Diacrônico | História, Sociologia e Filosofia
Diacrônico | História, Sociologia e Filosofia
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Governo João Goulart (1961-1964) | Gravado na sala de aula
Aula expositiva gravada sobre história política do Brasil, Governo João Goulart (1961-1964).
Gravação feita nas dependências do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, Campus Patos de Minas
Nível: Ensino Médio
Referências bibliográficas:
Carlos Fico, História do Brasil Contemporâneo: da morte de Vargas até nossos dias
Ronaldo Vainfas, História 3: Ensino Médio
#história #enem
Переглядів: 106

Відео

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КОМЕНТАРІ

  • @clodoaldocristiano4523
    @clodoaldocristiano4523 2 дні тому

    Muito obrigado por esse vídeo esclarecedor ❤

  • @alexandremendes2190
    @alexandremendes2190 4 дні тому

    Parabéns pela iniciativa!

  • @LivioSoaresDeMedeiros
    @LivioSoaresDeMedeiros 8 днів тому

    Não há o que agradecer, Munís. De fato, o livro merece ser lido, independentemente das objeções que tem causado. Também do autor, vou conferir A Mente Moralista. Abraço.

    • @diacronico.
      @diacronico. 7 днів тому

      Valeu, Lívio! Depois me diga se vale a pena ler esse outro livro do cara.

  • @gabriellucas7838
    @gabriellucas7838 11 днів тому

    Fi-lo porque qui-lo

  • @qjoestar
    @qjoestar Місяць тому

    espetacular!

  • @sidneypaulo2433
    @sidneypaulo2433 Місяць тому

    Mas tem confiar em Deus só ele resolve as coisas❤❤❤❤

  • @sidneypaulo2433
    @sidneypaulo2433 Місяць тому

    O ruim é quando vc tá na pior ninguém ajuda né

  • @lucasfonseca459
    @lucasfonseca459 Місяць тому

    Parabéns pela aula.

  • @emanoelarosa107
    @emanoelarosa107 Місяць тому

    Excelente trabalho!! Muito obrigada pela resolução!

    • @diacronico.
      @diacronico. Місяць тому

      Valeu, Emanoela. Seja bem-vinda!

  • @ernandessousa2507
    @ernandessousa2507 Місяць тому

    Estou estudando Nietzsche, e sinceramente percebi que a esquerda muito se assemelha à moral de rebanho, entendo que você quis lacrar ao criar esse vídeo. Mas a verdade é que as características da moral dos escravos a qual Nietzsche descreve tem muito das características da ideologia da esquerda. Claro que TBM existe na direita, afinal Nietzsche critica toda forma de ideologia.

    • @diacronico.
      @diacronico. Місяць тому

      Você não está de todo errado, Ernandes. Só errou quando afirmou que eu quis "lacrar". Aliás, não apenas a tal "cultura do lacre" como também a afirmação vazia de que toda e qualquer crítica social ou política é lacração, nada mais é do que uma "moral de rebanho". Essa última, aliás, tem no fundo um ressentimento notável.

  • @anythingalex
    @anythingalex Місяць тому

    Explicação muito boa, dahora o vídeo! 😃👍

  • @cassiag.cardoso7493
    @cassiag.cardoso7493 Місяць тому

    A música está muito ALTA

  • @pedrovianaimakuma1417
    @pedrovianaimakuma1417 Місяць тому

    Excelente vídeo! Me ajudou muito a sistematizar e tirar algumas dúvidas sobre o texto.

    • @diacronico.
      @diacronico. Місяць тому

      Que bom que ajudou, Pedro. Seja sempre bem-vindo.

  • @thiagolemos5980
    @thiagolemos5980 Місяць тому

    +Jacy Seixas -Peter Burke

  • @Julio-qd4ic
    @Julio-qd4ic Місяць тому

    Ótima resenha! Precisava entender o trabalho de Harvey de forma resumida pra complementar meus estudos pra AFT. Obrigado! 🙏🏽

  • @professorluciojunior3998
    @professorluciojunior3998 2 місяці тому

    Pelo que entendi, capitalismo para Weber é algo que sempre existiu, é um estado de espírito que está aí desde a antiguidade.

