudado foi Dom Casmurro, e do ranço que eu tomei da linguagem usada e de tanto floreio! Hoje em dia tenho curiosidade de reler, porquê sei que terei um olhar mais maduro e confiante sobre a escrita, mas foi uma experiência MUITO ruim na época. Mas eu estava no Fundamental II! Em se tratando de Ensino Médio, não é lá das leituras mais problemáticas não.
Sendo realista, a probabilidade maior é de que a pessoa ao começar a ler livros por Machado de Assis na escola, nunca mais queira ler nenhum livro na vida (como acontece com a maioria das pessoas).
Abandonei O CORTIÇO 2 vezes, amo JOSÉ DE ALENCAR, só entrei em uma biblioteca aos 11 anos e foi amor. Minhas primeiras leituras foi da coleção vagalume, na infância ñ tive a sorte de ter livros. Adorei essas edições q você apresentou. Isa você é muito abençoada!
Nossa! To muito feliz por vc Isa ter respondido minha pegunta. Vc falou tudo o que eu penso. Na época da escola eu li obrigada Capitaes da Areia, Memorias de um Sargento de Milicias, Noite na Taverna entre outros, eu eu gostei. Desses principalmente. É uma questao de gosto. Tem gente q gosta e tem gente que nao gosta de ler. Eu sempre amei ler. Mas confesso q alguns desses classicos sao dificeis e chatos e tem q ter uma certa maturidade para enterder tudo. Acredito q professores tem q mudar a forma de dar aula. Torna las mais dinamicas e.divertidas. Editoras devem caprichar em suas edicoes. Como fez a Panda Books. Uma boa edicao favorece mais pra uma leitura mais fluida. Eu entendo a importancia dos classicoa brasileiros e q devemos dar uma chance, mas temos q ter cuidado. Dar.tempo ao tempo. Quem diz q nao.gosta d ler é porque nao achou o livro certo. Bjs Isa. Parabens pelo seu trabalho. Amo demais seu canal.
Cá estou eu, uma adolescente de 16 anos cursando o 2º ano do ensino médio e sendo ^obrigada^ a ler clássicos. Leio bastante, desde a minha infância, sei das belíssimas obras brasileiras e realmente é muito chato ter que ler por *obrigação*. Mas, já li Os miseráveis, Dom Quixote e A megera domada. Atualmente estou tentando ler Dom casmurro, e minha digníssima professora colocou um prazo de menos de 1 mês para lermos Iracema. Sem dúvidas optarei por essa edição da Panda books, muito obrigada por suas dicas de sempre!
Uma amiga minha dos tempos de ginásio foi fazer 1 ano de intercâmbio nos USA e a literatura obrigatória lá pro SAT um tipo de vestibular deles incluia Ivanhoé e O Grande Gatsby
Isa, pra mim foi traumático ler Til, do José de Alencar. Confesso que até hoje tenho medo kkkkk em compensação, o cortiço, que no ensino médio eu detestei, aos 18 anos se tornou um dos livros mais importantes da minha vida, assim como muitos outros que reli posteriormente. Clássicos na escola sao fundamentais!
Eu tive formação técnica, o que aprendi foi o português instrumental. Eu li Machado de Assis recentemente pela primeira vez. Foi O alienista, depois de uma tentativa fracassada com Dom Casmurro.
Eu adorei ter sido "obrigada" a ler clássicos no ensino médio. Dom Casmurro foi um dos escolhidos e se tornou queridinho na época. E quando releio, nossa, o acho mais incrível ainda.💙 Me lembro que o primeiro foi Iracema e não havia gostado. Mas no entanto fui lendo outros e amando. Comecei a ler Clarice Lispector depois de adulta e estou completamente apaixonada. Ótimo vídeo.
Isa, Eu li Dom Casmurro aos 13. Li Memórias póstumas de Brás Cubas aos 14. E vários outros clássicos não pq a escola pedia mas pq eu tinha um irmão mais velho e eu ficava curiosa pra ler. Gostei muito de lê-los naquela época apesar de não ter a maturidade que tenho hoje. Então, existem exceções 😉
Memórias de um sargento de milícias é uma maravilha, foi até o que terminei em menos tempo... Eu li essa mesma edição de Iracema que você acha a capa 'medonha'. Iracema foi o único livro de Alencar que eu gostei.
Isa e seus livros de capas emblemáticas, hahaha! Mas tá, indo ao assunto do vídeo, eu não dava por Machado de Assis - até ler Memórias Póstumas, rs. Depois disso, ele se tornou um dos meus escritores preferidos. Que homem!
Não tive uma boa formação no ensino médio, mas tive a sorte de fazer um cursinho pré vestibular, que disponibilizava os resumos dos livros cobrados pela Fuvest... Os resumos eram bem completos e os tenho até hoje! A partir dessas leituras, me apaixonei por Fernando Pessoa e seus heterônimos, principalmente pelos poemas de Álvaro de Campos... me divertiu muito! Os clássicos são difíceis, mais com jeitinho, de repente os adolescentes podem curtir.
Aqui vai um apelo: se essa editora é capaz de fazer com que a leitura de Iracema seja prazerosa , então faça me o favor de relançar o livro Macunaíma de Mário de Andrade, pois talvez na quarta leitura eu possa encontrar uma pequena satisfação em ler e compreender plenamente este livro. Desde já grato com a editora e chateado com o autor.
Oi Isabela, tudo bem? Conheci seu canal recentimente, mais ja fiquei muito emocionado. Vc transmiti muito mais que resumos e sim seu conhecimento. Dom casmurro trabalhamos no projeto CIRCULO DE LEITURA desenvolvido no CEARÁ. Machado de assim é fascinante. O objetivo do projeto é trabalhar o lado socio-emocional dos alunos. E Bento Santiago observamos claramente. A mente do ser humano é fascinante e até onde ela pode nos levar. E a partir da leitura, começamos debater com os alunos, nossa, vc n tem ideia como é massa nossos debates. Enfim, so gostaria de compartilhar
Tenho 14 anos e minha escola já me apresentou a várias obras clássicas brasileiras.... Os professores foram ao pouco... Primeiramente lendo com a gnt e depois deixando que fossemos lendo sozinhos. Hoje em dia já li vários clássicos e foi sem sofrimento e me fez amar a leitura, e principalmente amar a literatura brasileira.
