Lançado originalmente nos arcades em 1991 e em 1995 chegou no Super Nintendo, Captain Commando é um jogo de luta side-scrolling baseado no renomado hardware CPS1 da Capcom. O jogo aprimora o modelo de luta estabelecido pelo clássico anterior da Capcom, Final Fight, mas inova significativamente com mais conteúdo, melhores visuais e uma ambientação peculiar de ficção científica.
O jogo se passa em uma versão futurista de Metro City, o mesmo local de Final Fight, mas no ano de 2026. Uma invasão de supercriminosos intergalácticos chegou à Terra, e cabe ao Capitão Commando e sua equipe de Companheiros Commando limpar o planeta e restaurar a paz.
O jogador pode escolher entre quatro diferentes Commandos para combater. Cada personagem possui habilidades únicas, movimentos especiais, pontos fortes e fracos. Tenho que admitir que a escolha de personagens é bastante excêntrica, sendo o único jogo que consigo lembrar onde você pode jogar como uma múmia armada com facas ou um bebê com inteligência de gênio pilotando um traje mecânico gigante.
Tendo jogado recentemente Final Fight, eu havia esquecido o quão difícil aquele jogo podia ser, graças principalmente a algumas rotinas de ataque inimigas bem injustas, que variavam desde travar completamente o jogador até atingi-lo no momento em que ele se levantava após ser derrubado. Muitos desses problemas foram corrigidos em Captain Commando, resultando em um jogo mais justo (embora não menos desafiador) - o mais importante é que é muito mais divertido de jogar do que seus predecessores.
Além dos movimentos básicos de combate, o jogador pode ocasionalmente recuperar armas deixadas por inimigos ou encontradas em contêineres destruídos. Essas armas incluem espadas, martelos e até um lança-foguetes - perfeitos para destruir múltiplos inimigos de uma só vez!
Embora essas armas sejam bastante padrão para jogos de luta, eu não esperava poder pilotar enormes mechas de batalha. Esses gigantes blindados oferecem ao jogador um nível adicional de proteção, além de serem capazes de causar muito dano - desde punhos robóticos gigantes até lança-chamas, essas máquinas possuem um poder de fogo impressionante. A principal desvantagem, no entanto, é sua velocidade lenta, que o deixa vulnerável a ataques por trás.
Graficamente, Captain Commando é um ótimo título. A arte e a animação ainda impressionam hoje em dia, e eu particularmente gosto do toque mais humorístico no design dos inimigos - a forma como os inimigos básicos agitam as mãos em antecipação enquanto se preparam para lutar é incrível, e há muitos outros detalhes interessantes.
Quanto ao áudio do jogo, ele apresenta uma música pulsante que soa ótima, mas tende a abafar a maioria dos efeitos sonoros. Imagino que, em um arcade movimentado, seria difícil distinguir os efeitos sonoros reais.
O jogo se baseia na fórmula de side-scrolling estabelecida em Final Fight, mas refina quase todas as mecânicas de jogo para melhor. Com gráficos, áudio e controles superiores, o jogo é muito mais divertido de jogar do que os side-scrollers anteriores. Embora meu favorito entre os beat 'em ups da Capcom no CPS continue sendo The Punisher (lançado dois anos depois deste), Captain Commando é um concorrente digno em termos de diversão.
Com seu elenco de personagens malucos, ótima jogabilidade e desafios empolgantes, Captain Commando é um excelente jogo de luta que deve estar no topo da lista de qualquer fã de beat 'em up. Embora o jogo tenha recebido uma conversão para o SNES, a versão arcade continua sendo a definitiva e a melhor maneira de aproveitar esta ação eletrizante.