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Eduardo Mariutti
Brazil
Приєднався 13 лип 2006
Este canal surgiu como forma de apoio às atividades de Ensino à Distância na disciplina de História Econômica Geral, do Instituto de Economia da Unicamp por conta da pandemia. Depois ele passou a incorporar a temática das relações internacionais (por conta do programa San Tiago Dantas, que também sou membro); pensamento liberal e cibernética, os temas das minha pesquisas.
Introdução ao Marxismo (parte 1)
O vídeo é o trecho inicial de uma aula aos calouros de economia ministrada em 2021. Versa sobre a relação de Marx com a Economia Política Clássica e apresenta os conceitos centrais do marxismo.
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Відео
Aula 2 - Yuk Hui -Cosmotécnica
Переглядів 1842 місяці тому
Nesta segunda aula discuto o pensamento de Yuk Hui, com ênfase em sua noção de cosmotécnica e seu diagnóstico sobre a crise contemporânea. O vídeo tem uma edição mínima: é uma aula, com pequenos cortes.
Walter Benjamin - Efemerização do suporte e autonomização da imagem.
Переглядів 1804 місяці тому
Este é a primeira parte de um bloco de dois pequenos vídeos sobre a imagem digital e a digitalização. O ponto de partida é a célebre discussão de Walter Benjamin sobre a reprodutibilidade técnica da obra de arte e suas implicações. Isto é, o modo como a fotografia prepara o caminha para a autonomização da imagem, acelerando o processo de efemerização do suporte/substrato que se torna ainda mais...
Automação da Percepção e Inteligência Artificial: parte 1
Переглядів 2515 місяців тому
Esse é o primeiro trecho da aula ministrada no curso de desenvolvimento do IE/Unicamp. O tema central é a relação entre o processo de automação da percepção (nos termos de Paul Virilio) e a Inteligência Artificial, discutindo principalmente, mas não exclusivamente, a abordagem de Matteo Pasquinelli (The Eye of the Master).
aula 1 parte 2: do mecanicismo à entropia.
Переглядів 1648 місяців тому
Parte 2 de 3 da aula inicial do curso CE - 869. Alguns trechos ficaram um pouco truncados pela edição (o tempo da aula é sempre diferente do tempo do UA-cam). A ideia é mostrar como a generalização da máquina-ferramenta, paradoxalmente, possibilitou a crise do mecanicismo, abrindo caminho para a termodinâmica e a transformação na concepção de tempo e de realidade. Esse trecho prepara a próxima ...
Capitalismo, Informação e Vigilância: tecnologias disruptivas, utopias e distopias contemporâneas.
Переглядів 1748 місяців тому
Primeiro trecho da aula 1 do curso. Descrição do curso: A cibernética inaugurou uma nova forma de se pensar a informação e, sobretudo o modo como o mundo orgânico se conecta ao inorgânico. Como os seus pioneiros viviam em um mundo ainda predominantemente mecânico e analógico, o seu impacto prático só foi sentido muito tempo depois, com o surgimento dos computadores com maior capacidade de proce...
O Colóquio Walter Lippmann - parte 1
Переглядів 2129 місяців тому
Por muito tempo se considerou a formação da sociedade Mont Pèlerin em 1947 como um dos marcos mais precoces da constituição do “neoliberalismo”. Porém, esta percepção começou a mudar depois do curso ministrado por Michel Foucault no Collège de France em 1978. Nesta ocasião ele chamou a atenção para a importância do Colóquio Walter Lippmann realizado em Paris em 1938 na reorganização e renovação...
Fascismo, Liberalismo e Socialismo II: a crítica fascista ao liberalismo
Переглядів 26210 місяців тому
Nesse vídeo desenvolvo, em largos traços, o movimento que transformou o liberalismo como um "naturalismo"- i.é., que acreditava na ordem do mercado como um desdobramento natural da limitação do Estado e da definição dos direitos de propriedade - para a defesa da esfera privada como fundamento da liberdade. É exatamente neste aspecto que se centra a crítica do fascismo: a esfera privada produz f...
Fascismo, Liberalismo e Socialismo
Переглядів 27710 місяців тому
O Fascismo surge em grande parte contra o liberalismo, particularmente da defesa da esfera privada como dimensão privilegiada para se pensar e exercer a liberdade. Os fascistas tinham também como antagonistas a maior parte da tradição socialista, especialmente os universalistas, que tinham como horizonte uma humanidade reconciliada com si mesma, una. Este é o ponto de partida deste vídeo, que a...