Isa, essas edições que vc mostrou e seu encanto com elas mostram algo que poderia ajudar a motivar os adolescentes a lerem clássicos: contextualização. Infelizmente, muita gente encara o ensino no Brasil como uma coisa engessada, onde os alunos estão lá pra aprender e os professores pra ensinar apenas aquilo que tá ali pré-determinado através de um material didático pobre de conteúdo. O que a gente precisa é disso, de ferramentas que possibilitem aos alunos não só lerem, mas entenderem o que estão lendo. Seria legal ter material de apoio, quem sabe grupos de estudos das obras, pra poder ir além de ler pela obrigação. Tive uma experiência muito legal quando estava no ensino médio que foi um concurso de literatura da Nestlé, em que eram enviados 5 livros diversos dentro de um tema e um material de apoio com atividades a respeito desse tema. Foi ali que comecei a entender o que eu lia, porque tive um suporte da professora pra isso. Enfim, me alonguei no comentário mas é porque esse assunto rende. :)
Isabela, que vídeo necessário! Uma questão para o ensino de literatura (no Ensino Médio, como você pontuou) é a mediação de leitura. Nós passamos por 3 fases de ensino de leitura durante a educação básica: Ensino Fundamental 1ª fase, quando ensinamos as crianças o ritmo, a sonoridade, a brincadeira com as palavras, enfim, ensinamos as crianças a se encantarem com a literatura; 2ª fase, quando em muitos casos a literatura é abandonada, sendo trabalhada apenas pontualmente e iniciando a criança aos estudos da forma do texto; Ensino médio, momento em que "é pra valer", quando se discute uma enormidade de textos literários. O grande problema está principalmente no percurso de leitura durante as fases da escolarização. Na 2ª fase do Ensino Fundamental a criança praticamente aprende a desgostar de ler, tendo em vista o excesso de formalização do ensino. No fim da educação básica, muitos docentes tratam o texto como se fosse dotado de uma transparência, que basta você ler para gostar. E não é bem assim. Uma edição como essa que você mostrou ajuda e muito na leiutra, mas não prescinde a mediação docente. Precisamos ensinar o/a adolescente a gostar de ler, a ser envolvido pela literatura, a se divertir com a fina ironia de Machado de Assis, a se deslumbrar com o trabalho com a linguagem de Pe. Vieira e Gregório de Matos. Acho uma audácia dizer que Mário de Andrade é irônico sem mostrar onde há a ironia, que Clarice Lispector tem uma linguagem muito poética sem evidenciar a fineza do trabalho com a linguagem. Façamos o texto literário voltar para a sala de aula, discutamos não só o enredo, também o trabalho com a linguagem, as referências intertextuais, a visão política impressa nos textos etc. O gosto pela leitura é ensinado!
Estudei numa escola publica q nem biblioteca tinha, mas minha professora de português q trazia sacolas cheias de livros que ela tinha pra emprestar para os alunos, o que despertou meu gosto para a leitura, obg D. Maria Helena ....por mais professores assim no Brasil.
Que legal cara.
Que professora!
grande mulher!
Parabéns a essa professora. Tiro meu chapéu p ela
Eu ouço essas coisas e choro muito.😭
Queria puder contribuir como ela um dia.💕🙏
Tem gente que chega no ensino médio sem nunca ter lido um livro na vida, então a pessoa já não tem o hábito de leitura e começa a ler um livro por obrigação, é lógico que não vai gostar.
Imagina uma pessoa dessa saindo do Ensino Médio sem nunca ter lido Machado de Assis? Na minha opinião tratar-se-ia de um analfabeto funcional!
Bruno C. Mas aí é que está. O problema não é passar Machado de Assis no ensino médio, o problema vem antes, da falta do hábito de leitura do brasileiro.
Bruno C. Então minha sala saiu analfabeta (li Dom Casmurro no terceiro ano porque senti vergonha de não ter lido), minha amiga achou senhora chato, eu praticamente engoli o livro
Tem gente que faz ensino fundamental, ensino médio, faculdade e nunca leu um livro de literatura . Meu irmão, por exemplo, leu apenas um livro técnico de Futsal e outro chamado "Os segredos da Máquina", que é um livro sobre o Cristiano Ronaldo. Como ele disse uma vez "literatura não serve pra merda nenhuma".
Eu estou cursando já o 3 ano do ensino médio, e só agora comecei a tomar gosto por leitura, e hj eu tô lendo um livro atrás do outro, sem parar acabo um e já começo outra, já tô apaixonado pela leitura, principalmente a literatura brasileira que para mim é riquíssima.
Não precisei ler Dom Casmurro na escola e até que não foi algo ruim, porque lendo hoje, por vontade própria, eu pude realmente gostar e me surpreender com a facilidade que foi para ler, diferente do que seria se tivesse sido obrigada, como tantas outras obras que acabei achando cansativas
@Dona Chica estou lendo agr pra escola e n tô achando nada maçante (ben divertido, por sinal), maçante pra mim é José de Alencar, Machado é um escritor contemporâneo comparado a ele
Falando em Hamlet, uma resenha da peça seria muito bem vinda!
Lembro-me de quando estava no sétimo ano, eu queria ler Dom Casmurro, por conta da curiosidade a respeito do debate sobre a possível traição de Capitu.
Minha professora de língua portuguesa disse-me que o livro era de linguagem difícil, então eu desanimei de ler.
Ano passado, no terceiro ano do ensino médio, resolvi ler o dito livro - por conta própria, já que na minha escola não existiam leituras obrigatórias - e simplesmente amei.
Provavelmente se eu o tivesse lido no ensino fundamental, não teria compreendido, muito menos gostado.
De fato, o interesse despertado e entendimento do livro está ligado diretamente com a faixa etária do leitor, e à realidade em que ele está inserido.
Dizem por aí e já ouvi por algumas vezes que ler Machado é algo pra adultos. Não que alguém mais jovem não possa entender, mas a reflexão realista machadiana de fato é algo pra quando o córtex pré-frontal já está desenvolvido. Leia maia vezes e depois dos 25 anos e a reflexão sempre aumenta. Melhora quando você entende de história e a cultura da época pois isso influencia diretamente o comportamento e a psicologia da época.
E a existência do Ler Antes de Morrer está tornando a minha experiência maravilhosa e nenhum um pouco traumatizante, sinto a emoção quando o professor pede leituras como Grande Sertão: Veredas pois dependendo da resenha e de sua empolgação quero cada vez mais desfrutar de tais obras. Obrigada, Isabela!
