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Alfredo Oliva
Brazil
Приєднався 30 сер 2013
Canal sobre livros, especialmente aqueles que falam sobre arte, filosofia, religião e história. Postagens inéditas às segundas e quintas, sempre às 19h.
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [16. À longa paz]
HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005].
“O estado de paz não é para Kant um ‘estado natural’. Este seria, ao contrário, um ‘estado de guerra’. O estado de paz deve ser, então, ‘promovido’. Imediatamente depois de ter apresentado os princípios fundamentais à paz perpétua como ‘cidadão do mundo’ ou ‘hospitalidade’, Kant introduz alguns ‘suplementos’. Para a produção da paz perpétua evidentemente não bastam os princípios fundamentais. São precisos, então, os ‘suplementos’. No primeiro suplemento, Kant invoca, de maneira surpreendente, a ‘natureza’. Embora o ‘estado natural’ seja um estado de guerra, a natureza, na condição de ‘grande artista’, nos dá uma ‘garantia da paz perpétua’.” (Posição 971).
“Kant invoca sempre a ‘grande artista natureza’. A razão sozinha é claramente incapaz de realizar a paz perpétua. Ele então faz a natureza socorrer a ‘vontade geral, fundada na razão, respeitada mas impotente na prática’. Na condição de uma ‘grande artista’, realiza coisas opostas entre si. Ela não isola os estados uns diante dos outros. Mas ‘une’ ‘povos’ ‘pelo próprio interesse mútuo’.” (Posição 984).
“O estado de paz não é para Kant um ‘estado natural’. Este seria, ao contrário, um ‘estado de guerra’. O estado de paz deve ser, então, ‘promovido’. Imediatamente depois de ter apresentado os princípios fundamentais à paz perpétua como ‘cidadão do mundo’ ou ‘hospitalidade’, Kant introduz alguns ‘suplementos’. Para a produção da paz perpétua evidentemente não bastam os princípios fundamentais. São precisos, então, os ‘suplementos’. No primeiro suplemento, Kant invoca, de maneira surpreendente, a ‘natureza’. Embora o ‘estado natural’ seja um estado de guerra, a natureza, na condição de ‘grande artista’, nos dá uma ‘garantia da paz perpétua’.” (Posição 971).
“Kant invoca sempre a ‘grande artista natureza’. A razão sozinha é claramente incapaz de realizar a paz perpétua. Ele então faz a natureza socorrer a ‘vontade geral, fundada na razão, respeitada mas impotente na prática’. Na condição de uma ‘grande artista’, realiza coisas opostas entre si. Ela não isola os estados uns diante dos outros. Mas ‘une’ ‘povos’ ‘pelo próprio interesse mútuo’.” (Posição 984).
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. "O andarilho de Nietzsche andarilha em um mundo des-teleologizado, des-teologizado, ou seja, des-localizado. Porque não está a caminho de ‘uma meta final’, pode pela primeira vez olhar ao redor. É, nessa medida, um homo liber, ao não ser refém do último sentido." (Posição 1161). "A forma de existência do ‘andarilho’ nietzscheano não...
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Byung Chul Han • Hiperculturalidade [18. Hiperlog]
HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. "A World Wide Web, a rede mundial de computadores, em certo sentido, transformou o mundo em uma paisagem marítima. Quando se clica no navegador do netscape, aparece um mar noturno com estrelas e farol claro. Navega-se pelo mar infinito de informações. No Word Wide Web as pessoas zarpam, portanto, como se estivessem em alto-mar. Em v...
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Byung Chul Han • Hiperculturalidade [17. Cultura da bondade]
HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. “A conexão hipercultural gera uma variedade intensiva de formas de vida e de percepção. Ela não permite nenhum horizonte de experiência universal, comum, nenhuma regra de relação que tenha validade universal. A adaptação necessária para um ser-com exitoso deve ser construída por um outro caminho." (Posição 1058). "A cortesia também ...
![Byung Chul Han • Hiperculturalidade [15. Apropriação]](http://i.ytimg.com/vi/YghsI9ZxSmM/mqdefault.jpg)
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [15. Apropriação]
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. “Quem se apropria do outro não fica igual. A apropriação estabelece uma transformação do próprio. Nisso consiste a dialética da apropriação. Não apenas o sujeito da apropriação, mas também o outro apropriado se transformam. O processo de apropriação não perpetua o self. Ao contrário, produz diferenças. O outro não é percebido, além ...