Economia Política Internacional (Parte III): o Dólar e a construção da ordem liberal no pós-guerra
Переглядів 25111 місяців тому
Parte 3 da aula sobre Economia Política Internacional e EPI no curso de Teoria das RI proferida em 2022 no San Tiago Dantas. O cerne do vídeo é a discussão do livro A Economia Política das Relações Internacionais (Robert Gilpin), aludindo também aos livros de Benjamin Cohen (The Future of the Money, The Geography of Money, The Future of the Dolar) e à teoria da estabilidade hegemônica. A discus...
Economia Política Clássica e Economia Política Internacional (parte 2): a década de 1970
Переглядів 28811 місяців тому
Este é o segundo trecho da aula proferida no San Tiago Dantas no curso de Teoria das RI. Aqui discuto as diferenças entre a Economia Política Internacional britânica e estadunidense, enfatizando o modo como elas tentaram dar conta das transformações da década de 1970. Discuto também a "teoria da estabilidade hegemônica" de Klindleberger e a problematização de Nye, Keohane e Gilpin.
Economia Política Clássica e Economia Política Internacional (Parte I)
Переглядів 81511 місяців тому
Este é o primeiro trecho da minha aluno sobre EPI na PósGraduação em RI no San Tiago Dantas no ano de 2021. Neste vídeo discuto as características gerais da Economia Política Clássica e a crítica "neoclássica" a este estilo de pensamento, ressaltando as tensões entre as concepções formalistas e substantivistas da Economia, bem como a tensão entre ortodoxia e heterodoxia.
ordoliberalismo(parte 4)a questão do fascismo e o projeto franco alemão de construção do liberalismo
Переглядів 18411 місяців тому
Este é o quarto e último vídeo da aula sobre o ordoliberalismo. Trata-se uma resposta a questões levantadas pelos alunos. Discuto o modo como os ordoliberais alemães tiveram de lidar com o fascismo que permanecia enraizado na Europa no imediato pós-segunda guerra mundial. Faço também uma berre alusão ao anarcocapitalismo.
Ordoliberalismo e Biopolítica (parte 3)
Переглядів 17511 місяців тому
Essa é a terceira parte dos vídeos sobre o ordoliberalismo. Tento estabelecer aqui o nexo entre a discussão sobre o Alexander Rüstow e o conceito de biopolítica de Foucault.
Ordoliberalismo parte 2: Alexander Rüstow
Переглядів 27511 місяців тому
Este vídeo é a segunda parte da série sobre o ordoliberalismo. Discuto aqui as ideias de Alexander Rüstow e o modo como elas ajudaram a organizar o ordoliberalismo, enfatizando a ideia contra intuitiva que uma "economia livre" só poderia ser garantida por um "estado forte".
O novo tempo do mundo parte 4 - Vivemos uma crise geral? Uma mudança de sistema?
Переглядів 296Рік тому
O novo tempo do mundo parte 4 - Vivemos uma crise geral? Uma mudança de sistema?
O novo tempo do mundo: parte 3 - O conceito de geocultura.
Переглядів 310Рік тому
O novo tempo do mundo: parte 3 - O conceito de geocultura.
O novo tempo do mundo II: o argumento básico de Paulo Arantes
Переглядів 545Рік тому
O novo tempo do mundo II: o argumento básico de Paulo Arantes
O novo tempo do Mundo: Wallerstein e Braudel
Переглядів 910Рік тому
O novo tempo do Mundo: Wallerstein e Braudel
Alexander Wendt e o Construtivismo (Parte II)
Переглядів 408Рік тому
Alexander Wendt e o Construtivismo (Parte II)
Construtivismo em RI: Alexander Wendt parte 1 (o debate prévio à constituição do construtivismo).
Переглядів 1 тис.Рік тому
Construtivismo em RI: Alexander Wendt parte 1 (o debate prévio à constituição do construtivismo).
Pós-Modernismo e Relações Internacionais - Parte 3 (Gianni Vattimo)
Переглядів 368Рік тому
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Pós-Modernismo e relações internacionais parte I (Fredric Jameson e a virada cultural).