As pessoas esquecem que antes de ler de maneira aprofundada e absorver obras mais densas, você precisa adquirir o gosto por leitura.
Estudei em escola publica que infelizmente nunca incentivou a leitura, nem se comentava sobre. Minha mae lia muitos livrinhos de romance, aqueles Julia, Sabrina, Bianca etc. Achava legal o interesse dela mas nao tinha dinheiro pra comprar entao fiz cadastro na bibiblioteca da cidade onde vivo e comecei a ler com uns 15 anos(hoje com 42), lia de tudo, filosofia, ciencia, romance, ficcao, biografia....
Hoje gosto muito dos classicos como Kafka, Dostoievski, Tolstoi, Machado de Assis, e livros de sociologia, psicanalise e politica. Gosto muito das suas resenhas Isabella, parabens!
Eu tive uma certa facilidade com Dom casmurro, minha querida professora de português na época me incumbiu de escrever uma pequena peça sobre o julgamento de Capitu, eu estava no 1 ano do ensino médio. Acabei lendo o livro duas vezes, a peça foi um sucesso (foi apresentada cerca de 5 vezes em diferentes ocasiões). E foi assim que me apaixonei por Machado de Assis, sem dúvida um dos meus favoritos...
Eu era do time que gostava dos livros sugeridos rss ..Queremos releitura!!! 😊
Uma vez estava vendo uma palestra do professor Pier e ele disse algo interessante. Ele falava que crianças e adolescentes precisam de literatura que os inspire, que os os faça almejar alguma coisa. E ele estava falando que a literatura clássica em língua portuguesa não proporciona inspiração. Ele usa o exemplo de Dom Casmurro. Qual a inspiração que um personagem como Dom Casmurro oferece para um jovem? (ser um velho ranzinza, mal humorado e meio amalucado?).
Quanto a possibilidade de uma pessoa que não foi apresentada aos livros clássicos na escola procurar por estes autores fora dela, creio que é mais fácil alguém que nunca leu Machado na escola procurar por ele fora da instituição de ensino do que alguém que leu Dom Casmurro ou Memórias Póstumas no colégio fazer isso, já que a maioria dos alunos que leram essas obras na escola acabaram traumatizados.
Na minha experiência pessoal, por exemplo, tive que ler A Cidade e as Serras, de Eça de Queiros, na escola. Foi o livro mais chato que já li na minha vida. Até hoje não quero nem me aproximar dele de novo. Entretanto, alguns anos depois, interessei-me por O Crime do Padre Amaro e decidi que iria lê-lo. Não sabia que era uma obra do Eça. Quando descobri este fato quase desisti de ler o livro. Só de pensar em Eça de Queiros a pele ja arrepiava. No entanto, teimei e li. Gostei do livro. Neste exato momento, estou lendo o terceiro livro do Eça da minha vida. Agora a obra é O Primo Basílio. Estou gostando, mas mesmo depois de ter passado pelo Crime do Padre Amaro e ter gostado, ainda tenho aquele pé atrás com o autor.
Apesar dessa ser uma história de superação, em que detestei um autor, mas dei uma segunda e uma terceira chance para ele e acabei gostando, atribuo isso a uma atitude muito simples que tive ainda aos 15 anos, quando estava no ensino médio. Eu só lia os livros que eu queria na escola. Podia ter prova, podia ter trabalho, podia ter o que fosse. Se eu não gostasse do livro, não lia. Foi assim que acabei lendo obras como Dom Casmurro, Memórias de um Sargento de Milicias, Capitães da Areia (esse eu nem era obrigado a ler de verdade) e O Auto da Barca do Inferno, entre outros, e acabei gostando. Sim, eu gostei desse livro, pois apliquei a eles esse critério, se me agrava lia se não agradava não lia. Foi sob essa mesma ótica que livros como Iracema, O Triste Fim de Policarpo Quaresma e Contos de Machado de Assis ficaram para trás. Não gostei deles, por isso, não. Somente anos depois, quando me senti preparado, peguei Iracema de novo e li. Gostei.
É difícil compararmos os clássicos entre as línguas. Afinal, se formos pensar no inglês, O Hobbit e Senhor dos Anéis também são clássicos e são exigidos pelas escolas americanas ou britânicas. Qual obra em língua portuguesa podemos equiparar a títulos como esses em que existem heróis que lutam pelo bem e pela justiça e que visam derrotar o mal? Na verdade, onde estão os heróis da nossa literatura? Pelo que me lembro, nos fartamos de anti-heróis (Dom Casmurro, Leonardinho (Sargento de Milícias, Pedro Bala (Capitães da Areia), Policarpo Quaresma...) Todos malandros, todos tentando justificar suas atitudes questionáveis. Complicado.
A sensação é que a literatura em língua portuguesa sempre quis fazer tantas críticas a tudo e a todos que se esqueceu da principal função dela. A raiz da literatura é divertir. Afinal, para que eram contas as histórias na idade idade da pedra? Ensinar e divertir, mas o ensino vinha como um bônus. A distração e a diversão era a função principal. Oscar Wild disse que toda arte é completamente inútil. Eu diria, no entanto, que quando é feita em língua portuguesa, parece que esta arte tende a querer ser o gatilho de uma transformação que nem sempre lhe cabe.
Felipe P interessante seu ponto de vista. Faz muito sentido, haja vista a massiva preferência por literatura estrangeira que tem essas características que você levantou. Verdade, herói mesmo, que se aproxima do sentido clássico só Peri do Guarani! Muito louco isso. Nunca tinha pensado!
Felipe P muito interessante a sua análise! Penso, também, que a leitura deva ser por prazer! A escolha dos livros diz muito o que estamos sentindo naquele momento nas nossas vidas, quais questões estão nos instigando no momento. Lembrei dos livros infantis do Monteiro Lobato, que tem muita fantasia e mistérios que as crianças gostam muito quando estão aprendendo à ler! Pena que muitos pais não apresentam mais para seus filhos as estórias do Sítio do Pica Pau Amarelo! Trocaram a literatura brasileira por Hobbits e Senhor dos Anéis, Harry Potter etc, que também são livros maravilhosos! Mas devemos valorizar mais a nossa literatura, mesmo achando que tudo que escrevem lá no exterior seja melhor. Não descuidar das nossas raízes, mas também ler literatura estrangeira. Acredito que se as editoras melhorassem as edições do Monteiro Lobato, e divulgassem mais, principalmente nas escolas, fizessem saraus das estórias da Emília e sua turma, ia despertar muito esse prazer nos livros da nossa cultura, a cultura brasileira, tão desprezada hoje em dia. Meu filho está com 17 anos e só se interessa por literatura estrangeira, músicas estrangeiras, sabe inglês melhor que língua portuguesa e quer ir para os EUA! Essa é a geração de hoje, bem diferente da minha geração que gostava dos autores brasileiros e da cultura brasileira! Mas muito interessante a sua análise dos heróis dos livros estrangeiros.
