As aeronaves podem ser classificadas em dois grandes grupos, de acordo com a forma como se sustentam no ar: aeróstatos e aeródinos. Essas duas categorias têm características distintas quanto à forma de voar e sua sustentação, e conhecer essa divisão é importante para quem trabalha na aviação, como os comissários de bordo.
Aeróstatos
Os aeróstatos são aeronaves que se sustentam no ar devido à flutuabilidade, utilizando gases mais leves que o ar, como hélio ou hidrogênio. Em vez de depender da velocidade para voar, eles flutuam como um balão. Existem dois tipos principais de aeróstatos:
1. Balões: São os aeróstatos mais simples, sem capacidade de propulsão. Eles se movem conforme as correntes de ar. O exemplo clássico é o balão de ar quente, que usa o aquecimento do ar para controlar a altitude.
2. Dirigíveis: Ao contrário dos balões, os dirigíveis têm motores e controles de direção, permitindo que sejam navegados. Eles são sustentados por gases leves, mas têm hélices para controle da rota. Embora sejam menos comuns hoje, foram amplamente utilizados no início do século 20.
Aeródinos
Os aeródinos são aeronaves que dependem de uma força aerodinâmica, chamada de sustentação, gerada pelas asas ou por rotores, que lhes permite voar. Eles precisam de movimento para criar a sustentação necessária. Os principais tipos de aeródinos são:
1. Aviões: São as aeronaves mais conhecidas e utilizadas no transporte aéreo comercial. Sua sustentação vem das asas fixas, enquanto os motores (a jato ou a hélice) impulsionam o avião para frente, criando a velocidade necessária para a sustentação.
2. Helicópteros: Diferente dos aviões, os helicópteros têm asas rotativas (rotores) que geram sustentação vertical, permitindo que decolem e pousem verticalmente e voem em várias direções, inclusive pairar no ar.
3. Planadores: São aeronaves sem motores, que dependem de correntes de ar ascendentes para voar. Eles são rebocados por outras aeronaves ou lançados de colinas para ganhar altitude e se manter no ar.
Diferenças e Aplicações
- Aeróstatos são mais utilizados em atividades recreativas, como voos de balão, ou para fins publicitários (dirigíveis), enquanto os aeródinos dominam o transporte de passageiros e cargas em voos comerciais e militares.
- A escolha entre um aeróstato e um aeródino depende da finalidade do voo. Enquanto os aeródinos são preferidos pela sua rapidez e versatilidade, os aeróstatos oferecem estabilidade e eficiência energética para voos de curta distância e baixa velocidade.
Entender essas diferenças é essencial para profissionais da aviação, como comissários de bordo, que precisam estar familiarizados com o tipo de aeronave em que operam, garantindo maior segurança e eficiência no dia a dia.