Переглядів 829Рік тому
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Science, Technology & Society studies: regimes escópicos e agenciamentos de vigilância.
Переглядів 60Рік тому
Science, Technology & Society studies: regimes escópicos e agenciamentos de vigilância.
Science, Technology & Society Studies parte I - Tecnologia, vigilância e a crítica do naturalismo
Переглядів 149Рік тому
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Recursividade e Contingência: o tempo bergsoniano e as máquinas aprendizes
Переглядів 223Рік тому
Recursividade e Contingência: o tempo bergsoniano e as máquinas aprendizes
Ótima explicação... Alguma indicação de onde eu possa ler sobre o dilema da escolha?
Olá. Tudo bem o dilema da escolha é o centro da filosofia de Berlin.Leia o duas liberdades que vai te ajudar.
Eduardo , obrigado pela contribuição. O teor das suas aulas, os debates que você traz são raríssimos na internet. Te encorajo a postar mais , isso tem é absolutamente necessário pra pensar o mundo pra alem da polarização dos dias atuais. Fiquei inclusive interessado em saber quem seriam os críticos dessa linha que vc segue , pra ouvir algum contraponto, pois eu na minha absoluta superficialidade tendo a concordar com Td que vc tem trazido . Obrigado
Olá. Eu que agradeço pelo seu tempo e comentário. No caso específico de Yuk Hui, creio que existam vários críticos: praticamente todos os realistas (em filosofia) jamais concordariam com a adesão dele à virada ontológica.
Excelente explicação 👏👏
"Epistemologia é constante, o que varia é a ontologia" Como você dialogaria essa virada ontológica com o realismo crítico de Roy Bhaskar em que a ontologia precede a epistemologia?
A virada ontológica é contra essa visão. Não há precedência
Professor, Economia é próximo a algo como "o eterno* manejo da angústia ou (da paranoia)?" *edit
(Pergunto em função da noção de "bens úteis". Porque não se trata da "lei de oferta e procura" _ mas a tenção gerada pela relação interpessoal diária baseada na dinâmica onde "você quer? é mais caro" certo?)
Caro, em um certo sentido, dá para pensar nesses termos, embora a tradição formal (L. Robbins) etc. rejeitaria. É também gestão da pulsão.
brilhante
Grato
Excelente demais. Livro excepcional
De fato. O livro é brilhante.
Moço pelo amor de deus, onde ta a parte 2?????
Olá Nicolle. Obrigado pelo interesse no canal. Logo sai a parte 2. O software original estava corrompido, mas estou conseguindo recuperar.
Grato pela aula.
Disponha!
Professor, desculpe trazer uma pergunta um tanto fora da discussão proposta aqui, mas acabo de conhecer um autor que insiste na questão das ditas "leis naturais" _ Hans-Hermann Hoppe. A leitura de "Uma Breve História do Homem _ Progresso e Declínio" me deixou uma impressão um tanto desconfortável: a começar pelo viés Malthusiano na localização de conflitos pela escassez; depois relacionando desenvolvimento ao QI... A questão é que minha leitura pode ter tomado um rumo refratário ao autor, e posso deixar de considerar aspectos importantes. O que o Professor teria a dizer sobre Hoppe?
TKS
O Professor trabalha com Maturana?
Sim!! Ele é genial.
Prof. @@EduardoMariutti, se a sociedade humana se constrói na linguagem, conforme Maturana, e se o próprio inconsciente se estrutura como linguagem, conforme Lacan, me parece que que a toca do coelho é bem mais profunda do que jamais imaginamos. A ideia de uma lei "natural" que regula o mercado é uma "malandragem" de discurso, correto? Um sofisma canalha. Até onde isso nos leva?
Eu acho que não há lei natural alguma que regula o mercado. Essa ideia, inclusive, não domina nos bons liberais. Louis Rougier já tinha feito essa crítica ante e sobretudo ao organizar o Colóquio Walter Lippmann. Todo mercado exige alguma arbitragem. Logo, em algum grau, ele é construído.
quanto ao vídeo, a sua questão do homem-ferramenta me faz pensar num papo meio lacaniano de que o homem É a função, não o sujeito. a mulher é sujeito, o homem é ferramenta. algo assim. Eu nao gosto do derrida e do deleuze no anti edipo pq os caras nao se aguentam no linguajar xulo, mas separados blz
excelente
Obrigada pelas aulas no UA-cam professor! é uma oportunidade de quem mora longe poder aprender contigo. Se não for pedir muito, seria possível ter acesso a ementa dessa disciplina especificamente? abraço!