Bom, olha só que engraçado. Nunca tive interesse por esses livros de lingua inglesa, justamente pelo que tu falou, quando fui atrás da leitura de livros nesse idioma, fui pelo caminho contrário.
Nem todo mundo gosta de literatura de fantasias, com jornada do herói e arcos dramáticos mirabolantes.
Não sei se concordo com o que tu disse, que a raiz da literatura é só a diversão/entretenimento. Essas obras são importantes justamente por contarem a história do nosso país.
E um livro, filme, música, pintura ou seja lá o que é uma expressão artística. Muitos não querem escrever só para entreter, muitos fazem o livro justamente pela mensagem que querem passar. Arte pela própria arte.
A única obrigação de um artista é com a própria arte.
Brenda Abreu Estou inclinado a concordar com você. Embora a literatura tenha essa questão do lúdico e da inspiração a questão da denúncia também é muito forte. Eu tenho uma preferência por obras brasileiras mas mesmo as estrangeiros que conheço não têm esse herói inspirador, de Shakespeare até Admirável mundo novo.
Amaury Miranda
Gosto de livros mais humanos, geralmente não leio ficção fantasia.
Mas li todos os livros dá crônicas do gelo e do fogo quando tinha quinze anos. Não excluo nenhuma possibilidade, mas não é o que necessariamente vai me marcar.
É tipo a discussão do "filme arte" vs o "blockbuster". Tem blockbuster bom e tem filme arte bom, vai de gosto, nenhum vai ser necessariamente melhor ou pior que o outro, mais ou menos útil que outro.
São apenas estilos diferentes e é ótimo que seja assim, porque as pessoas são diferentes e gostam de coisas diferentes.
A proposta deveria ser variar e não substituir.
Gostei muito de memórias de um sargento de milicias, li quando tinhas uns doze/treze anos e meu irmão que indicou e tbm gostei de Dom Casmurro que li com a mesma idade, mas na época do vestibular só lia os resumos. Acho que o problema não são os livros, mas a obrigação de ler e o fato de que adolescente é tudo chato mesmo kkk
Siiim, li Metamorfose nas férias do ano passado e tivemos que fazer vários trabalhos sobre a obra na escola, como já tinha lido o livro a pouco tempo não reli e percebi que se tivesse feito isso teria achado muito chato, mesmo tendo gostado de Metamorfose. Aconteceu com Um Certo Capitão Rodrigo, a leitura foi obrigatória e mesmo tendo me interessado pelo livro e não achado a escrita tão difícil de entender, como Dom Casmurro, foi um saco ter que ler obrigada (certeza que se tivesse lido por conta própria acharia mais legal).
Mas acho que as escolas devem nos fazer ler clássicos, vários colegas meus amaram Metamorfose e provavelmente nunca teriam prestado atenção no livro se não precisassem para um trabalho de escola. Meu colégio fez projetos bem legais com as obras, não apenas ter que fazer um resumo ou coisa do tipo, o que motivou mais a leitura, acredito que isso ajuda bastante também.
Só me dei bem com os clássicos muito depois da adolescência. É preciso certo cabedal de vida e de vocabulário e verdadeira maturidade intelectual para se aperceber das realidades marcantes e profundas dessas obras imorredouras. Ótimo vídeo!
Sempre achei essa imposição um grande problema. Nenhum jovem "normal" iria gostar de ser obrigado a ler clássicos logo de cara, mas acho que os alunos precisam ser instigados primeiro e aos poucos serem introduzidos ao mundo da literatura. A verdade é que nas escolas e principalmente dentro de casa, não há incentivo de leitura e quando chega no ensino médio livros difíceis são jogados na nossa cara. Acho importante conhecer essas obras primas, e vejo hoje fora da escola como tantos livros que eu antes odiava, estou conseguindo apreciar e entender. E seu canal também tem me ajudado muito nisso. É realmente um grande desafio paras os educadores instigar seus alunos a ler. Obs: Amei conhecer essa versão de Iracema, sempre foi um dos meus preferidos por incrível que pareça. Rs
Débora Vitório
Com quinze anos (hoje tenho 16), comecei a ler os clássicos. Li primeiro alguns livros de Dostoievski.
O problema não é a leitura dos clássicos, o problema muitas vezes é a forma bisonha que alguns professores conduzem as aulas de literatura. Muitas e muitas vezes o descaso com o conteudo e o apego excessivo ao vestibular era tão grande que muitos alunos simplesmente liam apenas resumos. Outra coisas importante é distinguir obras realmente clássicas, daquelas que tem valor apenas como marco inicial dessa ou daquela escola literária.
Exatamente. Já nos primeiros anos de vida o ideal seria que os pais fizessem leituras para os seus filhos. Penso que essa atitude instigaria as crianças a pelo menos terem curiosidade de aprender a ler para justamente entrar nesse mundo da leitura que seus pais apresentaram. Se os jovens não gostam de ler, a culpa não é deles. Literatura é prazer, deleite e todas essas palavras bonitinhas. Qualquer coisa que nos é imposta torna-se um fardo.
Forte abraço
Ai, ai, ai... geração leite com pera essa aí, hein?
A grande maioria de meus colegas que gostam de ler foram incentivados pelos pais (eu inclusa). Aprendi a ler e a escrever com os gibis da Turma da Mônica, que minha mãe lia para mim, além de ela amar livros e sempre ter vários em casa.
Não tem como cobrar de um adolescente que nunca teve contato com literatura que ele entenda Dom Casmurro e ainda faça um trabalho complexo sobre.
