Відео

Foi com o Curso Prático de Gramática que estudei a língua portuguesa da antiga 5ª série do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio.

Curso Prático de Gramática de Ernani Terra foi minha primeira gramática. Parabéns, grande mestre.

Qual o nome do canal de UA-cam do professor Ernâni Terra?

El mejor escritor

Saturnino valladares el mejor único y especial irremplazable muy lindo

Valeu!

Show!

Acertei!!!

Acertei!!!

Acertei

Boa noite 🌙

Muito bom! Primeira aula que alguém explica isso por completo

Que explicação maravilhosa! Parabéns!

professor, faz um vídeo falando sobre a abordagem romântica da metáfora

sua didática é muito boa, pena que o vídeo tem poucas visualizações, parabéns pelo conteúdo!

Enfim encontrei alguém com didática pra explicar sobre esse assunto! Obg professor ⭐️

Quando eu penso na Manaus antiga, penso em preto e branco como as fotos antigas.

"Algo só se efetiva se for afetivo", sensacional!, ele é modesto, mas vejo que ele tem visão gerencial clara de um gestor.

ótimo, muito bem explicado, nota 10,0!

Foi muito último assistir a esse vídeo. Não sou da área e entendi tudo. Muito obrigada!

Obrigada pela aula, Gued 🌻✊🏾

Explicação maravilhosa

o melhor vídeo sobre termos anaforicos 💪☇

Perfeita explicação !!!!

Muito top!

👏👏👏

Muito bom 👍 👍 Só queria saber o que Márcio ia dizer no 1:08:27...

Ele

Adorei a dica!

👍Muito bom

😃

#Valeu, Prof !!

👏👏👏👏👏

Muito bom!

Ameiiiiii

Muito boa aula. Obrigada 😊

Acertei 👏🏻👏🏻👏🏻

Ótimo vídeo, professor! Me ajudou muito, obrigada!!

Meu mestre, Carlos Guedelha.

Muito bem explicado. Parabéns!!!!!!!!!!

Muito bom!!

Aí conhece, meu professor da 7° ano no IAM.

Poema de reflexão plena... tão pleno e atual que replico em meu canal!

Show de explicação! Obrigada! Belém do Pará

Uma das mais preciosas lições que tirei do curso até então, e principalmente nesta aula, é a importância das ferramentas hermenêuticas na análise literária e, principalmente, no estudo da antiguidade. Uma análise literária que possa extrair o máximo possível do conteúdo uma obra requer também a análise de seu contexto histórico, cultural, social e até mesmo geográfico. A História Crítica, atualmente, visto a longa tradição das visões mais conservadoras da historiografia, é essencial pro nosso entendimento do mundo humano, pois se preserva da tentativa vã do discurso neutro e morte do sujeito do historiador, e se interesse em um aproveitamento da literatura clássica não só para louvar a antiguidade e perpetuar suas tradições e valores, mas para utilizar de suas lições para a vida no mundo contemporâneo. Não apenas aprender com os estudos clássicos, mas questionar a estrutura que foi conferida a estes estudos até então, e sempre mantendo em mente a importância da documentação histórica, reivindicando todas as faces da história como coexistentes e relacionais.

Atualmente os estudos clássicos sofrem ataques, além das humanas em si, não só no Brasil com em vários outros países ao redor do mundo. Afim de responder à esses ataques, o professor Rafael Silva propõe formas de entender o papel dos estudos clássicos no mundo contemporâneo. De início, é exposto que alguns classicistas acreditam que os estudos de clássicos ocorrem desde a antiguidade, porém, há controvérsias. Os momentos em que foram amplamente estudados foram no renascimento italiano, os neo-classicismos europeus e no surgimento das universidades modernas. Esses estudos ocorriam com base em três pressupostos: a universalidade dos valores humanistas, a progressividade acumulativa no desenvolvimento do conhecimento, e a importância dos clássicos para a disseminação desses valores. Além disso, a historiografia foi importante para preservar os textos, já que eram considerados como fontes históricas. No final, o professor Rafael ressalta a importância de uma heterogeneidade nas universidades, trazendo diversas visões sobre os clássicos, fazendo com que surjam diversas interpretações e enriqueça os estudos e o conhecimento a respeito dos clássicos.

A questão de qual é o lugar das clássicas hoje atravessa toda a conversa, que se dispõe a propor uma forma outra de sua história, acho que ficou plenamente claro durante o debate a ligação intrínseca entre pensar a história dos estudos clássicos e pensar como eles se inserem e operam no hoje. Penso que essas reflexões vão justamente no sentido contrário do que uma lógica neoliberal poderia esperar ao perguntar da utilidade de uma disciplina, nessa lógica para que algo tenha valor é necessária a possibilidade de comercialização, ou que de alguma forma se atrele ao capital, ora, as possíveis respostas não passam por aí. Isso me parece inclusive carregar o potencial de pensar a universidade não como um lugar que forma para o mercado, visão que tem se colocado em evidência e ocupado a percepção social, mas sim em um sentido da formação/construção de sujeitos.