Olá. Claro. Escreva para mariutti@unicamp.br que eu te mando. Abs
opa que maravilha! obrigada, mesmo! :) @@EduardoMariutti
Obrigado pela parte 2, Prof. Suas aulas são excelentes. É fantástico, hoje, aqui do MS, poder acompanhar uma exposição tão boa. Vou tentar fazer a leitura de algumas das obras mencionadas. Um bom professor faz toda a diferença. Valeu.
Agradeço o interesse. Abraços
CARA QUE INCRIVEL ESSA SUA SÉRIE DE VIDEOS! me esclareceu tantas mas tantas coisas!!!
Agradeço o retorno! Grande abraço
Problema interessantíssimo. Professor, ficarei aguardando as próximas aulas.
Caro, assim que tiver tempo edito e subo as próximas aulas
Aulas além dos "economismos" genéricos; seu trabalho é inspirador pra qualquer amante de ciência política
Grato! Logo subo a parte final da aula e as demais.
Prof., obrigado por disponibilizar essa primeira aula. Fantástica capacidade de ensino. Na expectativa pelas próximas aulas.
Olá. Assim que tiver tempo, irei postar as demais aulas. Abraços
Muito bom. E que oratória de milhões.
Obrigado!
Quero reforçar que arrisco expor algumas perguntas aqui, porque considero este espaço algo de valor imenso. Será possível, que a tecnologia serve mesmo à futilidade? Qualquer postagem sobre a luta Popó X Bambam tem uma enxurrada de comentários e aqui, um deserto. Reforço também que não estão escondidas nestas perguntas qualquer demanda por devolutiva. Imagino a agenda corrida do Professor, e evidentemente o grau de atenção cabível aqui. O objetivo deste canal já está atingido, na exposição do conteúdo. Mas o Professor "entrou na chuva"... rs Espero que compreenda minha intenção. Abc
Olá. Penso que ela serve para futilidade, diversão, educação. Tecnologia não é algo neutro, é claro. Mas popó x Bambam é o preço a se pagar...
Meu entendimento foi que (de modo geral) Latour coloca a impossibilidade do avanço do conhecimento, portanto da sociedade (que "precisam" ser uma coisa só), sem o intermédio daquilo que chama de "híbridos". Se este entendimento estiver razoavelmente correto, significa a impossibilidade da redução do mundo aos limites da política reguladora do contrato social. É que Latour faz um "vai e vem" argumentativo, e termino por me sentir como naquele truque dos copos que escondem a ervilha. Não sei mais em qual copo está o argumento.
Latour, de fato é escorregadio. Mas creio que o argumento dele é sólido. Não diria que há uma impossibilidade do avanço do conhecimento, mas que a falaciosa distinção entre natureza e sociedade deixa tudo muito confuso. E sim: a ideia de um contrato social que deixe as coisas e os demais seres vivos de fora é combatida por ele. De forma até um pouco ingênua.
Professor, Qual o ponto de Latour, quando faz a contraposição entre Boyle e Hobbes?
Essa comparação é central. E ele a faz partindo de um livro muito bom (Leviathan and the air-pump - S. Shapin & Schaffer, S.). Latour mostra como os modernos combinam duas práticas distintas. O clássico raciocínio apodítico (Hobbes) e a Doxa (Boyle e a comissão de notáveis da Royal Society). Mas o divertido é que ele mostra como, a despeito do mecanicismo, o raciocínio de Hobbes só envolve homens, enquanto o de Boyle só objetos. Mas com uma novidade: o testemunho dos objetos, fabricado no laboratório, deu ganho de causa a Boyle na questão do vácuo.
Endendi, Prof.@@EduardoMariutti. A leitura voltou a ficar clara. Esse ponto me faz pensar numa questão presente: as pessoas parecem não se importar com dados sobre a questão ecológica, mesmo quando apontam para uma catástrofe eminente. Ainda estamos no mundo de Hobbes e Boyle.