Eu curso Letras, estou no 6° semestre e posso afirmar que tive um ensino fundamental e médio um pouco quanto decadente, principalmente em questão de leitura/literatura. Hoje vejo os efeitos, não é querendo me vitimar rs, porém, muita coisa, muita literatura, vim conhecer a pouco tempo. Por sorte, quando era criança me debruçava sobre os livros infanto-juvenis por conta própria e isso me ajudou a não perder o gosto e o reconhecimento do poder da leitura.
aaaa que maravilha! também quero cursar letras💖
Olá Isabella, boa noite. Cheguei aqui através da Gabi do canal Who's Geek. Adorei a forma como você abordou a importância de se dar uma (mais uma) chance aos clássicos. Saí do ensino médio meio tristinho por ter sido obrigado a ler, e acabei detestando ler qualquer coisa. Só bem depois, com Harry Potter fui recomeçando a gostar de ler, e hoje depois de ver esse vídeo e as dicas dos livros da Panda Books com certeza vou dar mais uma chance para essas obras. Por isso, fica aqui minha gratidão de coração! Um forte abraço. :-D
Por favor fale da próxima vez sobre O CORTIÇO de Aluísio de Azevedo
Concordo! Não é perfeito nosso método, mas se está aí é porque não tem forma melhor... É muito fácil reclamar sem saber a profundidade do problema e, pior, não ter nenhuma solução além de reclamações!
Eu li a maioria desses livros por vontade própria mesmo. Mas eu tenho 45 anos, não tinha internet na minha infância e adolescência. Mas o que me fez ir por esse caminho não foi isso. Minha mãe sempre foi uma apaixonada por leitura e minha casa sempre teve livros ao ponto de ficar uma bagunça. Qualquer tempo livre que ela tinha, ela estava lendo. Isso influenciou muito os filhos, que vendo tamanho interesse dos país, pescaram também. Voltando ao não ter internet, como ler era o passatempo favorito fora brincar com os amigos, os livros acabavam se esgotando e todos em casa saíam lendo tudo que tinha. Aí acabou que qualquer clássico conhecido, eu já li. O ponto aqui é simples: Leiam na frente dos filhos o máximo que puder. Eles vendo o seu amor por livros, terão interesse também. Pode não ser como era antigamente, mas vão ter.
Mas esse video por exemplo, apareceu pra mim justamente porque esses dias me ocorreu que eu nao lembro da maioria das grandes obras que eu já li, e resolvi começar a reler tudo. Dom Casmurro foi a minha primeira escolha. O google então leu meu pensamento e me sugeriu esse video.
Adoraria uma releitura sua de O morro dos ventos uivantes.
Claro! Releituras suas são essenciais!
eu gostei de ler Dom Casmurro aos 15 anos
Artur Villaça Berro! Eu amei!
Eu também, terminei a meia hora com 16 anos.
Um com Memórias póstumas.
*eu
A professora quis que a gente lesse “Senhora” do José de Alencar na sexta série. Incompreensível.
Eu adorei esse livro, li ele com 14 anos ❤ só no ensino médio descobri q era um clássico
Ainda estou no Ensino Médio e esse é exatamente o tipo de assunto que mais discuto com colegas. Tudo só é obrigatório, não tem uma explicação do valor daquela obra, não tem uma contextualização, não tem nada! Dois anos atrás fui obrigado a ler "Senhora" e só de saber que era clássico, já preferi ler um resumo. Hoje em dia, com uma melhor visão do que realmente são e do que representam, sou completamente apaixonado por clássicos da literatura, principalmente brasileira, e sei que isso veio dessa "obrigação" de anos atrás ou nunca nem teria descoberto. Os clássicos devem sim ser dados como sugestão, mas com uma forma que nos faça entender o porquê de estar lendo aquilo. Vídeo maravilhoso e super necessário!
Amei muito muito o vídeo, Isa! Arrasou! Parabéns! Adoro ser sua madrinha! ♥️♥️♥️💙
Sensacional essa editora com notas explicativas, facilita demais a leitura, fantástico!!!!
Boa noite Isa, tem muitos dias q não vejo o canal e notei q antigamente tinha uma aliança ali, sumiu? Parabéns pelo canal, tá ótimo...
Tenho 16 anos e até os meus 14 não tinha o hábito da leitura , hábito esse que adquiri durante a pandemia . Comecei a ler com Agatha Cristhie e realmente foi a escritora que me fez tomar gosto pela literatura. Conforme fui lendo outros livros , cheguei aos mais clássicos como Eça de Queiroz e Machado , leituras que encontrei grande dificuldade no começo , porém como partiu de mim mesma , a experiência foi bem mais agradável doq se tivesse sido algo imposto pelo colégio . Mesmo assim , concordo com vc Isa , a escola não incentivar o conhecimento de obras primas é como se estivesse sendo colocada de lado uma
parte de nossa história .
Perfeito. Se não na escola quando se dará o contato com os clássicos? Não quero bancar a "diferentona" mas eu li na adolescência, O guarani, Dom Casmurro, O cortiço, O tronco do Ipê, Iracema, e tantos outros nacionais, A moreninha, A mão e a luva, li Monteiro Lobato, José de Alencar e gostava. Claro que não entendia a profundidade da obra, mas foi esse primeiro contato que me levaram a reler depois de mais velha e a querer procurar outras obras clássicas. Quem sabe outros jovens possam gostar e sentir que não é a obrigação, não é a chatice, é a oportunidade de conhecer, de viajar no mundo da leitura, de superar a dificuldade da linguagem inicial e sentir o clima do livro. Talvez quem esteja passando os livros não esteja repassando a mágica que é ler uma bela história, e escrita na nossa língua. E que belo é o nosso português.
uma releitura seria MARAVILHOSOOOO, Isa eu estou no ensino médio mas eu fiquei babando por essas edições e dá ainda mais vontade de ler esses clássicos da literatura brasileira!!
ajudaria muito se no nosso tempo existissem edições como essas...
minha esperança é que meus futuros filhos lerão por elas e vão amar
Amei Isa!! Já tinha visto essas edições mas não sabia que eram assim, sempre achei difícil encontrar alguma boa para a leitura dos nossos clássicos! Ótimo vídeo!
Amo Dom casmurro e o alinesta amo muito são meu amadinhos do eterno Machadão❤
Olá Isa, adoro o seu canal e, como professora de português, em Portugal, uso os seus vídeos para motivar os meus alunos para a leitura e para as apresentações orais que têm de fazer. Pessoalmente, não perco as suas resenhas, sempre apaixonantes. Gostava de ter acesso aos livros da pandabooks, mas o link não reencaminha para a página...
