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Jesus comia animais limpos como o cordeiro e peixes com escamas. Jesus NÂO era vegetariano.

Roberto, O canal Redescobrindo o Caminho se propõe a ensinar as escrituras dentro da visão do Judaísmo Nazareno, uma religião centrada em Yeshua, um Judeu. Jesus frequentava uma sinagoga (Lucas 4.18), guardava o sábado, lavava as mãos ritualisticamente conforme o costume dos fariseus (Marcos 7.2), usava roupa de judeu Tzit Tzit ( Lucas 8.44 e Mateus 9.20), e cujos discípulos judeus caminhavam no Shabat apenas a distância permitida pelas autoridades da época (Atos 1.12). Esse Jesus judeu, se submetia a tevilah, ou seja, o batismo. A tevillah / תבילה / batismo, só aparece na Lei Oral! Ou seja, um mandamento que foi estabelecido depois que a lei de Moisés havia sido escrita. O ritual do batismo/tevilah/imersão simboliza morte e ressurreição. Sua identidade como gentio morre nas águas, e, ele sai das águas renascido como judeu. Paulo, foi um líder judeu que ensinava a salvação em Yeshua. Ele obedecia a Lei, pois era salvo, e todo aquele que é salvo, ama a Lei do Senhor. A Lei perfeita que restaura a alma. Se Paulo realmente pensasse que a lei havia deixado de existir, porque então, em Atos ele vai até o templo fazer o voto de Nazireu? O Voto de Nazireu é parte da Lei Ritual, da Lei Sacrificial que p cristianismo defende que cessou de existir após a vinda de Cristo. Se Paulo era justamente o apóstolo dos gentios, porque se submeteu a uma lei que ele acreditava ter sido abolida? Aquilo foi somente um teatrinho? Tiago teria recomendado a Paulo a fingir que ainda acreditava na Lei só para apaziguar os judeus da época? Que tipo de fé é essa? Se você tiver interesse nesse tipo de abordagem vai encontrar ótimos materiais, mas, se esse não é o seu objetivo, não vai encontrar quase nada que concorde. Silvia Mazoni

@ recomendo a leitura carta aos galatas. E nem vou me dar ao trabalho de citar todas as discursões de Jesus com os doutores da lei e com o fariseus. Chamo sua atenção para as reiteradas vezes que Jesus utilizou a expressão:” ouviste o que foi dito ao antigos …., eu porém lhes digo….” No sermão do monte. Também não vou citar as reprovações severas do apóstolo, no novo testamento, ao judaizantes. Acredito que vocês sabem disto minimamente. Recomento a leitura atenta da carta aos Romanos, em especial, o capito 2 e 6. Mas, dizendo o óbvio, pergunto a vocês, se não era para revogar o antigo pacto (testamento), porque se fez um novo pacto (testamento)?

@ olha, Silvia meu interesse é no diálogo e não no confronto. Se, por discordar de vocês, impede isto. Eu lamento, lamento muito, esse tipo de intolerância.

Prezada Valéria, bem vinda ao canal! Muitas vezes, a descoberta de que o Natal é uma festa de origem pagã, é a porta de entrada para um mundo de descobertas. Explicando melhor, quando se descobre que algo tão parte de nossa cultura ocidental não tem nada haver com Jesus, muitos começam a se perguntar: O que mais que eu aprendi que não está correto? Essa pergunta normalmente leva as pessoas a buscarem por mais informações e inevitavelmente elas acabam descobrindo outros defeitos naquilo que aprenderam. Entretanto, esse processo de redescoberta apresenta vários desafios e é necessário muita cautela e muito estudo. O Canal Redescobrindo se propõe a ser um espaço de estudos onde você poderá estudar. Antes de publicarmos qualquer informação, além de buscar de Deus a sabedoria, pesquisamos as fontes primárias e as línguas originais da bíblia, estudamos a história e etc. Convidamos você a explorar os vídeos já postados neste canal. Acreditamos que nosso conteúdo vai te ajudar a achar um caminho novo, mais coerente e firme. Se quiser um contato um pouco mais personalizado, você pode entrar em contato comigo através do Whatsapp: 31-97321-7700 Lehitraot

Prezado Canal, é claro que Deus está no contrôle da história. Estamos falando de assuntos diferentes. O fato de Deus remover ou estabelecer Reis não conflita com o que eu disse no vídeo.