Excelente vídeo para falar sobre estes conceitos de Koselleck, foi o historiador que mais me interessei na graduação de História, e toda a questão do quanto o tempo está cada vez mais veloz, e como o espaço de experiência e o horizonte de expectativa estão cada vez mais próximos, principalmente através da internet, a Sociedade acaba construindo um perigo muito grande, que são os próprios sentimentos, desejos e ideias das pessoas, serem, a partir do constante aumento da velocidade temporal, cada vez mais induzidas a se extremarem, é o que acontece atualmente
Caro, que bom que gostou. Koselleck é um gigante do pensamento.
Muito bom
Caro, obrigado pelo retorno
Professor, eu tenho duas perguntas, se me permite. No livro da Nova Razão, Dardot e Laval também apontam para o keynesianismo no sentido de atribuir uma motivação ao Congresso Lippmann. De fato, o artigo do Keynes que aponta para um "fim" do laissez faire foi relevante para a discussão nos circuitos liberais? A segunda pergunta vai ao encontro do colóquios liberais. Existiram outras reuniões desse porte no espaço entre 1917 e 1929. Uma reunião que discutisse a ascensão dos fascismos durante o processo de subida ao poder desses regimes na Europa?
Olá. Tudo bem? Sim. Keynes foi uma referência sim, especialmente a ideia presente em "o fim do laissez Faire" (publicada em 1926, se não me engano). Eu fiz referência ao Hobson (que não participou do colóquio), pois ele me parece representar melhor os New Liberals. Não conheço nenhuma grande reunião internacional de liberais entre 17 e 29.
Professor, seria possível alguma aproximação entre a posição de Tocqueville e a da Escola de Friburgo ("Ordoliberalismo parte 1", 10'17"), no sentido de um certo "conformismo" diante de um "processo inevitável"?
Olá. Nesse grau de generalidade sim. Inclusive no modo como se deve tentar criar anteparos ao excessos de uma sociedade comercial (Tocqueville não morria de amores pelo mercado, mas percebeu que era uma força incontornável). O curioso é que o ordoliberalismo tem uma dimensão construtiva - tentar fomentar e ao mesmo tempo proteger de suas próprias tendências a concorrência - que é bem menos saliente em Tocqueville.
Grato pela resposta, Prof.@@EduardoMariutti
20 min encostando em 938 mil assuntos diferentes kkkkk achei instigante.. mas merecia um tempo maior de desenvolvimento de cada tópico.
Professor, Qual a posição da Economia numa perspectiva de ausência de escassez? E como entender a Economia em um cenário de "escassez planejada"? Forte abraço e parabéns pelo canal
Obrigado! Não existe economia em um cenário sem escassez. De certo modo, a economia é uma técnica de planejar a vida na escassez. Agora se por "escassez planejada" você está se referindo ao modo como o sistema de propriedades produz escassez, a economia pode nos ajudar a pensar em formas alternativas de organizar a nossa vida (ao estilo "substantivo" do Polanyi). Somos mortais e existe o custo de oportunidade sempre (quando fazemos algo, deixamos de fazer outras coisas). Por isso estamos premidos pela escassez sempre. Logo, sempre haverá "economia". O que não quer dizer que sempre haverá capitalismo.
A pergunta foi exatamente neste sentido, Professor@@EduardoMariutti. Se entendi a resposta, a noção de "economia" extrapola o âmbito das relações comerciais de troca _ quer dizer: a relação entre "dinheiro" e "economia" é quase incidental (claro que esta colocação é um exagero de linguagem), porque as relações "comerciais" são uma das dimensões onde o dilema da "troca" (num sentido amplo) nos é colocado. A lógica do pensamento econômico já aparece quando tenho que escolher entre Bala Chita ou Sete Belo.
Melhor dizendo: o pensamento econômico é prévio à questão do "preço da Bala Chita e da Sete Belo" _ se apresenta no momento do "querer", ou seja: do desejo. Então a tal "Lei de Oferta e Procura", no fundo, é a "Lei da Manipulação do Desejo". Não é uma questão matemática, mas existencial (na verdade, moral). Portanto, ainda que a Ciência Econômica tenha nascido para organizar relações de Mercado, é, antes de mais nada, enraizada no campo Filosófico. Se esse raciocínio estiver certo, significa sugerir que a Economia seria um "ramo" da Filosofia, propriamente dita. Aí pergunto: existe um economista que não trabalha com matemática financeira? Se esse caminho for possível, como aconselhar um vestibulando que considera o Curso de Economia?
