As riquezas mentem
Jesus diz para termos cautela guardando-nos da avareza, da cobiça, da ganância, assim como Ele já tinha dito no verso 1 para nos acautelarmos com a hipocrisia.
Mas neste verso Jesus diz que a vida de qualquer um não consiste na abundância do que possui.
Assim, a verdadeira vida, de acordo com Jesus não está na abundância do que temos.
A palavra vida aqui não é a palavra bios (vida biológica, existência, em contraste com morte), mas a palavra zoe que abrange tudo que faz da vida valer a pena viver, propósito, é mais do que a vida física e natural.
A vida que vale a pena viver, que tem um propósito, que produz paz, alegria, etc., sabemos que é a vida eterna, a vida de Deus.
Mas o que é realmente a vida, ter vida, viver?
A vida não é possuir coisas, a vida é conhecer a Deus e a Jesus (João 17:3).
As riquezas, quaisquer que elas sejam, mentem em relação à vida, pois elas dizem que se as possuirmos vamos viver, vamos ter uma vida verdadeira, mas é mentira.
As riquezas mentem porque nos dizem que se as perdermos perdemos o que a vida nos pode dar, elas dizem ser a nossa vida, elas dizem que se as possuirmos vamos ter vida, vida verdadeira.
Era isso que a herança estava a dizer àquele homem que foi ter com Jesus para que Ele dividisse a herança com o seu irmão (12:13).
O dinheiro, que não é nada em si mesmo, mas o que ele representa, o que podemos obter com ele, é que tem significado, o dinheiro representa valor.
O que valorizamos é aquilo em que gastamos o nosso dinheiro.
Mas as riquezas não são apenas o dinheiro, é tudo aquilo que nos diz que vamos ter vida, vamos viver verdadeiramente se as tivermos, vamos ter significado, pode também ser uma religião, uma posição religiosa.
Mas como todas as riquezas mentem, não dão vida verdadeira, uma religião que se torna uma riqueza, vai também nos mentir e levar-nos a mentir, a ser hipócritas, que é a primeira advertência de Jesus neste capítulo 12 (12:1).