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Byung Chul Han • Hiperculturalidade [14. Inter, multi e transculturalidade]
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. "Tanto a interculturalidade como também a multiculturalidade são em diversos sentidos um fenômeno ocidental. Historicamente, estão no contexto do nacionalismo e do colonialismo. Filosoficamente, pressupõem uma essencialização da cultura. A ideia da interculturalidade põe como base da cultura uma ‘essência’. A nacionalização ou etniz...
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Byung Chul Han • Hiperculturalidade [13. Identidade hipercultural]
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. “Não há mais um tempo que seja cumprido por uma bela tessitura de passado, presente e futuro, ou seja, pela história, por um arco de suspensão narrativo. O tempo fica nu, ou seja, despe-se de narrativa. Surge um tempo pontual ou um tempo-acontecimento que não pode conter muito sentido devido à sua falta de horizonte.” (Posição 840)....
![Byung Chul Han • Hiperculturalidade [12. Odradek]](http://i.ytimg.com/vi/xoSPN7ABb4s/mqdefault.jpg)
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [12. Odradek]
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"O ‘Odradek’ de Kafka em ‘A preocupação de um pai de família’ incorpora uma identidade híbrida. Já seu nome remete a sua hibricidade: ‘Uns dizem que a palavra Odradek vem do eslavo e procuram, devido a isso, a comprovação da formação da palavra. Outros julgam que ela vem do alemão, sendo apenas influenciada pelo eslavo’. Também sua aparência é híbrida: ‘À primeira vista, parece um carretel de l...
![Byung Chul Han • Hiperculturalidade [11. Windows e mônadas]](/img/n.gif)
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [11. Windows e mônadas]
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. “Ted Nelson concebeu a ideia do hipertexto como uma prática da liberdade. O hipertexto pode ser interpretado como cifra de uma emancipação universal. A produção de uma ordem linear-hierárquica baseia-se, para Nelson, em uma coerção, em um destructive process [processo destrutivo]. O leitor de um livro convencional deve se subordinar...
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [10. O peregrino e o turista]
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. "O peregrino é uma figura da Pré-modernidade. É por isso que pensadores re-teologizantes, como Heidegger, recorrem a tal figura. Ao ‘ser’ pertence a errância. O ‘estar a caminho’ de Heidegger aponta para uma chegada final, para uma pátria. Está acoplada à ‘origem’ que retira o aqui seguro, disponível. O ‘Caminho do campo’ de Heidegg...
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [9. Desaurificação da cultura]
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. "Em seu texto ‘A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica’, Benjamin atribui a áurea de uma coisa da natureza ou da arte à ‘sua existência única no lugar em que ela se encontra’. A áurea é o brilho, a emissão de um ‘aqui e agora’ particular, que não é reproduzível ali. Se o lugar fosse a ‘ponta da lança’ que reúne e reco...
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [8. A era da comparação]
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. "É certo que Nietzsche é um dos poucos pensadores capazes de captar as vibrações em um panorama, em uma ressonância. Reconheceu de modo evidente que a morte de deus também desencadeava o fim do lugar pensado de modo enfático, uma vez que deus era deus também do lugar. A des-localização da cultura produz uma justaposição de diferente...
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [7. Hifenização da cultura]
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. A hipercultura é mais aberta e adialética do que a cultura híbrida de Bhabha. A ela não faz jus nem o modelo da ponte ou da escada, nem do espaço de negociação. O modelo do rizoma de Deleuze se revela, em contrapartida, como apropriado para descrever determinados aspectos da hipercultura. Tem pleno potencial teórico-cultural. (Posiç...
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [6. Cultura híbrida]
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. “Não é nova a compreensão de que a cultura seja híbrida e impura. A cultura europeia é, segundo Herder, já foi dito aqui, uma ‘planta oriunda de sementes românicas, gregas e árabes’. Ela é bastarda, portanto. O povo grego deve seu surgimento, tal o entendimento de Hegel, a um ‘colluvies’, a uma ‘confluência das mais diversas nações’...