Isso aconteceu comigo no ensino médio com Vidas Secas. Não gostei, não entendi, não tinha maturidade, parei na metade. Depois, na faculdade, li completo, já reli e hoje é um dos meus favoritos.
Tudo no seu tempo.
Gostei muito dessa edição.
Eu tenho 30 anos, e comprei alguns clássicos nacional para reler, foi pela editora Principis, não gostei do papel mas foi barato, eu não lembro quase nada da época da escola quero reler e ler os que eu não li , quero melhorar meu português rs.
O Cortiço é bom, gostei muito!! Bjs
Obaaa mais um vídeo
Adorei o vídeo. Eu também estou relendo os livros que li no ensino médio e estou descobrindo milhões de coisas que passaram batido tanto pela falta de experiência quanto pela pressa e falta de atenção por ter que estudar mil matérias de uma vez. O prazer é muito maior agora. Eu adoraria que você fizesse re-resenhas dos livros que já fez se recebesse novas edições. Eu compro as edições que você indica.
Adorei estas versões diferentes. Deveriam ser as lidas pelos estudantes...facilitaria e melhoraria a leitura deles.
Adoro esses vídeos sobre bastidores do mundo editorial, reflexões etc!
Confesso que li muitos resumos. Por mais que eu quisesse ler alguma obra por muito tempo eu não podia, porque eu estudava em uma escola que exigia muito do aluno e tinha prova quase toda semana. Se eu parasse pra ler um livro numa tarde iria me prejudicar em outras matérias. Só agora estou lendo todos os livros inteiramente. Reli Dom Casmurro e comecei agora O Crime do Padre Amaro. Quero já terminar para ler Memórias Póstumas de Brás Cubas pois confesso que não tenho a minima ideia do que se trata rs
Descobri também que muitos contos da Clarice Lispecto que sempre estavam nas minhas provas se encontrava em uma coleção da autora e de certa forma é uma situação muito engraçada. Meu deu uma nostalgia e essa sensação é muito única, indescritível.
Nossa que linda essas edições da editora Panda, vou comprar pro meu filho que esta no 2 do 2 grau.💋💋💋
Ah, eu me lembro de amar Álvares de Azevedo na época da escola, também adorava os trechos de literatura angolana que a minha professora nos propunha a ler.
Óbvio que isso está longe de ser a regra, mas minha amiga adorava " O cortiço" também. Acho meio complicado já ir supondo que ninguém vai gostar de ler aquilo, a maioria dos adolescentes não gosta da maior parte das matérias mesmo. Mas sempre tem um ou outro que acaba sendo fisgado por algo ali.
A apresentação dessas obras pode ser feita de maneira mais gradativa e cuidadosa, mostrando a importância delas. Quando me falaram sobre Vidas secas, eu fiquei encantada com o livro. Por isso sou contra a exclusão delas e fiquei feliz por você ter falado disso no vídeo.
Eu li até os livros obrigatórios que eram citados nos livros que lia, como Hamlet, O Homem invisível e O apanhador No Campo de Centeio. K
Que edições maravilhosas, Isa! Adorei! Sou professora de literatura e, de fato, levar a literatura aos alunos de uma forma diferente, que chame a atenção e façam com que eles tenham o gosto pela leitura é um grande desafio, mas não é impossível! Inclusive, sempre digo que o booktuber é uma excelente forma de instigar a leitura dos jovens. Sobre o fato de ler os clássicos na escola, acredito muito que uma boa mediação por parte do professor faz toda a diferença!
Uma releitura é considerável, porque sempre descobrimos algo que de repente passou despercebido. Comigo isso é redundante. E Vc é novinha sim, minha querida. Abraço e parabéns pela formação e pelo trabalho que faz que tanto nos auxilia. Bj
estou lendo os clássicos agora com 30 anos... Estou adorando e indico para todos... é muito importante os clássicos na adolescência sim...
Eu tenho uma edição de dom casmurro que ainda não li, mas pretendo ler. Eu acho que deveriam estimular os estudantes a ler com livros como, Frankenstein, Harry Potter, Sherlock Holmes, mas é claro que também é preciso valorizar os clássicos da nossa literatura
Oriundo de família pobre, sempre estudei em escolas públicas que sequer possuíam biblioteca. Contudo, interessei-me pela leitura assim que fui alfabetizado. Li de tudo desde então, de clássicos infantis, infanto-juvenil, policiais, praticamente toda a série Vaga-lume, Monteiro Lobato, literatura estrangeira e, especialmente, os grandes clássicos da Língua Portuguesa... Tudo isso em livros retirados na biblioteca pública de minha pequenina cidade (Campestre-MG). Pode até ser que eu não os compreendesse completamente, mas nossos grandes clássicos, eu os li na pré-adolescência e adolescência, por livre e espontânea vontade. E gostei de todos! Era uma fase de minha vida sem televisão, sem computadores e internet, em que meu entretenimento era a leitura, inclusive à luz de lamparina à querosene.
Fui obrigada a ler Iracema na escola e foi péssimo mesmo já tendo o hábito de leitura, abandonei o livro na metade e li um resumo, hoje em dia reconheço a importância e tenho muita vontade de ler a obra.
Em Portugal lemos os Lusíadas com 14 ou 15, talvez seja o mesmo que os ingleses quando lêem Shakespeare com a mesma idade, é bem mais difícil que o dom casmurro... com 16 ou 17 passamos para Eça de Queiroz e Saramago e adorei a experiência, foi bem mais fácil e a idade era outra
Cláudia Correia
Saramago
Eu li vários clássicos na 8 série: Escrava Isaura, Dom Casmurro, Mar Morto e muitos outros. Não me arrependo de ter lido. Eu amei todos, apesar da dificuldade com a escrita. Hoje eu sou professor de Língua Portuguesa/Literatura graças a professora Lívia. Eu já li 4 ou 5 vezes Memórias Póstumas. Eu amo este livro. É sensacional! Vou comprar esta edição que realmente é linda. Já tenho Iracema e O cortiço que também estou relendo. Espero que a editora Carambaia lance uma nova edição de Dom Casmurro.
Muitíssimo obrigada por essa linda contribuição!
Adorei saber dessa coleção da Panda Books com os clássicos! Obrigada! Sou sua fã!