Esta aula foi relacionada a um projeto do Letras em Foco. A pergunta que motiva a palestra apresentada pelo professor é “Para que Clássicas?”, “Para que elas servem?”, que remete à para que estudar a literatura clássica hoje na contemporaneidade. A palestra é sobre a história dos estudos clássicos, focado na Europa, visto que não há no Brasil uma larga tradição acerca de se estudar a história dos estudos clássicos. Os estudiosos sobre o tema, normalmente retomam a antiguidade, visando conferir uma continuidade de estudos lá da antiguidade até o presente, como uma espécie de tradição dos estudos clássicos. É um campo mais conservador pois, neste sentido, busca-se as permanências entre os períodos, sendo que o Professor se volta para uma outra forma de ver, buscando as divergências. Essa noção mais conservadora trazida pelo professor acredita em dois conceitos, a universalização de certos conceitos compartilhados por todos os seres humanos e a continuação, ligada ao progresso, quanto mais se conhece, mais se acumula. O professor sugere um choque destes valores que gera uma crise nos estudos das clássicas. É a dimensão da preocupação da especificidade histórica que consiste no fator determinante dos estudos clássicos da modernidade, acho que seja muito radical dizer que não existia estudos das clássicas antes dessa percepção histórica, mas acho muito interessante a percepção e introdução do entendimento do passado nos estudos das clássicas, entender as poesias como fontes históricas, em ver de lê-las simplesmente por serem “sublimes”. Por fim, acho muito importante a crítica que o professor trás acerca da noção do “homem bom, perito em aprender”, no sentido de que se pensa em quem é este homem, por que homem, porque bom, é uma noção que deve ser escrutinada em vias de não se cair numa concepção preconceituosa e excludente.

Professor, gostaria de complementar essa belíssima palestra com a menção a um texto bastante conhecido, mas que pode ainda ser novo para alguns, e que traz concatenações relevantes àquilo tão dito: a importância do estudo dos clássicos no cenário contemporâneo. "Por que ler os Clássicos?", de Ítalo Calvino, é um prato cheio de motivos e impulsos àqueles que se aventuram por esse tão vasto, e grandioso, mundo da leitura das obras antigas, e foi por onde eu comecei a "ler sobre alguém que lê livros", e a me interessar sobre teoria da literatura. Os clássicos são livros que exercem uma influência particular quando se impõem como inesquecíveis e também quando se ocultam nas dobras da memória, mimetizando-se como inconsciente coletivo ou individual. Assim, segundo Calvino, "deveria existir um tempo na vida adulta dedicado a revisitar as leituras mais importantes da juventude. Se os livros permaneceram os mesmos (mas também eles mudam, à luz de uma perspectiva histórica diferente), nós com certeza mudamos, e o encontro é um acontecimento totalmente novo. Portanto, usar o verbo ler ou o verbo reler não tem muita importância." E reconheço que, lendo teoria literária, e vendo palestras como esta, estou na verdade relendo diversos autores, já lidos por você ou por aqueles que escrevem sobre diversos assuntos na literatura, mas pela ótica outra, diversa da minha. Entretanto, discordo de Calvino em sua interpretação, porque tenho total convicção de que deve-se parar de temer a obra original, ainda mais nos tempos de hoje. Cada vez menos as pessoas estão se direcionando às obras dos autores clássicos, e cada vez mais recorrendo a releituras, críticas diversas. Se os clássicos são infinitos em conteúdo, e muitos o são, por tratarem de temas universais, acredito que estejamos perdendo na possibilidade de novas percepções dos textos antigos quando apenas se lê comentários.

A vigésima sexta aula é representada por uma das palestras disponibilizadas pela Universidade Federal da Amazônia (UFAM), por meio da faculdade de letras (FLET), a qual possui um projeto de pesquisa da metáfora, língua e literatura de expressão amazônica. Ao tratar da temática que envolve os estudos clássicos na contemporaneidade, a exposição feita pelo professor Rafael Guimarães Silva (UFMG), aborda um ponto muito importante no estudo da literatura clássica, sendo a sua desvalorização, enquanto peça fundamental da comunidade acadêmica brasileira. Nesse sentido, o professor argumenta, através da perspectiva de Wilamowitz, como os estudos históricos, do mesmo modo que mantiveram o valor da tradição clássica, relativizaram a sua importância. Acredito que uma forma de compreender como a modernidade tem desvalorizado o estudo clássico, é a utilização da ideia de “autojustificação” desenvolvida pela Silvina Rodrigues Lopes. Nela, a autora afirma que, com a determinação atual de “época”, na qual se busca a delimitação de um período, a modernidade não reconhece de fato os desdobramentos da história, pois busca justificação em si mesma, tentando legitimar-se. Essa problemática da modernidade, inclusive, devido a sua tentativa de modular e determinar de forma técnica várias esferas da humanidade, compromete boa parte dos estudos literários em geral. As perguntas feitas pela apresentadora no final da palestra foram muito importantes para a problemática tratada por Silva, bem como o seu posicionamento exposto a partir delas, pois o professor explica a importância dos estudos clássicos como ferramenta propulsora do posicionamento crítico. Vale ressaltar a exposição do professor Carlos Guedelha (UFAM), que trabalha a metáfora, num recorte bem específico, explicitando a sua importância, enquanto objeto conceptual. Ao abordar as metáforas de Euclides da Cunha sobre a Amazônia, o professor não só evidencia o valor conceptual da metáfora, como nos permite entender a sua dimensão, visto que as metáforas utilizadas em sua apresentação transfiguram a identidade de um tempo, lugar e espaço. Além disso, também acho válido mencionar a poesia Euclides da Cunha, escrita e recitada por Guedelha, a qual transparece uma noção muito bonita da tradição clássica, e a potencialidade da escrita como forma de representatividade e posicionamento reflexivo.