    • @diacronico.
      @diacronico. Місяць тому

      Olá, professor Lúcio. É um pouco complexo. Contudo, por esse capítulo da obra de Weber fica claro que não. Logo na primeira página do capítulo, Weber considera o capitalismo um fenômeno histórico e não a-histórico, natural ou que "sempre existiu". No entanto, mais a frente ele escreve: "O conceito espiritual do capitalismo é aqui usado neste sentido específico [assumindo um caráter ético de máxima orientadora da vida], evidentemente do capitalismo moderno. Do modo pelo qual o problema está colocado, é óbvio que estamos falando do capitalismo da Europa Ocidental e do norte-americano. 'Capitalismo' houve na China, na Índia, na Babilônia, na Antiguidade Clássica, na Idade Média. Mas, em todos esses casos faltava como veremos, este ethos particular". (Max Weber, Ética protestante e o espírito do capitalismo, 13. ed., Editora Pioneira, 1999, p. 32) Eu diria que, a partir da leitura de Weber, é possível concluir que a condição segundo a qual foi necessária para o capitalismo se amalgamar na sociedade foi justamente essa "ética" da qual fala Weber. Em outras sociedades e períodos da história, existiram iniciativas capitalistas, porém (usando uma linguagem da sociologia) somente no caso moderno o capitalismo passou a funcionar como estrutura e estruturante. Desculpe pela demora na resposta e seja bem-vindo!

  • @arthurbarbosa390
    @arthurbarbosa390 2 місяці тому

    Parabéns

  • @LeninLiberato
    @LeninLiberato 2 місяці тому

    neoliberalismo é um fardo necessário (fardo pra classe trabalhadora, e necessário pra menter os capitalistas bem, neoliberalismo é um câncer)

  • @manoelalmeidajunior6203
    @manoelalmeidajunior6203 2 місяці тому

    A doença de Malik derivava possivelmente de envenenamento Sebastião era tão ingênuo quanto corajoso e “virtuoso” (no sentido católico do termo). Ignorou alertas prudentes de gente mais velha e cascuda (Felipe II incluso) e deu no q deu. A morte do Rei gerou um mito poderoso que repercute na cultura popular daqui e de Portugal. Um mito “arturiano”lusitano… A casa de Aviz, na média, produziu ótimos reis. Sebastião encerrou a dinastia e, com ela, em certa medida, destruiu Portugal. O país que emergiu da separação com a Espanha em 1640 era uma sombra do que entrara na União Iberica em 1580 e nunca mais foi capaz de retomar sua grandeza. E os Bragança, na média, foram monarcas medíocres. Os apoios internos à causa da guerra era massivamente populares (do populacho). Gente humilde que se apegava à ideia de uma cruzada contra infiéis. E da nobreza, que queria a gloria da conquista. Os comerciantes queriam manter o status quo. Não ganhariam nada com a guerra e possivelmente perderiam com maiores impostos pós guerra…

  • @eiderpinheiro
    @eiderpinheiro 2 місяці тому

    Parabéns pelo ótimo material, objetivo, bem editado e dinamico, parabens, ganhou um inscrito.

    • @diacronico.
      @diacronico. 2 місяці тому

      Valeu, Eider. Seja bem-vindo!

  • @paulomanuelsendimairespere3901
    @paulomanuelsendimairespere3901 2 місяці тому

    A história foi muito mais complicada do que isso. Dois fatos que omitidos distorcem tudo, e há muitos mais : 1) D. Sebastião arrependeu-se de ir por terra e volta para trás mas os barcos já tinham saído de lá, parece que desobedecendo. 2) A guerra estava empatada ou até favorável aos portugueses até que o rei dos muçulmanos morre e a batalha do lado Muçulmano é comandada por um português renegado Reduão (ou Reduan) que conhecia bem as táticas e fraquezas portuguesas.

