Lyrics:
[Verso 1]
Hoje eu acordei sem pressa, sem correria
Ficar em casa todo o dia é a minha filosofia
Desemprego está na mesa, mas eu continuo a comer
Enquanto coço os colhões, até o dia que eu morrer
Dinheiro entra na conta, fico estupefacta
Mas o bill collector aparece logo de fato e gravata
No saco só tem batatas, sem troco no bolso
A este ponto o meu funeral vai ser feito no fundo do poço
[Refrão]
Coçar os colhões, olhar para o teto e sonhar
Na simplicidade, a minha vez vai chegar
Desemprego é moda, mas vou-me reinventar
Pondo as batatas no saco, a minha vitória vai chegar
[Verso 2]
Se o dinheiro é escasso, a criatividade é enorme
Eu faço o improviso enquanto o meu pai dorme
A TV está ligada, mas eu estou no improviso
Preciso de dinheiro pois eu vim do bairro do viso
Desemprego é uma treta, mas eu não o vou deixar
Um trabalho digno eu não quero arranjar
Com pouco no bolso, mas muito no coração
Já estive mais longe, de vender um colhão
[Refrão]
Coçar os colhões, olhar para o teto e sonhar
Na simplicidade, a minha vez vai chegar
Desemprego é moda, mas vou-me reinventar
Pondo as batatas no saco, a minha vitória vai chegar
[Ponte]
Não é o que eu tenho, é o que eu faço com pouco
Transformo o cotidiano num verso louco
No sofá ou na rua, a verdade é a mesma
Eu sou dono da minha cama, mesmo na pobreza
[Refrão - Final]
Coçar os colhões, olhar para o teto e sonhar
Na simplicidade, a minha vez vai chegar
Desemprego é moda, mas vou-me reinventar
Pondo as batatas no saco, a minha vitória vai chegar