As palavras de Paulo são para o dia de hoje, assim que o Sinédrio for restabelecido em Jerusalém. Paulo se referiu às autoridades que tinham poder para julgar as causas dos judeus, ou seja, o sinédrio. No caso das congregações da diáspora, aquelas que ficavam em outros países, haviam os líderes em cada sinagoga/eclesia. Paulo inclusive exorta a NÃO se levar nenhuma disputa para ser julgada por pessoas que não têm nenhuma aceitação na igreja, ou seja, na sinagoga, que eram na época palavras sinônimas. Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante os santos? Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida! Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja / sinagoga. I Coríntios 6. 1 a 4. Observação: a palavra Igreja, quando citada por Paulo, não se referia ao conceito moderno que é dado hoje no cristianismo. Igreja, biblicamente falando, no seu contexto original, é um conceito de Judaísmo. Quanto a Passagem em Jeremias, o que a instrução do Senhor aos deportados para Babilônia, para que eles vivessem no cativeiro em paz, não entendi a relação com as palavras de Paulo. Poderia esclarecer? Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os exilados que eu deportei de Jerusalém para a Babilônia: Edificai casas e habitai nelas; plantai pomares e comei o seu fruto. Tomai esposas e gerai filhos e filhas, tomai esposas para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; multiplicai-vos aí e não vos diminuais. Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz. Jeremias 29. 5 a 7 Paulo afirmou que as autoridades instituídas por Deus, existiam para o castigo dos que praticam o mal. Muito provavelmente, Paulo estava se referindo ao sistema estabelecido desde Êxodo 18, sob o conselho de Jetro, sogro de Moisés. Vejamos: (...)representa o povo perante Deus, leva as suas causas a Deus, ensina-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer. Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez; para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo. Deut.18.19 a 22 Esse sistema reaparece mais tarde na história no livro de Neemias, onde a Grande Assembleia composta de 120 líderes governou após a época dos profetas, após o exílio na Babilônia. Na época de Jesus essa Assembléia era conhecida como Sinédrio. Os Apóstolos de Jesus também constituíram uma espécie de Sinédrio dos Nazarenos. Paulo provavelmente se referiu a esse tipo de autoridade. Um texto fora do contexto vira pretexto. Não leia a bíblia de forma anacrônica. Silvia Mazoni

Ivan, também não entendi. Mas de qualquer forma, bem-vindo ao Canal! O Canal Redescobrindo se propõe a ser um espaço de estudos onde você poderá estudar. Antes de publicarmos qualquer informação, além de buscar de Deus a sabedoria, pesquisamos as fontes primárias e as línguas originais da bíblia, estudamos a história e etc. Convidamos você a explorar os outros vídeos já postados. Acreditamos que nosso conteúdo pode lhe ajudar a achar um caminho novo, mais coerente e firme. Se quiser um contato um pouco mais personalizado, você pode entrar em contato comigo através do Whatsapp: 31-97321-7700 Silvia Mazoni

Luciana, é claro que cuidar das pessoas é a prioridade. É óbvio que ter uma boa teologia sem ajudar quem sofre seria uma bobagem. Acontece que o canal Redescobrindo o Caminho, é um espaço de Teologia, de Estudos Bíblicos, e não de ação social. As ações sociais do Canal existem, ainda que não divulgamos. Se você está plena, satisfeita e confortável com o nível de compreensão bíblica que possui, não entre nesse canal. Se não quer ser incomodada com informações que vão desafiar certas crenças consolidadas, não assista nossos vídeos. Nosso canal é destinado a pessoas com mentes inquisitivas, que perceberam certas peças do quebra-cabeças religioso que não se encaixam e querem estudar mais. Se você não tem essa busca, está tudo bem. Silvia Mazoni