    • @diacronico.
      @diacronico. 2 місяці тому

      Valeu, Paulo. Se quiser recomendar alguma referência bibliográfica, fique à vontade.

  • @LiviaRibeiro-nf3nz
    @LiviaRibeiro-nf3nz 2 місяці тому

    Excelente vídeo

  • @alanupe
    @alanupe 3 місяці тому

    Uma aproximação reflexiva muito interessante. Comecei a ler A ideia de África do mesmo autor. E no prefácio ele alude às questões que você abordou no seu vídeo. Parabens pela produção do vídeo. Fico muito feliz em encontrar conteudos que despertam e estimulam a nossa produtividade crítica.

    • @diacronico.
      @diacronico. 3 місяці тому

      Muito bacana encontrar novos leitores de Mudimbe! Recentemente fiz um vídeo sobre "A ideia de África", mas, sinceramente, gostei mais de "A invenção da África". Valeu pelo comentário, Alan!

    • @alanupe
      @alanupe 2 місяці тому

      @@diacronico. Já coloquei na cestinha da Amazon A Invenção da África. Tenho gostado muito de A Ideia de ÁFRICA, principalmente pela riqueza da argumentação, as ramificações foucaultianas dos discursos e das referências de outras leituras apontadas. Depois vou conferir esse vídeo que você mencionou.

  • @Ronald_Marcal
    @Ronald_Marcal 3 місяці тому

    A escravidão era uma instituição bem estabelecida na África. Portugal não teria adotado mão de obra escrava se no continente africano já não houvesse estabelecido um comércio escravagista. Não existem realmente muita documentação interna dos quilombos, tudo que sabemos é derivado do que pessoas de fora escreveram, mas não há motivos pra pensar que não houvesse escravidão, pois esta além de fazer parte da estrutura produtiva e social dos africanos era oarte também das estruturas religiosas, sejam nos seus cultos tradicionais ou no islamismo. Na ausência de fontes que iluminem o assunto, a posição mais confiável é a de pensar nos quilombolas como pessoas comuns dentro do seu contexto histórico, ou seja, se nesse contexto havia a normalização da escravidão, então aquelas pessoas olhavam para o fenômeno com normalidade e naturalmente possuíam escravos. Pensar que os Quilombos eram núcleos de atividades "iluminadas" é um anacronismo.

    • @diacronico.
      @diacronico. 3 місяці тому

      Ronald, suas duas primeiras frases são uma falácia de falsa causa. Tomar como antecedente lógico de algo aquilo que não o é necessariamente. Como alguém que possivelmente conhece história (pelos termos que usou), você deve saber bem que não há espaço para o "se" senão enquanto exercício de especulação. Não dá para saber o que Portugal teria feito "se isso ou aquilo", somente o que Portugal e outros Estados europeus e árabes fizeram. Além do mais, o tipo de escravidão que ocorria na África era bastante diferente da que os europeus utilizaram em suas colônias. Não havia entre os povos africanos essa relação essencialmente econômica, sob uma exploração máxima, discriminatória e humilhante, à qual o escravizado era submetido pelos europeus. Recomendo a leitura das obras de Alberto da Costa e Silva. Mas se bem que qualquer historiador sério (Alencastro, Hebe Mattos) que pesquisou sobre a escravidão vai apontar a mesma coisa. Agora, sobre os quilombos brasileiros, na ausência de fontes sobre o assunto o que devemos fazer é não fazer afirmações. Contudo, a extrema-direita há anos tem feito um exercício que é de normalização do nosso passado escravista e colonial para, assim, escapar da reflexão crítica sobre a história. Daí deriva o interesse em generalizar que os ex-escravizados também possuíam escravizados ou que Portugal fez um favor aos povos africanos quando os trouxeram para cá (fala recente de um líder da extrema-direita no país). É uma questão portanto política e não somente "científica". Não tem otário no rolê.

