O Lobo Conselheiro e o Boi Prudente | Saude Mental Crescimento Espiritual
Em uma vasta planície, vivia um lobo conhecido por sua astúcia e um boi respeitado por sua prudência. O lobo, sempre em busca de uma nova estratégia para saciar sua fome, decidiu tentar uma abordagem diferente com o boi.
Certo dia, o lobo se aproximou do boi com um sorriso amigável. "Meu caro amigo bovino," disse ele, "tenho observado sua rotina diária e notei que você passa muito tempo pastando sozinho. Tenho um conselho valioso para você."
O boi, mastigando calmamente, ergueu os olhos com curiosidade. "E qual seria esse conselho, senhor lobo?"
O lobo, com um brilho nos olhos, respondeu: "Você deveria se aventurar além desta planície. Há campos mais verdes e suculentos do outro lado daquela floresta escura. Eu poderia guiá-lo até lá, garantindo sua segurança durante a jornada."
O boi refletiu por um momento, sua expressão serena. "Agradeço seu... conselho, senhor lobo. Mas diga-me, por que um predador como você se preocuparia com a qualidade do meu pasto?"
O lobo, um pouco desconcertado, rapidamente respondeu: "Ora, é apenas por amizade e preocupação com seu bem-estar!"
O boi, mostrando um leve sorriso, replicou: "Entendo. No entanto, aprendi ao longo dos anos que a grama nem sempre é mais verde do outro lado. Além disso, prefiro confiar em minha própria experiência e instintos. Esta planície tem me servido bem, fornecendo tudo o que preciso."
O lobo, percebendo que seu plano havia falhado, tentou uma última vez: "Mas pense nas aventuras que você está perdendo! Na emoção do desconhecido!"
O boi respondeu calmamente: "A verdadeira aventura, meu astuto amigo, está em encontrar contentamento onde estamos e sabedoria em nossas escolhas diárias. Agradeço seu conselho, mas continuarei meu caminho aqui, onde me sinto seguro e satisfeito."
Frustrado, mas também impressionado com a sabedoria do boi, o lobo se afastou, repensando suas táticas e, talvez, aprendendo uma lição valiosa sobre contentamento e prudência.
Moral da história: Nem todo conselho é dado com boas intenções, e há sabedoria em confiar em seus próprios instintos e experiências. O verdadeiro contentamento vem de dentro, não de promessas de pastos mais verdes em outros lugares.