[TRECHO DA 9a SINFONIA DE BEETHOVEN] TUAS OBRAS TE COROAM (JOYFULL, JOYFULL) - SALMOS E HINOS N.º 70

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  • Опубліковано 21 жов 2024
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    Tuas Obras te Coroam (SH. 70)
    Letra: Henry Van Dyke (1852-1933), 1907
    Tradução: Isaac Nicolau Salum (1913-1993), 1940
    Música: Ludwig Van Beethoven (1770-1827), "Nona Sinfonia (coral)", 1826
    Adaptação: Edward Hodges (1796-1867), 1864
    1. Tuas obras te coroam
    Como um halo de esplendor!
    Astros, anjos, céus entoam
    Hino eterno a ti Senhor!
    Campos, matas, vales, montes,
    Verde outeiro e verde mar,
    Aves e sonoras fontes
    Cantam coro singular!
    2. Nós, mortais, por ti remidos,
    Deus de glória, Deus de amor,
    Corações aos céus erguidos,
    Celebramos teu louvor!
    Revelaste amor profundo,
    Insondável, sem igual,
    Enviando Cristo ao mundo
    A vencer por nós o mal!
    3. Fonte és de alegria e vida,
    És do bem o Inspirador;
    Tua graça nos convida
    A viver em mútuo amor
    Quais alegres peregrinos,
    Sempre em marcha triunfal,
    Cantaremos gratos hinos
    Na jornada até o final! 
    Louvai ao Senhor
    Havia um presbítero que, a cada domingo perguntava ao maestro do coral: “Hoje vamos ter hinos bons?”. Hinos bons, daqueles que davam trabalho aos cantores. Tinham muitas páginas, acompanhamento de órgão, eram de autores famosos, entusiasmavam o coral e emocionavam a congregação. Os “hinos bons” rompiam o cotidiano do hinário comum. Vinham de outras fontes: trechos de óperas famosas com letra adaptada, coros de oratórios, temas de obras corais/sinfônicas, transcrições de obras instrumentais, ou versões corais de melodias solo que muitas vezes vinham de outras liturgias. Não eram do Hinário da Igreja, mas a ele foram acrescentadas e, de tal forma integradas na vida espiritual da comunidade, que foram adotadas pela Igreja e até exiladas de suas obras de origem. Tornaram-se “Hinos bons”, como dizia o presbítero.
    Algumas dessas músicas fizeram um longo e curioso percurso até chegar aos corais protestantes, como o famoso Largo de Handel, ou o Hino do Imperador de Haydn, ou, ainda, o tema do Andante da IV Sonata para órgão de F. Mendelson. Handel enfrentou enorme fracasso na estreia de sua ópera Xerxes em Londres, em 1738, mas a ária que o personagem título canta, saudando a sombra de uma árvore que o abriga do sol escaldante no deserto, Ombra mai fu passou a ser cantada independentemente da ópera, com grande sucesso entre os ingleses que a divulgaram pelo mundo a fora com o nome de Largo de Handel e com as mais variadas adaptações. Quando o maestro Albert Ream edita no Brasil o Largo de Handel, em 1951, já era música obrigatória entre os corais protestantes com a letra Santo é o Senhor.
    Nos últimos anos de vida, Haydn gostava de tocar ao piano uma de suas obras mais queridas: a melodia que ele criara, a partir de uma canção croata, para ser o Hino do Imperador (Que Deus preserve o Imperador Francisco), em 1797, e que se tornou o Hino Austríaco e é hoje o Hino da Alemanha. Aparece em hinários protestantes com o título Áustria e os corais brasileiros a cantam com a letra Altamente os céus proclamam. Haydn gostava tanto dessa melodia que a usou no quarteto para cordas que leva o nome de Quarteto do Imperador. As igrejas também gostam dessa melodia e nem se lembram que se tornou o hino nacional alemão. Ficaram com a emoção do compositor.
    Mendelssohn escreveu seis sonatas para órgão e na IV Sonata compôs um Andante, cujo tema aparece em destaque e com grande força melódica à maneira dos prelúdios corais de Bach. Mendelssohn compôs essa sonata dois anos antes da sua morte e não acompanhou a trajetória de sucesso dessa linda melodia que se separou da Sonata, ganhou letra e harmonia própria e passou a ser cantada nas igrejas protestantes como um hino. No Brasil, essa música é cantada pela primeira vez no Coral Presbiteriano, no ano de 1956, sob a regência de J. W. Faustini, com a letra de Depois que Cristo me salvou.
    Caminhos semelhantes foram percorridos por outras músicas até serem recebidas pelas Igrejas Protestantes, como a canção Die Himmel rühmen dês Ewigen Ehre que Beethoven compôs para um ciclo de seis canções sobre os textos do poeta Gellert - Os céus declaram a glória de Deus - e que chegou ao Brasil na década de 1930, publicada em versão coral, no segundo volume de Coros Sacros, por Arthur Lakschevitz.
    Muitas outras não precisaram percorrer longos caminhos, já estavam em casa, como Jesus Alegria dos Homens de J.S. Bach. Outras ainda foram separadas de obras maiores, como a Nona Sinfonia de Beethoven e Um Réquiem Alemão de Brahms e passaram a soar plenamente integradas à vida musical das Igrejas como se nela tivessem nascido. Adotadas como hinos especiais, atendiam à liturgia e à emoção de cantar em coro músicas tão bonitas.
    Este CD é dedicado a tal lembrança.
    Samuel Kerr - outubro de 2001

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