    • @Ronald_Marcal
      @Ronald_Marcal 3 місяці тому

      @@diacronico. minha afirmação é uma dedução lógica que parte do fato histórico de que Portugal utilizou mão de obra africana por ter estabelecido suas colônias como forma de controlar o tráfego de navios no Atlântico sul. A Espanha, outro Império ibérico aparentado à Portugal, por sua vez, não utilizou largamente mão de obra escrava nas suas colônias americanas. No lugar ela utilizou da Encomienda e Mita, relações de trabalho exploratórios e humilhantes (a partir da nossa perspectiva atual) que já eram estabelecidos entre os povos nativos antes da chegada dos espanhóis. Portanto, a experiência alternativa (o "se" que utlizei) já existiu e por isso não se trata de especulação. Qualquer formado em História que realmente tenha estudado, em vez de militar e fumar maconha no C.A. saberia disso. Em síntese, Portugal e Espanha utilizaram os métodos de exploração do trabalho que já eram amplamente utilizadas pelos povos que colonizaram ou que firmaram aliança. Como Portugal colonizou pedaços da Africa e firmou alianças comerciais com reinos soberanos africanos, ela utilizou a mão de obra escrava que eles utilizavam. Esse comércio não foi inaugurado pelos europeus, mas é tão antiga quanto, por exemplo, a Bíblia, uma fonte escrita de um povo palestino com registros atestados de pelo menos 2500 anos, que narra o episódio de mercadores árabes vendendo um hebreu como escravo para o Egito. Além disso, representações iconográfica egípcias, mostram um intenso comércio escravagista com a adoção de métodos como amarração, grilhões no pescoço, coberturas na boca para evitar a mordida, entre outros que tb foram utilizados nas colônias portuguesas, demonstrando a antiguidade dessas práticas na África. Para quem estiver interessado em História, de faro, em vez de estabelecimento de discursos para atender agenda político-partidária infantil, eu indico a leitura de "Transformations of Slavery: A History of Slavery in Africa" de Paul Lovejoy, Cambridge U.Press, é "The Cambridge World History of Slavery - Volume 2" (o volume 1 se quiser ter um panorama geral da escravidão no mediterrâneo antigo, além da África). Esses textos, produtos de acadêmicos preocupados com a ciência histórica, em vez de militância romântica de infantes que ainda vivem com a mente no século XIX, mostram um real panorama do que era a escravidão africana antes dos europeus. Como poderão ver, essa prática foi a base econômica dos vários grandes impérios africanos que existiram no continente africano, de forma que a prática portuguesa se apresentou apenas como continuidade.