Que D+! adorei estas edições!! eu tenho trauma até hoje de José de Alencar... na época do colégio fui obrigada a ler Lusíadas, Dom Casmurro, Meu pé de laranja lima e uma infinidade de clássicos, mas José de Alencar era meu calcanhar de aquiles, e pior, naquela época não existia nem computador, quanto mais internet... a saída era só a enciclopédia Barsa...
grata por divulgar. abçs e sucesso
Tive muita sorte de ter professores incríveis no Ensino Médio, porque eles me deram motivação pra ler os clássicos! Faz muita diferença também.
No nosso tempo não tinha essas dicas quem dera né Isa ?
“Vinte Mil Léguas Submarinas” merece (E MUITO) uma releitura e uma nova resenha.
Tenho interesse em que você faça algumas releituras. Na verdade, tenho interesse em qualquer coisa que você fizer. :)
Adorei essas novas edições! Já coloquei na minha lista! Obrigada por trazer ao nosso conhecimento! Bjão
Releituras podem ser uma boa ideia. Afinal, não sei se todos são assim, mas parece que sempre que releio um livro vejo coisas e entendo coisas que da primeira vez não tinha visto ou entendido.
Sim ...muito boa essa ideia de refazer as resenhas .....otimo projeto 😍😍😍amando conhecer e aprender sobre autores
Gostei muito da coleção! A editora arrasou na publicação dessas obras! :D Eu ainda quero ver uma publicação da Isabela Lubrano com essas resenhas de obras clássicas. A releitura, também, vai ser sensacional!!! Eu sempre indico o canal para os meus alunos/as e colegas de trabalho, justamente pelo bem que faz à comunidade, seja incentivando o gosto pela leitura, seja trazendo informações bacanas sobre o contexto das obras, ou mesmo como entretenimento e diversão. Parabéns!
Não li Dom Casmurro quando era adolescente, estou tentando agora com 35 anos. Digo tentando porque tá difícil viu? O olho fecha... perseverança!!!
e pra falar a verdade eu gostei muito do Machado e os outros clássicos desde o primeiro momento hehehe não passei por essa dificuldade... eu já ficava toda entusiasmada hehehe além da PandaBooks tem também uma Coleção da MODERNA que faz um trabalho bem parecido com comentários do Antônio de Alcantara Machado. muito muito bom
Li o título do vídeo e na hora me lembrei de uma prova de literatura da 5ª série, quando eu tinha 10/11 anos em que o livro estudado foi Dom Casmurro, e do ranço que eu tomei da linguagem usada e de tanto floreio!
Hoje em dia tenho curiosidade de reler, porquê sei que terei um olhar mais maduro e confiante sobre a escrita, mas foi uma experiência MUITO ruim na época. Mas eu estava no Fundamental II! Em se tratando de Ensino Médio, não é lá das leituras mais problemáticas não.
Sendo realista, a probabilidade maior é de que a pessoa ao começar a ler livros por Machado de Assis na escola, nunca mais queira ler nenhum livro na vida (como acontece com a maioria das pessoas).
Abandonei O CORTIÇO 2 vezes, amo JOSÉ DE ALENCAR, só entrei em uma biblioteca aos 11 anos e foi amor. Minhas primeiras leituras foi da coleção vagalume, na infância ñ tive a sorte de ter livros.
Adorei essas edições q você apresentou.
Isa você é muito abençoada!
Essas novas edições facilita nossa vida
Poderia criar um projeto de releituras, valeu pelas dicas.
Nossa! To muito feliz por vc Isa ter respondido minha pegunta. Vc falou tudo o que eu penso.
Na época da escola eu li obrigada Capitaes da Areia, Memorias de um Sargento de Milicias, Noite na Taverna entre outros, eu eu gostei. Desses principalmente. É uma questao de gosto. Tem gente q gosta e tem gente que nao gosta de ler. Eu sempre amei ler. Mas confesso q alguns desses classicos sao dificeis e chatos e tem q ter uma certa maturidade para enterder tudo. Acredito q professores tem q mudar a forma de dar aula. Torna las mais dinamicas e.divertidas. Editoras devem caprichar em suas edicoes. Como fez a Panda Books. Uma boa edicao favorece mais pra uma leitura mais fluida.
Eu entendo a importancia dos classicoa brasileiros e q devemos dar uma chance, mas temos q ter cuidado. Dar.tempo ao tempo. Quem diz q nao.gosta d ler é porque nao achou o livro certo.
Bjs Isa. Parabens pelo seu trabalho. Amo demais seu canal.
Cá estou eu, uma adolescente de 16 anos cursando o 2º ano do ensino médio e sendo ^obrigada^ a ler clássicos.
Leio bastante, desde a minha infância, sei das belíssimas obras brasileiras e realmente é muito chato ter que ler por *obrigação*.
Mas, já li Os miseráveis, Dom Quixote e A megera domada. Atualmente estou tentando ler Dom casmurro, e minha digníssima professora colocou um prazo de menos de 1 mês para lermos Iracema. Sem dúvidas optarei por essa edição da Panda books, muito obrigada por suas dicas de sempre!
Uma amiga minha dos tempos de ginásio foi fazer 1 ano de intercâmbio nos USA e a literatura obrigatória lá pro SAT um tipo de vestibular deles incluia Ivanhoé e O Grande Gatsby
Isa, pra mim foi traumático ler Til, do José de Alencar. Confesso que até hoje tenho medo kkkkk em compensação, o cortiço, que no ensino médio eu detestei, aos 18 anos se tornou um dos livros mais importantes da minha vida, assim como muitos outros que reli posteriormente.
Clássicos na escola sao fundamentais!
Acho q matei mta aula de LPLB pq nunca ouvi falar de Dom Camurro no ensino médio kkkk. Li esse ano por indicação desse canal💖
Adorei saber da existência desses livros comentados!! Ótima opção para jovens leitores que precisam ler esses clássicos!!
Seria legal ter algumas releituras,por que acho que tem livros que merecem ser relidos.
Eu tive formação técnica, o que aprendi foi o português instrumental. Eu li Machado de Assis recentemente pela primeira vez. Foi O alienista, depois de uma tentativa fracassada com Dom Casmurro.
O certo seria ler toda a obra de Machado de Assis, contos, romances, cartas etc.