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [5. Fusion food]
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HAN, B, C. Hiperculturalidade. Petrópolis: Vozes, 2019 [2005]. “Ao menos no que diz respeito à alimentação, não haverá unificação da cultura. Ao mecanismo do gosto na condição de sentido, do prazer, pertence a criação de diferenças. A monotonia do idêntico significaria o fim do gosto. Além disso, a nivelação da diferença não seria significativa no que diz respeito à economia do consumo. O hiper...
Byung Chul Han • Hiperculturalidade [4. Eros da conexão]
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Byung Chul Han • Hiperculturalidade [3. Hipertexto e hipercultura]
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Byung Chul Han • Hiperculturalidade [2. Cultura como pátria]
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muito bom vídeo!!!!!
Gratidão! Estou buscando um novo modo de viver e não consigo, assim, esta idéia de ritual de conclusão me ajudará na mudança. Nunca havia pensado nisto.
Tô lendo todas as obras do autor , acho muito Top , alguns livros um pouco densos .
Crise da verdade: as verdades que acreditavamos são mentira.
💚🌱🌳
Excelente 🎉 reflexões sobre nossa era de auto exploração nossa sociedade de Burnout e fadada ao "suicídio do eu" .
🌱🌳💚🌿🌱🌳💚
🌱🌳💚
💚🌱🌳
👏👏
4:00 hahaha.. de novo ele, adorável 😻
Aha..sabia que era um gato, rs.. arranha a cadeira e depois faz um charme. Se fosse um doguinho ja subia no colo sem vacilar.
🌱🌳
Ótima explicação
Adorando ter conhecido esse canal. Gratidão.
Olá, Prof.
Adorei!
Estou encantada com suas "aulas" e suas colocações desse filósofo a quem estou conhecendo e admirando tanto. Obrigada de verdade . E apenas hoje, em outubro de 2024 entro em contato com seu canal. Gratidão.
Professor, um agradecimento carioca! Obrigada pelos seus videos!!!❤
Valeu. Um abraço paulistano.
Realmente o silêncio é sagrado, parabéns pelo trabalho Professor Oliva,questões muito importantes sendo colocadas, examinando grandes obras e linguagem acessível .
Obrigada
Gostei, sou catequista e na escola catequética , falamos sobre esse tema, e nada melhor que um bom livro do Byung.
Muito boa a explicação, parabéns
Muito obrigado!
Gratidão!
Gratidão pela explicação do livro sobre o zen-budismo.
Muitíssimo obrigado pelo ensinamento!
Acho que a crítica é muito voltada às culturas orientais que exploram absurdamente o trabalhador que, além de ter que cumprir a jornada formal, após o serviço, é de praxe participar de um "happy hour" com a equipe toda. Acho que as sociedades ocudentais conseguem separar melhor os ambientes de trabalho e não trabalho.
Gostei muito do seu formato dividido em trilhas. Vou reler o livro e sinto que agora tenho mais embasamento graças so seu conteúdo. Muito obrigada!
❤
❤
Muito bom
obrigada pela aula, professor!
Achei um livro pouco compreensível a primeira vista . Um livro perigoso …..
Gente, que vídeo agradável de ouvir, uma trilha sonora agradável, uma voz agradável, e que narração impecável! Conteúdo muito bem explicado.
Obrigado.
Grata.
Vale a máxima: "Dá pra postar. Convém? Acho que não"😅
Muito obrigado pela ajuda, excelente playlist. Me ajudou imensamente a compreender melhor o Foucault!
Obrigado pelo conteúdo compartilhado.
Excelente explanação professor!
Suas explicações tornam a leitura mais compreensível.
Obrigada.
O fato de ele falar que não vai elaborar um método não significa que não o elaborou. Elaborou. Quanto a crítica que ele faz ao marxismo eu diria que ele estava certo, embora estivesse errado quanto ao seu diagnóstico sobre o exercício de poder não depender da intençã e e quanto a sua aversão ao poder se constituir em hierarquias
Sensacional meu mano, um ótimo professor, obrigado
Muito Boa Iniciativa!!
Eu tenho uma dúvida. Seria essa hiperatividade uma adaptação contemporânea do pensamento luterano, cujo trabalho dignifica o homem?
Talvez.
Grata.
Grata!
A música de fundo me incomoda muito, mas a fala do professor foi muito interessante.
em todos os vídeos suas analises são maravilhosas!