    • @diacronico.
      @diacronico. 2 місяці тому

      Seguindo suas "deduções lógicas", com base no que a Espanha fez do outro lado da América, Portugal não deveria ter utilizado mão de obra escravizada, tendo em vista que as sociedades indígenas que aqui viviam não possuíam a escravidão. Isso demonstra que não há conclusão lógica alguma. Tratam-se de escolhas. Está escolhendo o que melhor se encaixa no seu discurso ideológico para aliviar ou justificar as violências e atrocidades cometidas por Portugal. Seria isso um saudosismo da época do Império ou do período em que éramos colônia? Fiquei na dúvida. Não lembro de ter dito que o comércio de escravizados começou com os europeus. Disse, sim, que a escravidão existente na África era bastante diversa da que foi utilizada por europeus. A entrada dos europeus na África causou um impacto profundo, transferindo-a para a lógica de disputas de mercado e maximizando desigualdade social. Mas isso não sou eu quem estou dizendo. Estou apenas repassando informação básica de pesquisas sobre a escravidão. Inclusive do próprio historiador que você citou e precisamente nessa mesma obra. Lovejoy demonstra que: "através do comércio atlântico, a instituição da escravidão no continente africano modificou todos os setores internos, nos locais em que ela se implantou. A produção econômica em algumas regiões da África passou a depender do trabalho escravo, o poder político o utilizava em grande medida nos exércitos e o comércio externo de venda de escravos tornou -se uma importante fonte de renda para o continente". [...] “A atração do mercado atlântico tinha o efeito de afastar ainda mais as formas locais de escravidão de uma estrutura social na qual o escravismo era apenas uma entre outras formas de dependência pessoal, para um sistema no qual os cativos desempenhavam um papel cada vez mais importante na economia" (Paul Lovejoy, Escravidão na África, p. 51). Recomendo ler novamente com mais atenção a bibliografia na qual supostamente fundamenta suas afirmações feitas até aqui. Para além disso, me surpreende alguém que aparenta preocupação com "anacronismo", tratar a escravidão ocorrida em sociedades como a egípcia, a hebraica, as muçulmanas, as africanas, a europeia (diferentes culturalmente, às vezes distantes geográfica e historicamente) como se fosse a mesmíssima coisa. Está faltando rigor e crítica às fontes. ... Agora falando honestamente, esse texto acima não é para você. Mas para as poucas pessoas que, por ventura, podem vir aqui e nos ler. Compreendo que é impossível debater com quem chega com esse discurso deste tipo por aqui. Já ficou claro a que senhores você serve. Resumindo seu texto: 1) Atribuiu a responsabilidade da escravidão e suas consequências aos próprios africanos a fim de relativizar o papel dos portugueses. 2) Normalizou e naturalizou a escravidão na colônia portuguesa da América, inclusive dentro dos quilombos, como se o quilombo não fosse uma forma de resistência ao tipo de escravidão (ainda mais cruel) praticada pelos portugueses. 3) Insinuou que o interlocutor é um usuário de drogas e militante. 4) Usou a Bíblia como fonte histórica e um episódio anedótico ou mítico a fim de equiparar qualquer tipo de escravidão. 5) Recomendou uma obra que provavelmente não leu ou que distorceu. 6) Insinuou que os historiadores que apontei não fazem ciência, mas "militância romântica" ou estão "atrasados". Ou seja, faltou pouco para fechar a cartelinha de tática da extrema-direita. O que falta? Recomendar algum vídeo de um canal da extrema-direita ou mandar ler o Olavo ou apagar todos seus comentários. Acontece sempre. Azar o meu que escolhi não ignorar seu primeiro comentário.