Professor... desculpe o devaneio (aliás, tudo bem se nem responder). Mas é legal poder "viajar" em Economia. Não que isso seja bem visto na Faria Lima, claro...
Sinto que convém deixar uma explicação para meu devaneio, porque valorizo este espaço de comunicação e, já que minha demanda não deixa de representar um problema Econômico ("porque vou dar atenção pra esse cara, se minha agenda tá corrida?"), que pelo menos haja uma contrapartida, em termos de respeito e consideração. Ocorre que, além do meu interesse pessoal pelos temas que o Professor disponibiliza através deste canal, meu filho está em vias de prestar Vestibular, mas completamente perdido na escolha do curso . Nas conversas que temos, ele mostra bastante interesse por esse lado "filosófico" (se é que posso chamar assim) da Economia, mas matemática não é bem a praia dele. Então queira perdoar o alongamento da conversa. Não vai aqui qualquer intenção de tomar-lhe o tempo de forma inconveniente. Se o Professor puder rir disso tudo, seria um alívio. Forte abraço
canal mágico.. Excelente.
Grato!!
excelente video.Gostei da abordagem do livro jamais fomos modernos, porém achei que faltou aprofundar o entendimento por que não somos modernos?
Olá. O argumento básico e provocativo de Latour é que modernidade jamais conseguiu, de fato, separar natureza e cultura. Publiquei alguns vídeos aqui sobre isso.
@@EduardoMariutti obrigado pelo retorno,,
Eu quero ter aula com esse professor, adorei! ❤
Professor, nesta perspectiva, a humanidade caminharia em bloco?
Penso que não. especialmente porque quem pensa nessa chave não costuma acreditar em uma humanidade em termos universais. Mas acho que entendi a sua pergunta, e ela faz sentido : a "humanidade" sofreria um conjunto relativamente similar de pressões, mas as respostas provavelmente serão muito diferentes.
Professor@@EduardoMariutti, É uma satisfação enorme (acredite), receber sua resposta. Lhe agradeço sinceramente pela disponibilidade. O tema da separação homem/natureza me interessa pessoalmente, em particular os aspectos aos quais a pergunta se refere. Arrisco pedir um pouco mais de sua atenção, porque sua resposta me pareceu deixar em aberto alguma possibilidade (claro: em grau reduzido) do movimento proposto ao início da conversa. Não vai aqui qualquer intenção de tomar seu tempo além da conta. Obviamente, se quero saber mais, o melhor a fazer é ler Paulo Arantes diretamente _ o que não é uma tarefa trivial.. Então lhe pediria, a qualquer tempo, dentro do possível (e se for possível), a indicação de artigo(s) (ou qualquer outro fonte/canal) sobre a questão da "separação homem/natureza" à partir do tema da "crise da modernidade/pós modernidade/contemporâneidade". Reforço o pedido, por conta de não ter experiência significativa com este tipo de busca, e não sei como garantir a confiabilidade dos conteúdos que encontro dentro do universo extenso da Internet. Lhe felicito pela iniciativa deste canal e, mais uma vez: fico-lhe grato pela atenção. Seu canal ajuda muito!
Talvez eu deva apenas deixar outra pergunta: existe alguma linha de pesquisa interessada em entender as causas da separação "cultura/natureza"?
Olá. Tudo bem? estava apanhando aqui dos comentários. O UA-cam não avisa...rs. Eu penso que o ideal seria ler o Bruno Latour (comece por Jamais fomos modernos). Eu tenho alguns vídeos sobre ele. Mas comece por lá. Acho que vai ajudar
Parabolicamará (Gil) Antes mundo era pequeno Porque terra era grande Hoje mundo é muito grande Porque terra é pequena Do tamanho da antena parabolicamará Volta do mundo, camará Mundo dá volta, camará Antes longe era distante Perto, só quando dava Quando muito, ali defronte E o horizonte acabava Hoje lá trás dos montes, den de casa, camará Volta do mundo, camará Mundo dá volta, camará De jangada leva uma eternidade De saveiro leva uma encarnação De jangada leva uma eternidade De saveiro leva uma encarnação Pela onda luminosa Leva o tempo de um raio Tempo que levava Rosa Pra aprumar o balaio Quando sentia que o balaio ia escorregar Volta do mundo, camará Mundo dá volta, camará Esse tempo nunca passa Não é de ontem nem de hoje Mora no som da cabaça Nem tá preso nem foge No instante que tange o berimbau, meu camará Volta do mundo, camará Mundo dá volta, camará De jangada leva uma eternidade De saveiro leva uma encarnação De jangada leva uma eternidade De saveiro leva uma encarnação De avião, o tempo de uma saudade Esse tempo não tem rédea Vem nas asas do vento O momento da tragédia Chico, Ferreira e Bento Só souberam na hora do destino apresentar Volta do mundo, camará Mundo dá volta, camará Interessante como esses 2 tempos ainda disputam seus lugares … obrigado pela reflexão
Caro, agradeço seu comentário.