Prezado Prumo, O Canal, Redescobrindo o Caminho, não é uma Igreja/Sinagoga e nem almeja ser. Aqui é apenas um espaço para exploração, aprendizado e descobertas. As mulheres podem ser ótimas professoras e algumas, inclusive profetas. Vejamos o exemplo da profetiza Hulda (II Crônicas 34. 22 a 28), que, a pedido do Rei Josias, foi consultada pelo sacerdote Hilquias. Quer dizer, um rei e um sacerdote consultam uma mulher! Segundo a Tradição Oral judaica, Hulda não era apenas uma profetisa, ela também era uma professora e ensinava publicamente na escola que se localizava no recinto do Templo. Alguns estudiosos Judeus, como Rashi, associam o Portão de Hulda, que dava acesso ao Monte do Templo em Jerusalém, à escola de Hulda. Além disso, segundo a tradição do judaísmo, as mulheres são consideradas naturalmente mais propensas à espiritualidade, pois a mulher foi o único a ser criado no Éden! Deus cria o homem e o leva para o Éden, e, é lá que ele cuidadosamente constroi a mulher! O Éden pode ser entendido como um portal, um espaço de conexão entre o mundo espiritual e o mundo material, isso teria proporcionado à mulher uma sensibilidade maior à realidade espiritual. De forma geral, nas comunidades judaicas e judaico messiânicas, as mulheres se sentem realizadas: para que disputar com os homens? Mulheres cercadas por homens de caráter e de respeito se sentem seguras e não tem necessidade de disputar com alguém que elas admiram e respeitam. No caso do canal, Redescobrindo o Caminho, além da benção do meu marido, tenho também a benção do meu Rabino. Para concluir, gostaria de enfatizar que o canal Redescobrindo o Caminho se propõe a ensinar as escrituras dentro da visão do Judaísmo Nazareno, uma religião centrada em Yeshua, um Judeu. Se você tiver interesse nesse tipo de abordagem vai encontrar ótimos materiais, mas, se esse não é o seu objetivo, não vai encontrar quase nada que concorde. Silvia Mazoni

@@gratitudeforGodsfaithfulness Obrigado por sua participação! Seus comentários são muito pertinentes. Precisamos buscar fundamentar nossa fé e valores através de estudos bem feitos. O sentimento de pertencer é importante, porém não pode ser mais importante que a verdade. Sem reflexão profunda, pessoas repetem slogans e palavras de ordem como se fossem uma torcida organizada! Suas práticas litúrgicas comunitárias se transformam em mantras sem sentido. Precisamos pensar e nos esforçar para caminharmos para mais perto da verdade, para mais perto de Deus. Espero que nosso canal, possa contribuir nos seus estudos e que encontre aqui um ambiente propício para seu crescimento. Avancemos! Silvia Mazoni

Infelismente, nos enganou.