    • @Ronald_Marcal
      @Ronald_Marcal 2 місяці тому

      @@diacronico. 1. "Não lembro de ter dito que o COMÉRCIO de escravizados começou com os europeus (...)A entrada dos europeus na África causou um impacto profundo, transferindo-a para a lógica de disputas de MERCADO". Se já havia COMÉRCIO naturalmente já havia MERCADOS em disputa. 2. Sugiro que você que leia com mais atenção a sua citação. A transformação que Lovejoy apresenta, causada pelo comércio atlântico introduzido pelos portugueses, não é o que cria esse tipo de escravidão e nem o mercado escravagista, muito menos o que insere a lógica da dispusta mercadológica capitalista. A transformação mencionada é que com este novo corredor comercial, esta prática passa a ser cada vez mais importante e central no desenvolvimento econômico de muitas regiões africanas, fazendo com que quase desapareçam as outras formas de submissão. Entretanto, quais eram essas outras formas? Naturalmente, a escravidão como largamente praticada na América não era a única forma de escravidão praticada na África. Haviam, por exemplo, os escravos que eram destinados aos sacrifícios públicos religiosos nos seus cultos ancestrais. Aqui, a relação escravagista africana não tinha (materialisticamente falando) um papel essencialmente econômico, as pessoas eram capturadas ou compradas com a finalidade apenas de servir como objeto em um culto. Ainda que essa prática movimentasse atividades econômicas, no final das contas ela não tinha uma finalidade produtiva (não gerava riqueza, era uma estrutura apenas de transferência), assim, com a cada vez mais crescente presença europeia no mercado escravagista africano, aqueles interessados em obter escravizados para produção vão crescer em demanda, forçando com que aqueles no lado da oferta passem a se concentrar nesse mercado, diminuindo assim a oferta destinada para outras formas de escravidão. Esta é a transformação mencionada por Lovejoy, que em nenhum momento sugere que esse tipo de atividade tenha sido inserida na África pelos portugueses. O problema de vocês, é que ignoram completamente todas as formas de escravidão que existiram na África, assim fantasiam a idéia de que as "outras formas de dependência pessoal" (conforme mencionada na citação) eram apenas relações familiares e domésticas, que colocavam aquelas pessoas em situações não-degradantes (ignorando que mesmo esse tipo de escravidão doméstica era também degradante). Escravos na África eram utilizados para trabalhos domésticos, eram utilizados para dar prazer sexual (normalmente mulheres ecravizadas), eram utilizados para serem oferecidos em sacrifícios religiosos, eram utilizados como combatentes nos exércitos, entre outros, eisso não é menos degradante do que a exploração econômica, como vocês querem fazer parecer. Todo tipo de escravidão é caracterizada por negar o direito da pessoa à si mesma. A sua aplicação, a finalidade, pode variar dependendo dos interesses do senhor, mas todas as situações de escravidão eram, e sempre foram, degradantes, seja aqui na América, seja na África. O problema é que existem arranjos geopolíticos e grupos e partidos domésticos alinhados com certos interesses de grupos de países, grupos armados ou entidades políticas internacionais, que normalizam (ou normalizavam até recentemente) todas essas formas de escravidão, ms que se alinham por que tentar criar um bloco hegemônico sobre um discurso pífio de "anti-colonialismo", se limitando a fazer o que você demonstra bem aqui: condenar APENAS a manifestação capitalista da mesma, minimizando outras formas de escravidão. Isso que vocês fazem é que realmente tenta normalizar a escravidão. O que eu escrevi originalmente foi que, como estamos falando de um povo, e de um período, que olhava para a escravidão como algo normalizado, o que podemos esperar deles é que sejam como pessoas comuns do seu tempo, ou seja, que também olhavam com normalização para a escravidão (principalmente levando em consideração o fato de que um grande número de africanos escravizados no Brasil eram muçulmanos, e o Islamismo é uma religião que não só normaliza a escravidão como a utiliza como ferramenta legítima para a sua expansão). 3. A Bíblia, que eu citei, é um conjunto de livros escritos por uma cultura asiática antiga que registra, através de personagens arquetípicos as relações sociais que existiam na época em que eles foram escritos. Os ismaelitas (árabes) não poderiam existir na época de José, pois naquela narrativa eles estão separados apenas por duas gerações, o suficiente para formar uma família, mas não um povo. Porém, como um escritor hebreu/israelita em canaã, em algum momento durante a existência do Reino de Israel-Norte (provavelmente querendo criar um relato sobre a origem de seu povo, chamado Efraim) registra um anacronismo, a existência da prática de comércio escravagista praticado por caravanas ismaelitas/árabes. Criticamente nós não podemos atribuir veracidade histórica ao registro de José mas podemos afirmar que este registro demonstra a existência dessa prática no período em que foi escrito. (essa é a diferença do olhar de um historiador, que problematiza uma fonte, para a de um militante político que olha pra tudo soberbamente e preconceituosamente e que distorce a fonte para atender uma agenda política).

  • @RXXI2
    @RXXI2 3 місяці тому

    Bem mais complexo e, paradoxalmente, mais óbvio do que o pensamento do Roberto da Matta.

    • @diacronico.
      @diacronico. 3 місяці тому

      Concordo que é mais complexo. Porém a tese segundo a qual as leis existem para que os privilegiados possam se elevar acima delas, enquanto os demais ("desapadrinhados") a elas se submetem, não deixa de ser muito interessante para pensar o Brasil.

  • @eliasbezerradasilva6713
    @eliasbezerradasilva6713 3 місяці тому

    Tudo isso foi lamentável.

  • @Eu-eu7lk
    @Eu-eu7lk 3 місяці тому

    Muito bom. Obrigado

  • @gabriela.amonteiro47
    @gabriela.amonteiro47 3 місяці тому

    Aula muito boa, parabéns professor! Deus te abençoe.

