Este vídeo faz parte de um conjunto de produções audiovisuais derivadas do projeto de extensão universitária intitulado "POR UMA FORMAÇÃO MAIS PRESENTE NA EDUCAÇÃO FÍSICA”, realizada no ano de 2024.
A referida proposta funciona no âmbito da curricularização da extensão, atendendo alunos e alunas do primeiro ano dos cursos de Educação Física do Departamento de Educação Física - Instituto de Biociências - Unesp, Campus Rio Claro. O projeto transcorreu sob a coordenação do Prof. Dr. Flávio Soares Alves, Departamento de Educação Física - UNESP, Campus de Rio Claro e passou por todas as instâncias avaliativas no âmbito interno da Unesp, obtendo aprovação para sua efetiva execução ao longo do ano de 2024.
Em linhas gerais a referida proposta de extensão lança um desafio formativo para nossos alunos e alunas do Departamento de Educação Física: tornar a formação, em Educação Física, mais corpórea, mais visceral e, por isso mesmo mais presente e intensa, onde os futuros professores possam “cuidar de si mesmos”, muito mais do que simplesmente apreender, em termos intelectivos e operacionais, o sistema de produção e atuação em Educação Física. E para que isso aconteça, o projeto chama a atenção para o seguinte: primeiramente o projeto aposta em uma aproximação com o contexto da extensão universitária, por perceber aí um espaço potente para cuidar do processo formativo de forma mais intensa.
Feito esse movimento de aproximação com a extensão, afirma a seguinte hipótese: para alcançar esse nível formativo mais intenso, corpóreo e visceral, será preciso se ocupar, primeiramente, com aqueles ritmos que atravessam a nossa corporeidade e que nos colocam em relação, com nosso próprio corpo, com o espaço e com o mundo - onde os alunos e alunas irão se encontrar com os diferentes ritmos que atravessam a prática da atuação e da formação em Educação Física.
Em última análise, esses ritmos que atravessam (e que se misturam com os ritmos da cultura) são aqueles que nos colocam às voltas com um domínio de práticas, por meio do qual, vamos elaborando e lapidando nossos modos de ser e agir no mundo. E é justamente deste domínio de práticas que esse projeto de extensão se propõem não só pensar, como também vivenciar o processo formativo. Sendo assim, tendo em vista esse domínio de práticas que nos constitui enquanto sujeitos, perguntamos: Como tais práticas podem ser mobilizadas no contexto da formação acadêmica em Educação Física, para tornar mais presente (e, portanto, mais corpórea, intensiva e criativa) a relação dos(as) estudantes (futuros(as) educadores) com suas escolhas e propósitos acadêmico-profissionais-existenciais?
A partir desta questão, os estudantes foram divididos em grupos, para os quais foi direcionado um conjunto de ações, no âmbito da extensão universitária, que se desenvolveu paralelamente às disciplinas de "Educação Somática" (no primeiro semestre letivo) e "Rítmicas, Expressivas e Danças" (no segundo semestre letivo).
No desenvolvimento destas ações de extensão, os alunos e alunas foram se encontrando com seus próprios corpos e com o universo cultural ao redor, em meio ao qual foram conhecendo, explorando e se apropriando de diferentes práticas. Deste encontro (estabelecido de si para consigo mesmo, de si para com o espaço e com os outros) surge uma série de atividades que deram mobilidade à característica extensionista deste projeto, dentre as quais destacamos aqui o "(Em)Curta".
Dentro do projeto "(Em)Curta" os(as) alunos(as) tiveram que montar um produto audiovisual a partir destes encontros estabelecidos no âmbito da extensão universitária. A ideia principal deste produto audiovisual era contar um pouco a experiência extensionista dos(as) estudantes com as práticas que escolheram vivenciar ao longo do ano, buscando traçar aproximações/discussões/reflexões entre a noção de ritmo e a prática vivenciada.
Assim, entre ritmo e a prática corporal escolhida, vimos uma possibilidade do aluno experienciar seu exercício formativo de maneira mais intensa, corpóreo e visceral, haja vista que, na medida em que mergulhava na prática extensionista, sem abrir mão de seus próprios ritmos, isto é, seus próprios interesses e necessidades formativas, a relação que estabelecia com as disciplinas de graduação cursadas, e com o próprio exercício formativo, ia se tornando cada vez mais presente, o que vai ajudando a consolidar, como efeito, as escolhas profissionais (e pessoais) dos(as) estudantes pela Educação Física.