Eu adorei ter sido "obrigada" a ler clássicos no ensino médio. Dom Casmurro foi um dos escolhidos e se tornou queridinho na época. E quando releio, nossa, o acho mais incrível ainda.💙
Me lembro que o primeiro foi Iracema e não havia gostado. Mas no entanto fui lendo outros e amando.
Comecei a ler Clarice Lispector depois de adulta e estou completamente apaixonada.
Ótimo vídeo.
Aaaah. E amei estas edições. 😍
Show de bola :-)
Isa,
Eu li Dom Casmurro aos 13. Li Memórias póstumas de Brás Cubas aos 14. E vários outros clássicos não pq a escola pedia mas pq eu tinha um irmão mais velho e eu ficava curiosa pra ler. Gostei muito de lê-los naquela época apesar de não ter a maturidade que tenho hoje. Então, existem exceções 😉
Machado é o maior autor brasileiro de todos os tempos!
Acho super válido uma segunda edição resenhada das obras já apresentadas! ;)
Memórias de um sargento de milícias é uma maravilha, foi até o que terminei em menos tempo...
Eu li essa mesma edição de Iracema que você acha a capa 'medonha'. Iracema foi o único livro de Alencar que eu gostei.
Isa e seus livros de capas emblemáticas, hahaha!
Mas tá, indo ao assunto do vídeo, eu não dava por Machado de Assis - até ler Memórias Póstumas, rs. Depois disso, ele se tornou um dos meus escritores preferidos. Que homem!
Meu deus to desesperada por essas edições da Panda Books
Amo seu trabalho.
Não tive uma boa formação no ensino médio, mas tive a sorte de fazer um cursinho pré vestibular, que disponibilizava os resumos dos livros cobrados pela Fuvest... Os resumos eram bem completos e os tenho até hoje! A partir dessas leituras, me apaixonei por Fernando Pessoa e seus heterônimos, principalmente pelos poemas de Álvaro de Campos... me divertiu muito! Os clássicos são difíceis, mais com jeitinho, de repente os adolescentes podem curtir.
Nossa vc é perfeita em suas palavras! Super concordo!!!
Aqui vai um apelo: se essa editora é capaz de fazer com que a leitura de Iracema seja prazerosa , então faça me o favor de relançar o livro Macunaíma de Mário de Andrade, pois talvez na quarta leitura eu possa encontrar uma pequena satisfação em ler e compreender plenamente este livro. Desde já grato com a editora e chateado com o autor.
Oi Isabela, tudo bem? Conheci seu canal recentimente, mais ja fiquei muito emocionado. Vc transmiti muito mais que resumos e sim seu conhecimento.
Dom casmurro trabalhamos no projeto CIRCULO DE LEITURA desenvolvido no CEARÁ. Machado de assim é fascinante. O objetivo do projeto é trabalhar o lado socio-emocional dos alunos. E Bento Santiago observamos claramente. A mente do ser humano é fascinante e até onde ela pode nos levar. E a partir da leitura, começamos debater com os alunos, nossa, vc n tem ideia como é massa nossos debates. Enfim, so gostaria de compartilhar
Tenho 14 anos e minha escola já me apresentou a várias obras clássicas brasileiras.... Os professores foram ao pouco... Primeiramente lendo com a gnt e depois deixando que fossemos lendo sozinhos. Hoje em dia já li vários clássicos e foi sem sofrimento e me fez amar a leitura, e principalmente amar a literatura brasileira.
Muito bom o vídeo! Apoio a ideia de novas versões de resenhas anteriores, principalmente destes livros da Panda Books.
Isa, essas edições que vc mostrou e seu encanto com elas mostram algo que poderia ajudar a motivar os adolescentes a lerem clássicos: contextualização. Infelizmente, muita gente encara o ensino no Brasil como uma coisa engessada, onde os alunos estão lá pra aprender e os professores pra ensinar apenas aquilo que tá ali pré-determinado através de um material didático pobre de conteúdo. O que a gente precisa é disso, de ferramentas que possibilitem aos alunos não só lerem, mas entenderem o que estão lendo. Seria legal ter material de apoio, quem sabe grupos de estudos das obras, pra poder ir além de ler pela obrigação.
Tive uma experiência muito legal quando estava no ensino médio que foi um concurso de literatura da Nestlé, em que eram enviados 5 livros diversos dentro de um tema e um material de apoio com atividades a respeito desse tema. Foi ali que comecei a entender o que eu lia, porque tive um suporte da professora pra isso.
Enfim, me alonguei no comentário mas é porque esse assunto rende. :)
Isabela, que vídeo necessário!
Uma questão para o ensino de literatura (no Ensino Médio, como você pontuou) é a mediação de leitura. Nós passamos por 3 fases de ensino de leitura durante a educação básica: Ensino Fundamental 1ª fase, quando ensinamos as crianças o ritmo, a sonoridade, a brincadeira com as palavras, enfim, ensinamos as crianças a se encantarem com a literatura; 2ª fase, quando em muitos casos a literatura é abandonada, sendo trabalhada apenas pontualmente e iniciando a criança aos estudos da forma do texto; Ensino médio, momento em que "é pra valer", quando se discute uma enormidade de textos literários. O grande problema está principalmente no percurso de leitura durante as fases da escolarização. Na 2ª fase do Ensino Fundamental a criança praticamente aprende a desgostar de ler, tendo em vista o excesso de formalização do ensino. No fim da educação básica, muitos docentes tratam o texto como se fosse dotado de uma transparência, que basta você ler para gostar. E não é bem assim. Uma edição como essa que você mostrou ajuda e muito na leiutra, mas não prescinde a mediação docente. Precisamos ensinar o/a adolescente a gostar de ler, a ser envolvido pela literatura, a se divertir com a fina ironia de Machado de Assis, a se deslumbrar com o trabalho com a linguagem de Pe. Vieira e Gregório de Matos. Acho uma audácia dizer que Mário de Andrade é irônico sem mostrar onde há a ironia, que Clarice Lispector tem uma linguagem muito poética sem evidenciar a fineza do trabalho com a linguagem. Façamos o texto literário voltar para a sala de aula, discutamos não só o enredo, também o trabalho com a linguagem, as referências intertextuais, a visão política impressa nos textos etc. O gosto pela leitura é ensinado!
Muito interessante essa proposta da Panda Books! Com certeza facilita a leitura, arrasaram!
Beijos :)
Seria ótimo uma releitura das próprias resenhas 😉 eu ia amar!