  • @silvia-uo3wh
    @silvia-uo3wh 3 місяці тому

    Otimas considerações....

    • @diacronico.
      @diacronico. 3 місяці тому

      Agradeço a visita e os comentários, Silvia. Seja bem-vinda!

  • @silvia-uo3wh
    @silvia-uo3wh 3 місяці тому

    Atenta

  • @silvia-uo3wh
    @silvia-uo3wh 3 місяці тому

    Grata

  • @cristianepaula2524
    @cristianepaula2524 3 місяці тому

  • @lele459
    @lele459 3 місяці тому

    Sempre foi por motivação política. Lutero não ficou atrás, acredito eu.

  • @MariaSylvia
    @MariaSylvia 4 місяці тому

    Ameiii

  • @vanieireoliveira1904
    @vanieireoliveira1904 4 місяці тому

    Enjoei terrivelmente kkkkk

    • @diacronico.
      @diacronico. 4 місяці тому

      Valeu, Vani! Essa tarefa é cabulosa para mim kkkkkk

  • @vanieireoliveira1904
    @vanieireoliveira1904 4 місяці тому

    Não é virgem e sim na enjoei

  • @decompostogamer3727
    @decompostogamer3727 4 місяці тому

    Arrebentou a boca do balão!!!

  • @Mah12340
    @Mah12340 4 місяці тому

    Continua professor 😭😭😭😭

  • @uvinhazz
    @uvinhazz 4 місяці тому

    Divo!

  • @erensantz
    @erensantz 4 місяці тому

    ei pessoal qual sao os nomes da linha 27 ,89,107,109 pfvr

  • @livy6481
    @livy6481 4 місяці тому

    Lacra mais divo

  • @livy6481
    @livy6481 4 місяці тому

    Mito!! Ajudou muito

  • @Whuanp88
    @Whuanp88 4 місяці тому

    Professor por favor, continue.

  • @diacronico.
    @diacronico. 4 місяці тому

    Atendendo a pedidos, o vídeo sobre a tarefa da 4ª fase vai sair amanhã, quinta-feira, às 10h. Ative o sininho para receber notificação!

    • @Mah12340
      @Mah12340 4 місяці тому

      Faz o finalzinho 😭😭😭

    • @Mah12340
      @Mah12340 4 місяці тому

      As últimas por favorrrr

  • @LucasFeitosa-c3g
    @LucasFeitosa-c3g 4 місяці тому

    Tarefaaa

  • @mikeomito2550
    @mikeomito2550 4 місяці тому

    Traz a tarefa

  • @4V7074
    @4V7074 4 місяці тому

    Gratidão professor,🎻 Questão 37 por favor!

  • @giih4277
    @giih4277 4 місяці тому

    Minha equipe eu ficamos em dúvida nessa, tendo em vista que poderia se referir à manchete, mas também ao manto. Acabamos optando pelo primeiro, onde o século que foi produzido foi 21, isto é, da notícia, mas se referia a séculos passados 🥲

    • @diacronico.
      @diacronico. 4 місяці тому

      Realmente, Gih. Acredito que seu comentário é o mais afirmativo sobre a resposta considerada pela coordenação. No entanto, não podemos excluir a possibilidade de considerarem tanto o século XVII como o XXI, sendo que este último se referiria à devolução do manto. Como comentou meu amigo prof. Rodrigo, no privado, no caso da fotografia da exposição no museu (documento 02 ou 03), essa possibilidade aumenta bastante. Valeu pelo comentário e visita!

    • @giih4277
      @giih4277 4 місяці тому

      @@diacronico. Sim, sim, com total certeza.

  • @brunoferreiracampos3510
    @brunoferreiracampos3510 4 місяці тому

    Belíssimo material professor Parabéns

    • @diacronico.
      @diacronico. 4 місяці тому

      Valeu, Bruno. Seja bem-vindo ao canal!