A Bíblia define a necessidade de pelo menos duas testemunhas para se estabelecer a verdade sobre alguma disputa. Vejamos: “… pelo depoimento de duas os três testemunhas, se estabelecerá o fato.” Deuteronômio 19.14 Esse princípio nos autoriza a desconfiar de qualquer teologia baseada em revelação ou descoberta de apenas uma pessoa. Essa lei nos poupa tempo e nos ajuda a desviar de ensinos heréticos. Entretanto, certos ensinos de Paulo destoam de todos os outros ensinos contidos tanto no Antigo como no Novo Testamento. No Novo Testamento, Yeshua diz que a lei permanece válida. Vejamos: Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Mateus 5.17 No Antigo Testamento, Jeremias, ao falar sobre a Nova Aliança diz que Deus irá imprimir as leis dele, a Torah dele nos corações daqueles que se dispuseram a tal. Paulo parece afirmar o contrário. Vejamos: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. (...) Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis / תּֽוֹרָתִי֙ / torati , também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Jeremias 31. 31 a 33 Entretanto Paulo parece afirmar o contrário. Vejamos: Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. Romanos 5.13 Como assim? A expressão até o regime da lei, sugere que existiu um tempo no qual a lei estava em vigor, e, existe agora outro tempo, superior ao tempo antigo no qual a lei deixaria de existir. Quando é que a lei deixou de existir? Não está escrito que a Lei do Senhor é perfeita (Salmo 19.7)? Porque eliminar algo que é perfeito? Ora, diferente do que Paulo parece dizer, Isaías declara: Foi do agrado do Senhor, por amor da sua própria justiça, engrandecer a lei e fazê-la gloriosa. Isaías 42.21 Algumas afirmações de Paulo levaram muitos a entender que o tal regime da lei, que muitos entendem como sendo, a religião dos Judeus, a religião do Antigo Testamento, era um grande problema é que a solução seria a nova lei de Cristo, como se essa nova lei fosse diferente da Torah! É possível que as declarações de Paulo tenham sido analisadas fora do seu contexto original e por isso tenha causado tanta polêmica. Por exemplo, Paulo chega a dizer em Romanos 4.15 que onde não há lei, não há pecado, ora, se entendermos essa frase como dizendo que eliminar a lei seria a solução para o pecado,então, não haveria necessidade do sacrifício de Yeshua, bastaria se eliminar a lei, como tantos assim defendem. Apesar de haver a possibilidade de Paulo não ter dito, o que se entende que ele disse, o grande problema é que, as palavras dele foram a base para se criar a religião gentílica que considera a Torah ultrapassada e que inclusive considera obedecer a Torah como se fosse uma grande heresia, como se fosse a tentativa de alcançar a salvação através das obras! Ora, no judaísmo, nunca ninguém jamais imaginou tamanha bobagem! No Salmo 130.3 David diz: Se observares, Senhor, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá? Ou seja, não existe no Antigo Testamento nenhuma possibilidade de salvação a não ser pela graça. Paulo pode ter sido mal interpretado, ou mal traduzido ou até mesmo podem ter havido interferências externas nos seus textos. Existem discursos brilhantes de Paulo que são totalmente coerentes com o resto da bíblia, mas, é preciso considerar a possibilidade dele ter se desviado. Existem inúmeros exemplos de lobos solitários que enganam a muitos e causam grande destruição. Paulo poderia ter sido um membro menos óbvio dessa matilha. Um dos traços que se repetem na vida de muitos hereges é a solidão. Geralmente eles se distanciam das lideranças e passam por um período de isolamento. Nesse ponto a história de Paulo se torna nebulosa, vejamos: No livro de Gálatas Paulo declara ter passado 3 anos longe do convívio com os outros Apóstolos e discípulos: parti para as regiões da Arábia e voltei, outra vez, para Damasco. Decorridos três anos, então, subi a Jerusalém. Pode-se especular sobre esse período longe da comunidade de Jerusalém. Teria Paulo, durante esse tempo separado do centro de Judaísmo Nazareno, formulado esses conceitos estranhos ao Judaísmo? Alguns seguidores de Paulo alegam que durante esse período ele teria recebido de Deus “a visão sobre a nova religião gentílica”. Acontece que, “revelações” recebidas através de experiências místicas individuais e que contenham ideias e princípios que não podem ser confirmados em outros textos bíblicos são suspeitas, e devem ser avaliadas com cautela. Diante disso, nós nazarenos, entendemos que, são aceitáveis os ensinos de Paulo cuja essência estiverem em concordância com Moisés e os Profetas. Por outro lado,se os escritos atribuídos a Paulo ou sua interpretação, parecem conflitar com a Torah, devem ser rejeitados. Simples assim. O Novo Testamento só foi canonizado muito longe de Jerusalém e muito tempo após o declínio dos Nazarenos. Esse processo de escolha dos textos que entraram no Cânon do Novo Testamento ocorreu no norte da África, em 393, durante o concílio de Hipona, e, posteriormente, em 397, foi confirmado no Concílio de Cartago. Nessas ocasiões, um grupo de gentios sem conhecimento de hebraico, sem contato com a cultura judaica, decidiram quais seriam os livros oficiais a serem aceitos. Um dos líderes presentes no concílio de Hipona foi Agostinho, um grupo indígena do Norte da África que falava latim e que era fortemente romanizado. Teria Agostinho juntamente com outros líderes gentios preservado os textos de Paulo sem adulterações? Teriam sido capazes de traduzi-lo ou interpretá-lo corretamente? Uma vez que somente as cartas de Paulo parecem conflitar com a fé original, e, uma vez que ele é o único a fazer isso, teologias baseadas nessas interpretações não tem a força que parece. Uma boa teologia deve ser respaldada por mais de um autor, deve ser confirmada pela Torah e pelos profetas. Paulo está sozinho. No Novo Testamento, algumas de suas afirmações são a base para se defender uma religião gentílica. Segundo a interpretação Cristã, Paulo seria o único a pregar que a lei teria sido superada. Esse Paulo romano está na contramão de Yeshua, na contramão de todos os demais discípulos e de todos os profetas. Em Colossenses temos a seguinte declaração de Paulo: “...tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós, e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz.” Colossenses 2.13 e 14 Segundo a leitura que se faz das palavras de Paulo acima citadas, a lei foi cancelada na cruz, as ordenanças de Deus deixaram de existir. Se Paulo realmente pensasse que a lei havia deixado de existir, porque então, em Atos ele vai até o templo fazer o voto de Nazireu? O Voto de Nazireu é parte da Lei Ritual, da Lei Sacrificial que p cristianismo defende que cessou de existir após a vinda de Cristo. Se Paulo era justamente o apóstolo dos gentios, porque se submeteu a uma lei que ele acreditava ter sido abolida? Aquilo foi somente um teatrinho? Tiago teria recomendado a Paulo a fingir que ainda acreditava na Lei só para apaziguar os judeus da época? Que tipo de fé é essa? Se a lei foi realmente cancelada e os mandamentos escritos na Torah e nos profetas tivessem perdido a validade, como explicar que em Apocalipse, esses mesmos mandamentos são citados lado a lado com a fé em Yeshua? Vejamos: E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra com o restante da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo. Apocalipse 12:17 De acordo com Apocalipse, os que guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Yeshua fazem parte de um mesmo grupo. Não existe conflito entre a Torah e a fé no messias. Paulo é o único a discursar sobre algo nunca imaginado: uma religião gentílica que crê em Yeshua mas que não obedece às leis por ele estabelecida. Esse entendimento distorcido só não provoca cólicas àqueles que estão habituados que estão com esse mantra irracional. Ora, se a religião de Paulo está certa, o resto das escrituras deveriam confirmar seus ensinos. Mas isso não acontece.