Perfeito! Estou estudando pra uma transferência interna para Relações Internacionais e essa aula contribuiu muito pro entendimento do Construtivismo!
Que bom que ajudou Guilherme. Boa sorte
8:49 por que viver pensando no pós morte seria algo irracional, e ressaltar a própria mortalidade e limitação não seria algo racional de se fazer ? tipo "viver fingindo ser imortal ou fingindo que não envelhecesse seria algo racional" ? Na minha humilde opinião, ressaltar um fato da realidade é algo bem racional, tenho q conhecer as minhas limitações, por exemplo eu sei q não aguentaria levantar um peso muito grande, tipo 1 tonelada, ou não aguentaria pular de um lugar muito alto com uns 100 metros de altura
Olá. Acho que a ideia é ressaltar que, de um ponto de vista instrumental, tudo é igualmente racional. Crer na construção da casa no céu e viver acreditando que se deve acumular o máximo de riquezas não são instrumentalmente diferentes. Se tudo é racional, o irracional perde o sentido. Essa é a ideia.
Perfeito Professor! Capitalismo por capitalismo, melhor continuar a vislumbrar de fato uma revolução de fato! rsrs lembrando que Chinês com fome, (sem pré conceitos são hábitos alimentares) comem tudo que anda .. e bem lembrado : ninguém come dinheiro!
Professor, esse "espaço vital" é o mesmo originário das proposições do Friedrich Ratzel? Melhorando a pergunta, o fascismo pode ser lido como a transposição social do debate geográfico do final do século XIX na Europa Ocidental?
Um dos principais pontos de partida é, de fato, a ideia originária de Ratzel (nos termos dele: um complexa interação meio, cultura, técnica etc.). O termo chegou e explicitamente ser usado pelos geopolíticos alemães para justificar seu expansionismo. Mas sempre as coisas são bastante complicadas. Quanto à segunda parte: creio que é mais que uma mera transposição. Esse é um tema difícil e controverso. Mas, em largos traços (e lembrando que a geografia combinava política e história), podemos dizer que é uma tradução do debate do XIX para a realidade do século XX.
@@EduardoMariuttiobrigado, professor
Enquanto escuto, tenho vertigens , kkk
Professor, estou profundamente impactado pelo conteúdo dos seus vídeos … vou assistir todos , vou comentando , obrigado abraço
Grato pelo retorno! aguardo seus comentários (tento responder sempre que possível)
Jameson é demais !!!!! ❤
Gosto bastante dele também
Que aula maravilhosa!
Grato pelo comentário e pelo tempo dedicado! abs
Muito bom!
Obrigado!
que achado fantástico esse canal!! didática excelente!!!!!
Que bom que gostou!
Hahahaha! Excelente exemplo da corrida maluca! Como eram suas aulas sensacionais! Muito mais fácil gravar, entender e digerir toda essa complexidade das teorias! Parabéns, professor! Saudades das suas aulas!
É nós na fita e os playboy no memory card
Bem, a entropia existe, mas....... A consciência humana, ou a vida biológica seriam dominadas totalmente por ela (a entropia)? Aparentemente não, eu penso, sem tanta certeza. Mas... é um conflito, uma luta entre gigantes., disso sim eu tenho certeza.
Caro, para muitos, a vida e a consciência são medidas anti-antrópicas locais, mas que, no fim das contas, aumentam a entropia geral. Conta essa visão, leia Anna Tsing
Excelente exposição. Discordo de uma pressuposição mentalista como saída ao multiculturalismo.
Aula incrível Ps;parece que tem um cara ameaçando o professor
😂😂😂😂
Muito boa a explicação!!