Os defensores de Paulo citam Paulo para defendê-lo! Que tipo de argumento é esse? Que os crentes em Paulo apresentem a defesa dele baseada em algum autor que não seja ele mesmo. Se Yeshua intencionasse criar uma nova religião, separada do Judaísmo e realmente estivesse validando a religião da incircuncisão, do domingo e da carne de porco, porque ele não mencionou esses assuntos em seus ensinos? É importante compreendermos que, na bíblia, não existe o que conhecemos hoje como Cristianismo. O Novo Testamento é um livro de Judaísmo que endossa práticas e tradições judaicas. Se um discípulo de Yeshua pudesse ser transportado no tempo para nossos dias, ele não reconheceria no tal cristianismo aquilo que ele aprendeu de Yeshua. O cristianismo, raptou conceitos judaicos e os deformou. Ficaram irreconhecíveis. Vejamos: O termo Levitas, é hoje usado em várias organizações religiosas como se fosse o sinônimo de: grupo de louvor. A palavra Igreja, que na sua concepção original é um termo judaico usado para se referir a congregação dos filhos de Israel, passou a ser entendido como algo pertinente ao cristianismo. Poucos sabem que a Igreja nasceu no Monte Sinai pois a tradução chegou aos leitores. A palavra evangelho/besorah, que também vem do judaísmo, e está no Antigo Testamento, perdeu o significado original. A palavra Apóstolo, é outro termo judaico, que as pessoas imaginam ser característico do Cristianismo e não do Judaísmo. Apóstolo/ἀπόστολοσ vem do verbo ἀποστήλλειν que quer dizer enviar. Em hebraico, o termo apóstolo é שָׁלִיחַ / shaliar significa enviado. Segundo Theod. Reinach, em Textos Grecs et Romains o termo, Apóstolo, era o nome oficial dado aos homens enviados pelos judeus de Jerusalém. O Historiador Eusébio (260 - 339 d.C.) declara : "Ainda é um costume entre os judeus chamar aqueles que carregam cartas circulares de seus governantes pelo nome de apóstolos / shilirim / שְּׁלִיחִים" Epifânio (320 - 403d.C.) declara: "Os chamados apostoloi estão logo abaixo dos patriarcas, com quem eles se sentam no Sinédrio, decidindo com eles questões da Lei." O que conhecemos hoje em dia como Batismo, é, na verdade, uma prática judaica: o tevilah, ou seja, a imersão. A maioria desconhece a judaicidade do Novo Testamento pois o processo de adulteração conceitual é uma prática tão difundida e consolidada dentro da nova religião que surgiu, que o judaísmo original se tornou irreconhecível. O ápice da deformação conceitual foi transformar em pecado a prática do judaísmo. A enciclopédia Britânica afirma que Paulo prega contra os judaizantes. De acordo com essa tese, judaizantes seriam os “cristãos gentios que se apaixonaram pelos costumes judaicos e defenderam a lei cerimonial judaica para os cristãos gentios.” A enciclopédia Britânica erra em dois pontos: primeiro imagina existirem cristãos em uma época em que, cristãos, como conhecemos hoje, não existiam. Em segundo lugar, julga ser errado defender a lei judaica. Ora, se defender a lei judaica fosse pecado, então Yeshua e todos os demais profetas teriam pecado. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.” João 14.21 “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma.” Salmo 19.7a “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apocalipse 14.12 Não nos deixemos constranger por um pregador que, sozinho, tenta se impor. É hora imitarmos alguém que é maior que Paulo: Yeshua. Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. I João 2.4 Silvia Mazoni Obs. Tive que responder em duas etapas pois não cabia no espaço. Lehitraot